Deitado eternamente, ninguém merece

Allianz Parque durante o Hino NacionalHá cerca de dois anos escrevi um post no extinto blog Resistência 1942 criticando a execução do Hino Nacional antes dos jogos. Agora, diante da modificação da lei, que obriga que as duas partes do Hino sejam tocadas, com a parte cantada, ficou necessário um reforço nessa corrente. Do jeito que está, não dá pra ficar.

Naquela ocasião, foi feito um preâmbulo explicando a tradição dos esportes nos Estados Unidos em cantar o Hino Nacional, costume que encantou a alguns parlamentares brasileiros, que viram no exemplo uma forma de aparecer. E enfiaram goela abaixo do brasileiro o mesmo costume através de uma lei.

A argumentação no post, na ocasião, passava pela clara diferença da relação entre povo e pátria nos dois países. Resumidamente: enquanto o brasileiro tem a sensação de estar sendo obrigado a entoar o Hino de uma nação que não lhe dá a mínima, o americano sente orgulho extremo de entoar o Star Spangled Banner.

Em alguns estados do sul do país, as Assembleias Legislativas capricharam: exigem que seja entoado também o Hino Estadual. Os atletas, tensos, ansiosos, precisam redobrar a concentração para a partida. Mas não há foco que segure a perda do aquecimento.

Nossa torcida tinha dado um jeito sensacional de palmeirizar esse momento e não perder o ritmo de comunhão entre campo e arquibancada. Mas com a nova modificação na lei, com os alto-falantes mandando ver no último volume a versão cantada em sua versão completa, perdemos também esse momento. Numa boa: ninguém merece Deitado eternamente.

O primeiro resultado é claro: diante de tanto tempo inócuo, as TVs já perceberam que é um enorme desperdício de dinheiro mostrar essa parte do “espetáculo” e fazem ginástica para adequar o timing dos comerciais.

Esta lei tem que cair. Ou, no mínimo, ser modificada. O Hino pode ser executado 15 minutos antes dos times entrarem em campo, por exemplo, sem quebrar a concentração e o aquecimento dos atletas ou a energia das arquibancadas. As TVs já não mostram mais para quem está em casa e quem está no estádio fica contrariado. Afinal, cumprir esse protocolo aumenta o patriotismo de alguém? Qual será o parlamentar que vai perceber o quanto esta lei é estúpida e propor uma emenda que corrija este enorme equívoco?

Enquanto isso, no Rio…

O Flamengo, time que se autocredencia para polarizar o futebol brasileiro contra o Palmeiras em mais esta temporada, colocou pela segunda vez consecutiva menos de 2 mil pagantes nas arquibancadas. O time que se autoproclama universal, a maior e mais vitaminada torcida da Via Láctea, conseguiu a fabulosa renda de 27 mil reais ontem, em partida contra o Bangu, em Volta Redonda. Enquanto isso, o Verdão arrecadou R$1,2 milhão jogando com o time reserva, para mais de 20 mil pessoas.

A FlaPress se especializou em criticar o patrocínio da Crefisa nos últimos meses. Devia se preocupar mais com a incapacidade de sua torcida em proporcionar receita. Ou com o novo ídolo, com seus olhinhos de margarida, que está de volta. Depois não adianta vir com “mimimi Crefisa”.

Marcio Araújo, ousado
Cada um tem o ousado que merece (crédito: Reprodução)

Eduardo Baptista tem um belo quebra-cabeças para resolver

Eduardo Baptista comanda treino
César Greco / Ag.Palmeiras

Eduardo Baptista, mesmo com um elenco recheado, tem um difícil quebra-cabeças para resolver a partir desta semana. Após passar por uma dura sequência com dois clássicos e dois jogos pela Libertadores, o Verdão tem agora pela frente três partidas com um nível de exigência menor: entre a noite de amanhã e a quarta-feira seguinte, enfrentaremos o Mirassol e Audax, em casa, e Ponte Preta, em Campinas – partida que encerra a fase de classificação do Campeonato Paulista. Líder geral, já classificado, o Verdão tem como missão abrir alguma vantagem em relação ao segundo colocado para assim ter o mando das partidas de volta das semifinais e finais.

Nosso treinador, que a cada semana mostra mais domínio sobre as características de cada atleta, também poderia usar essas partidas como laboratório para esquemas alternativos a serem usados na temporada. O 4-1-4-1, com Tchê Tchê em plena forma, parece encaixado. O 4-2-3-1 também já se mostrou eficiente, seja com Thiago Santos ao lado de Felipe Melo, ou até com Zé Roberto – no último domingo, entretanto, a cobertura para as descidas de Egídio deixou bastante a desejar e precisa ser aprimorada.

