Conselheiros oposicionistas questionam dados da gestão Galiotte

O Verdazzo teve acesso a um documento que foi protocolado por 36 conselheiros do Palmeiras, questionando o presidente do Conselho Deliberativo, Seraphim Del Grande, acerca do Balanço Patrimonial de 2019 divulgado há algumas semanas, bem como de práticas administrativas da atual gestão.

No documento, os conselheiros questionam o estouro do orçamento, bem como a distância entre os números previstos e o resultado real verificado. Além disso, os oposicionistas solicitam esclarecimentos a respeito de itens considerados incompreensíveis no demonstrativo financeiro – alegam que itens sem precedentes em balanços anteriores mascararam o resultado, que só assim teria deixado de estar negativo.

O documento ainda analisa a evolução dos números ano a ano e questiona o enfraquecimento das finanças do clube, bem como reitera a preocupação com a falta de publicação dos balancetes mensais. Por fim, pedem, entre outras providências, a criação de uma Ouvidoria, alegando que questionamentos feitos por conselheiros estão sendo ignorados, mesmo com todo o processo formal sendo seguido.

A Diretoria do Palmeiras poderá usar este espaço para responder publicamente a todos os questionamentos, se assim desejar. O documento completo, bem como os nomes dos requerentes, pode ser lido neste link.

Em família: pais e filhos que já defenderam o Verdão

Ainda vivendo a rotina de treinos em casa antes da volta à Academia de Futebol, os jogadores do Palmeiras estão sofrendo virtualmente nas mãos dos preparadores físicos. Todos têm que fazer improvisações em suas casas para terem um espaço onde possam fazer os exercícios de forma correta.

Já vimos Dudu treinando na sacada de seu apartamento e Felipe Melo abrindo um espaço na sala de sua casa para que ele e seu filho Linyker, que está no sub-17 do Palmeiras, treinarem uniformizados sob o registro da câmera caseira.

Felipe Melo e Linyker podem ser o próximo caso de pai e filho que jogaram no Palmeiras. Se Linyker for “apressado” – ou se Felipe Melo sustentar a carreira no Palmeiras por mais três ou quatro anos, poderá jogar junto com o pai, o que será absolutamente inédito.

Mas a vastíssima História do Palmeiras já registra outros casos em que os filhos jogaram no Palmeiras alguns anos depois que seus pais. Confira abaixo.

Djalma Dias & Djalminha

Djalma Dias

Djalma Pereira Dias Júnior nasceu a 21 de agosto de 1939 e faleceu no dia 1° de maio de 1990, com apenas 51 anos. Foi um dos ícones da Primeira Academia, dominando a zaga central. Fez 240 jogos com a camisa do Palmeiras entre 1963 e 1967, marcando dois gols. Ganhou quatro títulos com a camisa do Verdão: Campeonatos Paulistas de 1963 e 1966, Torneio Rio-São Paulo em 1965 e Campeonato Brasileiro (Roberto Gomes Pedrosa) em 1967.

Djalminha

Djalma Feitosa Dias, o Djalminha, nasceu a 9 de dezembro de 1970 e chegou ao Palmeiras para o início da temporada de 1996, quando foi um dos artífices do fabuloso time dos 102 gols do estadual daquele ano. Ficou no Palmeiras até maio de 1997; fez 90 partidas e marcou nada menos que 50 gols.

Júlio Amaral & Leandro Amaral

Júlio Amaral

Júlio Laerte Camilo do Amaral nasceu a 2 de maio de 1946 e jogou no Palmeiras entre 1965 e 1969, como meiocampista. Na maioria das vezes, entrou durante o jogo: foi titular em 33 das 80 vezes em que vestiu a camisa do Palmeiras e marcou dez gols.

Leandro Amaral

Leandro Câmara do Amaral nasceu a 6 de agosto de 1977 e chegou ao Palmeiras como a grande esperança de gols no início do ano de 2002. Sua passagem, no entanto, foi muito curta: foram apenas cinco jogos, entre janeiro e fevereiro daquele ano. Marcou três gols.

Hélio & Bernardo

Hélio

José Hélio Alexandre de Souza nasceu a 25 de julho de 1964 e jogou no Palmeiras como atacante entre 1983 e 1988. Em 1985 teve seu grande ano com nossa camisa, sendo titular em mais de 31 dos 43 jogos e marcando dez gols – ganhou o apelido de “Cheiro de Gol” do narrador Edemar Anusek, da rádio Jovem Pan. Ao todo, jogou 85 vezes pelo Palmeiras e marcou 11 gols.

Bernardo

Bernardo Vieira de Souza nasceu a 20 de maio de 1990 e passou pelo Palmeiras em 2014, depois de boas campanhas com as camisas do Vasco, Goiás e do Cruzeiro. Assim como boa parte daquele time, não teve um bom desempenho: fez nove jogos entre maio e outubro e não marcou gols.

