Podcast: Periscazzo (16/10/2017)

A boa vitória em Goiânia e a expectativa pela definição do técnico de 2018 são os assuntos principais de mais este podcast.

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O efeito borboleta que culminou na saída de Cuca do Verdão

Maurício Galiotte
Divulgação

A saída de Cuca no início da tarde de sexta-feira marca mais uma ruptura no projeto técnico do Palmeiras. Entretanto, ao contrário das trocas anteriores, desta vez a diretoria acertou no momento.

Uma troca em outubro mantém o planejamento para o ano seguinte intacto. O mercado ainda está se aquecendo e os ajustes a serem feitos no elenco do ano seguinte seguirão o projeto técnico do próximo treinador – resta saber se a diretoria pretende manter Alberto Valentim na função, após um ótimo trabalho ontem em Goiânia, ou se vai recorrer ao mercado para preencher a lacuna.

A segunda passagem de Cuca

Cuca
Divulgação

Como se sabe, Cuca deixou o comando técnico do Palmeiras em dezembro, após a conquista do Brasileirão, para cuidar temporariamente de projetos pessoais, situação previamente acordada com a diretoria antes mesmo de sua contratação. O sucesso do time que contava com Gabriel Jesus voando resultou na criação da Igreja Cuquista em nossa torcida. Seu substituto, Eduardo Baptista, teve que lutar contra seu fantasma – um dos maiores obstáculos enfrentados pelo treinador, que também não se ajudou ao demorar para encontrar um padrão técnico aceitável em meio às disputas do Paulistão e da Libertadores.

O fantasma era real e Cuca acabou sendo recontratado em maio, com uma estreia avassaladora: 4 a 0 no Vasco, na estreia do Brasileirão, deixando a torcida nas nuvens. Mas nas rodadas seguintes a magia se desfez. O elenco não tinha peças importantes do ano anterior e alguns remanescentes já não mostravam a mesma exuberância técnica. Cuca não conseguia extrair a mesma intensidade dos atletas e o Palmeiras, embora tenha se mantido como um dos times mais fortes do país, falhou em todas as competições e tende a encerrar o ano sem nenhuma conquista.

O sistema de marcação de Cuca, que exige que atacantes acompanhem os laterais adversários, não encaixou como no ano passado. O treinador já provou que o sistema é factível, mas exige precisão suíça. Quando se está vencendo, os jogadores acabam se desdobrando para manter o esquema funcionando. Mas quando os resultados não vêm é bem mais difícil extrair a doação extrema, física e mental, dos atletas.

Felipe MeloA situação complica quando se tem no elenco jogadores capazes de bagunçar a harmonia. Roger Guedes ganhou a antipatia de boa parte do grupo com um comportamento por vezes mimado, como no episódio em que reagiu mal a um trote corriqueiro dos companheiros. Como correspondia em campo, ao menos nos números, com ótimos índices de participação em gols, manteve o prestígio com o treinador, o que acabou sendo interpretado por muita gente como “proteção”.

Por outro lado, a chegada de Felipe Melo, que com seu jeito marqueteiro, conquistou boa parte da torcida. Contratado após a saída de Cuca, não se encaixava no estilo de marcação idealizado pelo treinador e acabou perdendo a posição. Inconformado, vazou um áudio explosivo, no qual disse que beberia champanhe com a queda do treinador. Mesmo depois de ser afastado do elenco, seguiu em sua queda de braço pessoal. Venceu e viu sua profecia se concretizar.

Espiral negativa

Barcelona x PalmeirasCuca entrou na espiral negativa que o derrubou por ocasião das eliminações na Libertadores e na Copa do Brasil. Gols nos minutos finais em partidas contra o Barcelona e Cruzeiro, que foram muito mais frutos de desatenção e inocência dos jogadores do que do sistema tático, tiraram o Palmeiras das disputas, o que minou a confiança dos atletas.

Daí decorreu a queda na intensidade que destruiu as chances de sucesso no Brasileiro. O Palmeiras perdeu pontos inadmissíveis após a eliminação na Libertadores: tropeços contra Vasco, Galo, Chapecoense e Bahia, todos em circunstâncias em que a vitória estava em nossas mãos, nos tiraram pontos que estariam nos deixando pau a pau com o líder do campeonato.

Cuca afundou nessa espiral quando não conseguiu manter o elenco 100% motivado e com fé em seu sistema. Bombardeado por situações extra-campo, teve que desviar o foco muitas vezes para os outros problemas já mencionados – situação agravada pela falta de blindagem por que passa a Academia de Futebol. Falharam os jogadores, falhou Cuca, falhou a diretoria.

Efeito Borboleta

Não deixa de ser interessante imaginar que se o Palmeiras não tivesse tomado um gol de fliperama em Guayaquil, e não tivesse tomado um gol de cabeça do lateral-esquerdo no Mineirão a cinco minutos do fim, os jogadores teriam mantido a confiança em alta, a intensidade continuaria sendo máxima e talvez o Palmeiras, mesmo sem o brilho do ano passado, pudesse estar comemorando o quarto título da Copa do Brasil e brigando pelo Brasileiro e pela Libertadores.

Como o “se”, sabemos, não existe no futebol, a corda arrebentou e Cuca perdeu.

Rei morto, rei posto

Alberto Valentim
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

O Palmeiras desperdiçou mais uma vez a chance de construir um ciclo longo com o mesmo treinador, definindo um padrão tático e técnico diferenciado do que se pratica no Brasil. Ao demitir o treinador campeão nacional, o clube que se candidata a ser o principal protagonista do futebol no país nivela-se à mediocridade geral num cenário que descarta técnicos em média a cada cinco meses.