A grande fase de Edu Dracena sugere até uma alternativa com três zagueiros; um 3-5-2 ou mesmo um 3-4-3 pode ser cogitado, com dois volantes marcadores (obviamente, Felipe Melo e Thiago Santos) soltando os extremos sem dó – Michel Bastos e Roger Guedes têm todas as características para fazer essa função.

Para esses três jogos, no entanto, não existe a menor chance de pensar numa viagem como essa. Além das lesões, que já estão atormentando nossa comissão técnica, os jogos de seleções pelas Eliminatórias da Copa fizeram estrago em nosso elenco. Nada menos que quatro titulares (Mina, Guerra, Dudu e Borja) servirão a seus países.

Para piorar, o Departamento Médico ganhou um novo hóspede: Jean, que sofreu uma fissura no pé no clássico contra o Santos, pára por pelo menos duas semanas e junta-se a Moisés e Thiago Martins, que encaram longas recuperações – no mínimo, até agosto. Acrescente a esse bolo uma pitada de suspensão (Vitor Hugo cumpre a última partida imposta pelo STJD) e de imposições do regulamento (Hyoran ficou sem vaga) e temos uma bela sacola de desfalques.

Resolvendo o quebra-cabeças

Como vimos, Eduardo Baptista ficou com um leque bem reduzido de opções para armar o time para amanhã. Na lateral direita, Fabiano é a opção imediata – o camisa 22 sofreu há cinco semanas uma lesão séria no posterior da coxa direita e ainda não está completamente condicionado para uma partida – talvez vá para o sacrifício. Caso não tenha condições, Tchê Tchê deve fazer a função, o que representa um sério desfalque em todas as outras áreas do campo onde o camisa 8 preenche os espaços. Outra alternativa seria Michel Bastos, que já fez essa função no Figueirense. Toda essa ginástica é necessária porque a terceira opção para a lateral, o zagueiro Thiago Martins, também está fora.

Notem que o Palmeiras está com o elenco bem coberto para todas as posições, e nem um bombardeio de desfalques como o que enfrentamos esta semana torna fraco o time que entrará em campo amanhã no Allianz Parque. Um possível time para entrar em campo é Fernando Prass; Fabiano (Tchê Tchê), Edu Dracena, Antônio Carlos e Zé Roberto; Felipe Melo; Michel Bastos, Tchê Tchê (Roger Guedes), Raphael Veiga e Keno; Willian Bigode (Alecsandro).

Com essa formação, cheia de atletas que tendem a ser reservas durante a temporada, fica difícil fazer maiores testes na formação tática. Mas segue sendo um time bastante competitivo, principalmente no Allianz Parque. VAMOS PALMEIRAS!

Allianz Parque, peça fundamental no sucesso esportivo do Palmeiras

Allianz ParqueO Allianz Parque foi inaugurado em novembro de 2014. Em pouco mais de dois anos em atividade, já houve 71 partidas do Palmeiras no novo estádio, e o salto do clube em relação às temporadas anteriores, em várias frentes, é notável.

Vamos a algumas comparações, a começar pelos resultados em campo.

Nestes 71 jogos no Allianz Parque, vencemos 47, empatamos 12 e perdemos outros 12; um aproveitamento de 71,8% dos pontos disputados. Isolando os últimos 71 jogos disputados no velho Palestra, entre 2008 e 2010, o resultado é bem parecido: 46 vitórias, 15 empates e 10 derrotas, com os mesmos 71,8% de aproveitamento.

Mandamos 158 jogos durante a construção do Allianz Parque, em dez estádios diferentes: 106 no Pacaembu, 21 na Arena Barueri, 13 no Canindé, 5 na Fonte Luminosa e no Prudentão, 3 no Novelli Júnior, 2 no Estádio do Café e 1 no Benedito Teixeira, Jayme Cintra e Morenão. No cômputo geral, foram 91 vitórias, 34 empates e 33 derrotas, com apenas 64,8% de aproveitamento.

Público e renda

Mas é no público e renda que notamos a diferença mais arrebatadora: nos últimos 71 jogos no Palestra, a média de público registrada foi de 15.932 pagantes. Nos 158 jogos em que vagamos pelo Brasil, o público pagante médio foi um pouco menor: 13.925. No Allianz Parque, são 30.315 pagantes por jogo.

Considerando que o ticket médio do Allianz Parque é praticamente o dobro do que a maioria dos clubes brasileiros costuma praticar em seus estádios – inclusive o próprio Palmeiras, antes da inauguração do Allianz Parque – podemos concluir, grosseiramente, que a bilheteria do Palmeiras quadruplicou a partir de novembro de 2014.

O conforto proporcionado pelas cadeiras, a cobertura, os serviços e a manutenção das dependências atraiu ao estádio um público com um perfil diferente do habitual, que não se importa em pagar mais que o valor de um bilhete popular. Foi este grupo que trouxe esse resultado extraordinário de público e renda.

Círculo virtuoso

Além da bilheteria, o Allianz Parque influenciou também em outra fonte de renda do Palmeiras: o sócio-torcedor. Os sócios Avanti da categoria Ouro, que são atraídos pelo Gol Norte, precisam se manter com o rating em seu nível mais alto se quiserem garantir o acesso aos jogos mais disputados. Mas dezenas de milhares de palmeirenses acabam aderindo ao programa para usufruírem dos descontos oferecidosnos outros setores também. Além da renda garantida ao clube, o sistema acabou desenvolvendo nesses torcedores o hábito, antes adormecido, de apoiar o Palmeiras no estádio em todos os jogos.

Recursos financeiros advindos do Avanti e das bilheterias, com o apoio maciço de um volume muito maior de torcedores geram vitórias esportivas. As vitórias esportivas atraem mais sócios torcedores e mantém o estádio lotado. E assim o Palmeiras deu a primeira volta na roda, que agora consegue se manter girando quase que por inércia, fechando o círculo virtuoso.

Pagamos caro

Ao contrário do que parte da imprensa quer fazer crer, não somos um clube abençoado pelos céus por ter o Allianz Parque. Pagamos caro por ele – os quatro anos sem casa foram um martírio para nossa torcida, sobretudo quando não contamos nem com o Pacaembu. Os mandos no Canindé e na Arena Barueri foram especialmente desagradáveis, por vários aspectos. Chegamos a jogar para 4.430 pagantes em 2014, contra o Vilhena no Pacaembu, em jogo válido pela Copa do Brasil. No Allianz Parque, até agora, o menor público foi de 15.037, contra o Coritiba, na reta final do Brasileirão de 2015 – com todo o foco da torcida na final da Copa do Brasil que seria disputada três dias depois.

Pagamos caro não só nos quatro anos em que a torcida foi jogada de um lado para outro e o time não conseguiu se sentir em casa em momento algum, nem no (meu, no seu, no nosso) Pacaembu, o que gerou a comprovada queda no rendimento. Para ter o Allianz Parque, todos sabemos, foi feita uma parceria com a construtora WTorre, que recebeu em troca da execução da obra os direitos de superfície do estádio por 30 anos, com regras obscuras que vêm sendo discutidas em complexos processos de arbitragem. A postura da parceira tem deixado muito a desejar em vários aspectos e vem notoriamente sendo um ônus a mais para o clube nesse processo.

Identidade

Hoje temos um estádio confortável, mas que nos foi muito estranho no início: coberto, com todo seu aspecto asséptico, suas escadas rolantes e sua iluminação acachapante, que contrastavam com o velho Palestra, com seu cimento áspero, iluminação de boate, que mantinha como cenário os bairros das Perdizes e da Pompeia. Antes tínhamos um fosso onde se cantava “Chico Lang, viado!”; passamos a ter um público que tira selfies, se diverte no telão e bate bastões infláveis. Mas aos poucos esse novo público passou a compreender o espírito de estádio; ao mesmo tempo, o público tradicional já aprendeu a conviver com os novos frequentadores e o resultado é uma identidade própria, já em fase de solidificação

Os resultados falam por si. Em pouco mais de dois anos, temos um estádio muito agradável e sempre cheio, que gera muito dinheiro; onde o time tem um aproveitamento muito bom, que já levantou dois títulos e abrigou várias partidas inesquecíveis, desde os gols por cobertura no SPFC, até o heroico gol de Mina, aos 50 minutos do segundo tempo, há dois dias.

Nosso novo estádio é, indiscutivelmente, um dos grandes pilares do sucesso esportivo que o Palmeiras vem alcançando, ao lado da administração financeira extremamente habilidosa e da excelência no departamento de futebol, desde a estrutura física até o nível dos profissionais, passando pela indispensável blindagem da Academia de Futebol.