Enfim, é hora de olhar para a frente, porque a bola não para. Alberto Valentim assumiu provisoriamente e, como Cuca, fez um primeiro jogo muito bom. Sabemos, entretanto, que um jogo não qualifica ninguém para nada e que se o interino de fato quiser ser efetivado, vai ter que mostrar uma evolução rápida e consistente – e não sabemos nem se ele terá tempo para isso, já que a planificação do ano que vem não pode começar em janeiro.

A diretoria precisa definir logo quem será o treinador de 2018 e desenhar as trocas no elenco de acordo com seu projeto técnico. Seja Valentim, ou outro nome que venha do mercado – os nomes ventilados pela torcida passam por Abel, Roger, Mano, Rueda e até Luxa – o Palmeiras não tem tempo a perder se quiser voltar às glórias desperdiçadas este ano.

Que as lições, mais uma vez, sejam aprendidas.


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Podcast: Periscazzo (13/10/2017)

O empate desastroso contra o Bahia e a demissão de Cuca tomaram conta da pauta do Periscazzo desta sexta-feira.

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Podcast: Periscazzo (09/10/2017)

A passagem da Seleção da CBF pela Academia de Futebol e a expectativa pelo jogo contra o Bahia são as principais pautas de mais um Periscazzo.

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Deslumbre e contatos: a Seleção Brasileira na Academia

Mauricio Galiotte e Tite
Fabio Menotti/Ag.Palmeiras

Em mais uma semana sem jogos pelo Brasileirão por causa das Eliminatórias da Copa do Mundo, o assunto nos grupos e fóruns de palmeirenses sempre acaba desviando um pouco – e há quem não veja nenhum problema nisso, mas há também que fique bem incomodado. A CBF conseguiu destruir o carinho de parte da população por sua seleção e a rejeição de parte do público é uma consequência natural.

Nesta passagem específica, entretanto, a presença da Seleção Brasileira como assunto principal entre os palmeirenses tornou-se inevitável: além da partida contra o Chile, que fecha as Eliminatórias para a Copa de 2018, estar marcada para o Allianz Parque, o grupo está usando as dependências da Academia de Futebol para os treinamentos.

Dupla de ataque

Gabriel Jesus e Neymar
Fabio Menotti/Ag.Palmeiras

Duas personalidades em especial chamam muito a atenção: Gabriel Jesus e Neymar. O jogador brasileiro em maior evidência no mundo, acompanhado de seu staff, conheceu a Academia de Futebol e deixou-se fotografar usando a camisa do Palmeiras visível por baixo do material da CBF. Já nosso menino de ouro, destaque na Premier League, não escondeu a emoção por voltar ao lugar “onde tudo começou”.

Gabriel Jesus é o passado e o futuro do Palmeiras. Um dos maiores símbolos das conquistas recentes, nosso camisa 33 é o jogador extra-classe com maior probabilidade de jogar pelo Verdão no futuro – mas por sua idade, isso só deve acontecer no final da próxima década. Até lá, ele deve trilhar uma carreira monstruosa na Europa e desenvolver por completo todo seu potencial. Certamente voltará melhor do que saiu.

NeymarJá Neymar vive seu auge físico e técnico. Badalado, com um trabalho de assessoria de imprensa que chega a ser irritante, vira notícia em tudo o que faz. Sua presença na Academia de Futebol, no entanto, despertou a curiosidade geral por sua relação com o Palmeiras, revelada em fotografia dos tempos da base, mas só recentemente levada a sério – se é que o trivial fato justifica tanta atenção.

Contatos

Mauricio Galiotte e Neymar
Fabio Menotti/Ag.Palmeiras

A presença da delegação da CBF na Academia de Futebol proporciona ao Palmeiras mais do que as embaraçosas, porém inevitáveis, cenas de tietagem e deslumbre. A excepcional estrutura física chama a atenção da imprensa que não está habituada a frequentar o local. Mais importante que isso é a boa impressão causada nos atletas.

O Palmeiras vem se destacando dos demais clubes brasileiros junto aos agentes de atletas por seu poderio financeiro e da consequente capacidade de pagamento. Mas para jogadores de nível internacional, nada melhor para sentir de perto um ambiente onde pode ser a futura casa quando a carreira no exterior se encerrar do que um ciclo de treinamentos como este.

A maioria dos atletas que atuam na Europa tende a jogar seus últimos anos de carreira sobrando tecnicamente em clubes brasileiros. Esta visita deixa claro para os convocados por Tite que, se aceitarem eventuais convites do Palmeiras, poderão jogar num local onde é possível manter o nível de trabalho e conforto que estão acostumados nos clubes europeus, além de firmar bons contratos e saber que vão receber em dia, com fortes possibilidades de continuar conquistando títulos.

Protagonista; o time de todos os anos

Mesmo num ano que tende a terminar sem conquistas, o Palmeiras segue sendo o clube onde dez entre dez atletas querem estar, desde as jovens promessas do futebol nacional, até os principais atletas que atuam no futebol europeu, visando o retorno ao Brasil. Este protagonismo, é sempre necessário mencionar, deve-se ao brilhante trabalho de reconstrução por que passou o clube nos últimos cinco anos.

Para que o clube mantenha esse nível de excelência e continue sendo o time de todos os anos, a comunidade palmeirense precisa se manter atenta e cobrar desta e das próximas diretorias para que mantenham o atual nível de excelência profissional, blindando o trabalho das nefastas e históricas influências políticas que sempre surgem como ameaça. VAMOS PALMEIRAS!


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