Se ainda há na mídia quem diga que o Allianz Parque não foi um bom negócio para o Palmeiras, ligue o alerta: é mal informado, estúpido ou simplesmente clubista. VAMOS PALMEIRAS!

Elenco do Palmeiras: homogêneo e nivelado por cima

Eduardo Baptista usa tablet durante o treino - 14/03/17
César Greco / Ag.Palmeiras

Eduardo Baptista, em suas primeiras entrevistas, declarou que acredita que a repetição leva à perfeição – ou algo nesse sentido. Nesse contexto, imaginava que com o tempo definiria os onze titulares do vasto elenco que tem à disposição e que seguiria com essa formação o máximo que pudesse, até que o time atingisse o máximo rendimento possível. A fixação pela repetição tem um quê de sua formação como preparador físico.

Ocorre que, pelas circunstâncias, Eduardo foi obrigado a mexer bastante no time, seja por lesões e suspensões, seja porque o rendimento no início ficou abaixo do que ele próprio devia estar esperando. E ao rodar o elenco, acabou descobrindo que tem muitos jogadores de qualidade, capazes de serem titulares em qualquer time do país.

É mais fácil definir um time titular quando os reservas estão num nível bem abaixo dos principais jogadores. No caso do Palmeiras, quem entra, tem entrado bem, o que dá confiança para o treinador contar com o jogador mais vezes – e até ensaiar esquemas alternativos, aproveitando mais as melhores qualidades de cada jogador. Esse processo exige um aprendizado para que o treinador conheça bem o que cada atleta pode produzir e Eduardo está exatamente nesse ponto da trajetória.

Isso é produto da homogeneidade do elenco – nivelado por cima. O trabalho de mapeamento do mercado realizado por Alexandre Mattos antes da contratação dá esse resultado. É claro que nem sempre todas as contratações vingam; às vezes um jogador caro não rende o esperado e outros que vieram a custos modestíssimos jogam uma enormidade. No final das contas, o pacote tem valido a pena.

Perfis

Diante do desempenho mostrado desde o início do ano, o Palmeiras conta hoje com cinco perfis de jogadores no elenco (lembrando que Thiago Martins e Moisés, lesionados por longos períodos, não entram nessa análise):

Titulares absolutos (9) – salvo em caso de força maior, saem jogando: Fernando Prass, Jean, Mina, Vitor Hugo, Zé Roberto, Felipe Melo, Tchê Tchê, Dudu e Borja;

Semi-titulares (7) – meio-campistas e atacantes que não deixam o nível cair e podem ser escalados conforme a opção do treinador diante do adversário, ou que entram frequentemente durante os jogos: Thiago Santos, Raphael Veiga, Guerra, Michel Bastos, Keno, Roger Guedes e Willian Bigode;

Reservas imediatos (4) – jogadores de defesa que gozam de total confiança e que entram em caso de impossibilidade dos titulares estarem em campo: Jailson, Fabiano, Edu Dracena e Egídio;

Em crescimento (5) – jogadores jovens que são apostas do clube para as próximas temporadas e que ainda buscam espaço no banco de reservas: Vinicius, Daniel Fuzato, Antonio Carlos, Vitinho e Hyoran;

Entregando menos do que podem (4) – atletas que já viveram grandes momentos, que não conseguem repetir, ou apostas que não vingaram: Arouca, Rafael Marques, Alecsandro e Erik.

O jogo contra o SPFC foi uma claríssima demonstração da homogeneidade e do alto nível desse grupo.

Notem que apenas quatro atletas vivem fases ruins e estão abaixo do nível de desempenho esperado para vestir nossa camisa. Não por acaso, os dezoito relacionados para o jogo desta noite contra o Jorge Wilstermann, pela Libertadores, são dos três principais perfis – ficaram de fora apenas Vitor Hugo, suspenso, e Raphael Veiga, por pura falta de vaga.

Chance de ouro

Eduardo Baptista vai achando seu caminho nesta caminhada com o Palmeiras, revendo alguns de seus conceitos diante de uma realidade nunca vivida em sua carreira. É uma chance de ouro, que qualquer treinador gostaria de ter na vida. Eduardo, que surgiu na profissão há poucos anos embora já esteja se aproximando dos 50 anos de idade, tem todo o potencial para aproveitá-la – resta saber se vai conseguir. Estamos todos torcendo.

Evolução do Palmeiras tem nome; FlaPress entra em pânico

Com a exibição de gala do último sábado, o Palmeiras mostrou a tão esperada evolução que a torcida vinha cobrando – e num jogo que, em tese, não deveria servir para isso, pois se tratava de um clássico, onde a garra e o coração normalmente transcendem a estratégia e a obediência tática.

De forma surpreendente, Eduardo Baptista conseguiu encaixar seu 4-1-4-1. As duas linhas finalmente ficaram mais próximas; a compactação tornou o time bem mais sólido na defesa e capaz de dominar o meio do campo – sem Cueva, o SPFC foi engolido sem a menor dificuldade no setor.

Thiago Santos conseguiu balançar entre as laterais com tranquilidade, pois estava bem coberto. Os espaços eram muito mais facilmente preenchidos. E a saída de bola, fortalecida pela volta de Mina ao time titular, funcionou perfeitamente – Fernando Prass não precisou recorrer aos chutões que vimos na Argentina. Com uma boa saída de bola, pudemos ver mais triangulações pelas laterais e com isso, mais chances de gol. Tudo isso com Dudu extremamente inspirado e o entrosamento entre Guerra e Borja reaparecendo. Só pode dar muito certo.

Danilo das Neves Pinheiro

Linhas compactadas, saída de bola, ocupação de espaço, triangulações. Tudo isso tem um nome: Danilo das Neves Pinheiro, o popular Tchê Tchê. É impressionante como o Palmeiras rende com esse rapaz em campo. A lendária camisa 8 do Palmeiras, que já foi de Leivinha, Jorge Mendonça e Mazinho, ganhou um dono à altura, com todo o respeito ao Lucas Barrios.

Tchê Tchê comemora seu gol contra o SPFC - 11/03/2017
César Greco / Ag.Palmeiras

Com Tchê Tchê, qualquer esquema tende a encaixar. Sua movimentação, intensa, diminui os espaços do adversário quando o Palmeiras não tem a bola e sempre dá opções de passe quando temos a posse. Parece que jogamos num “5-2-4-2”. Como bônus, este ano, vem mostrando uma faceta não tão desenvolvida em 2016: 2 gols em 4 jogos, os dois em chutaços de fora da área.

Uma fatalidade o afastou de campo no primeiro jogo do Paulista: uma queda contra o Botafogo lesionou gravemente o úmero esquerdo. Rapidamente, recuperou-se e voltou a mostrar futebol em altíssimo nível. Com Tchê Tchê em campo, o encaixe do time aparece com muito mais facilidade, mesmo com 5 titulares de fora, e o Palmeiras surgiu de fato com um dos grandes candidatos aos títulos que disputa. Eduardo Baptista e toda a torcida do Palmeiras agradecem.

Flapress em pânico

A imprensa flamenguista percebeu que o monstro acordou e tenta de todas as formas desmerecer nosso crescimento. Com uma cara de pau deslavada, tentam atribuir ao aporte financeiro da Crefisa todo o sucesso do Palmeiras. Convenientemente, se esquecem de algumas coisas:

  • O que a Crefisa faz não é nada diferente do que a Kalunga fez no SCCP e do que a Unimed fez ao Fluminense por muitos anos. E se procurar, teremos mais exemplos semelhantes, como o BMG no Atlético-MG, ISL no Grêmio e Flamengo e Hicks Muse e MSI no SCCP – nunca se viu nenhuma matéria desmerecendo os títulos conquistados por esses times durante essas parcerias;
  • A Crefisa é uma empresa privada e faz o que quiser com seu dinheiro. Se o marketing da empresa julga positivo investir “x” no Palmeiras, ninguém tem nada a ver com isso;
  • A Petrobras patrocinou o Flamengo por mais de uma década enquanto a maioria dos clubes do Brasil tinham patrocínios ínfimos batalhados no mercado;
  • O Flamengo segue sendo agraciado por uma empresa pública – agora, a Caixa – com um contrato muito maior do que o de todos os outros times, exceto o SCCP;
  • O Flamengo e o SCCP ainda usufruem de uma verba da televisão muito maior que todos os outros clubes;
  • A Crefisa banca cerca de 20% do orçamento do Palmeiras; o restante vem de receitas fantásticas como sócio-torcedor, bilheteria, contrato de TV e uma administração financeira que tem como premissas não adiantar parcelas de nenhum contrato e que, assim, paga menos juros bancários.

Sabendo de tudo isso, a torcida palmeirense não pode passar recibo. Não devemos dar moral para esse trabalho de assessoria informal que a imprensa rubro-negra tenta prestar a seu clube. Ignorar, não entrar em debate vazio e diminuir a audiência desses párias é o que a nossa torcida fará de mais inteligente. VAMOS PALMEIRAS!