Técnicos: Nelsinho & Eduardo Baptista

Nelsinho Baptista

O Palmeiras ainda teve pai e filho como técnicos através da família Baptista: Nelsinho Baptista treinou o Verdão entre 1991 e 1992, e foi o técnico da transição para a cogestão com a Parmalat. Depois de 82 jogos (43V 18E 21D) foi demitido. Nelsinho sofreu muita pressão por ter afastado do time, alegando deficiência técnica, ninguém menos que Evair.

Eduardo Baptista

Eduardo Baptista teve uma passagem recente pelo Palmeiras, em 2017. Assumiu o time no início da temporada, mas não resistiu a uma derrota para o Jorge Wilstermann, em maio, pela Libertadores – dias depois da eliminação no estadual pela Ponte Preta, seu ex-clube. Será sempre lembrado pela lendária entrevista em Montevideo, após uma grande vitória sobre o Peñarol, quando bateu de frente com a imprensa exigindo a fonte das informações que ele alegava serem mentirosas e que minavam seu trabalho. Foram 23 jogos (14V 4E 5D) como treinador do Palmeiras.

Quem será o próximo da família? Será que os Duduzinhos seguirão os passos do pai?


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Mesmo com o futebol parado, segue o líder!

O Palmeiras é certamente o clube brasileiro que vem tendo a melhor postura, em todos os sentidos, nestes tempos de pandemia e é o verdadeiro líder do futebol brasileiro. Além de se posicionar de forma responsável com relação à volta das atividades, uma série de atitudes destacam o maior vencedor de títulos nacionais dos rivais.

O Palmeiras foi o primeiro clube a adequar a arrecadação do plano de sócio-torcedor nos meses em que o futebol está paralisado em créditos para a compra de ingressos no futuro. Os consulados do Palmeiras arrecadaram e distribuíram uma quantidade enorme de roupas e alimentos aos necessitados – o mesmo foi feito pelas organizadas.

Também foi o Palmeiras o clube que melhor tratou seus empregados, ao garantir o trabalho de todos, sobretudo dos colaboradores do clube social e do departamento de base, algo possível graças a uma ótima negociação com o elenco, que aceitou de forma generosa uma redução temporária nos vencimentos. Nos clubes rivais, a demissão de funcionários foi o caminho escolhido para garantir o salário integral das estrelas.

Tudo isso só foi possível graças à solidez que o clube, de forma profissional e responsável, sustenta desde 2013, quando um novo modelo administrativo-econômico foi implementado – ao contrário da esmagadora maioria dos clubes brasileiros, que continuam gastando mais do que arrecadam e antecipando receitas de forma irresponsável.

Muitos méritos; não é só a Crefisa

Ao tratar dessas diferenças, a imprensa, como sempre, atribui a força econômica do Palmeiras única e exclusivamente ao patrocínio da Crefisa. O fato do Palmeiras ter um patrocinador que cumpre suas obrigações parece até ser motivo de desabono para o clube.

Às vezes algumas opiniões da imprensa deixam a impressão que o Palmeiras é uma espécie de “traidor da classe”. Se os clubes queridos e protegidos estão com problemas, nós também teríamos que estar.

Na realidade, o Palmeiras não está sendo o exemplo apenas porque a patrocinadora, conselheira do clube, tem aspirações políticas. As receitas advindas do contrato de publicidade têm valores respeitáveis, mas nem de longe podem ser considerados o único pilar econômico, já que não chegam a 20% do total de receitas auferido em 2019, segundo balanço divulgado recentemente.

Nosso clube, além do patrocínio da Crefisa, recebe integralmente as cotas da Puma. As vendas de atletas tiveram um resultado muito interessante, além das ótimas negociações pela comercialização dos direitos de TV.

As bilheterias, mesmo num valor inferior a 2018, bem como o Avanti, também foram ótimas fontes de receita e o Palmeiras segue recebendo as parcelas regulares de outros contratos que não adiantou nos anos anteriores, como fizeram os outros clubes que agora estão com o pires na mão.

Ao ficar sem títulos e sem premiações em 2019, o Palmeiras não fez como a maioria dos clubes e não foi de forma desenfreada ao mercado para satisfazer às pressões internas e da torcida. Pode até não ser suficiente para a conquista de títulos – saberemos ao final do ano – mas com Rony e Viña, mais as promoções dos meninos da base, o clube se deu por satisfeito e se manteve com o fluxo equilibrado. E só pode se manter competitivo usando a base quem trabalha bem nessa frente.

Tudo isso são méritos que a imprensa, sempre com camisas por baixo, se esforça para omitir ou mesmo distorcer. O uso do termo “mecenato”, sempre de forma pejorativa, denota uma má vontade que beira um século. A imprensa em geral odeia o Palmeiras e não é de hoje. O balanço é público, as informações estão todas disponíveis. Só distorce quem quer.

O Palmeiras pode não ser o atual detentor dos troféus mais importantes do país neste momento, mas segue sendo o líder, não apenas em conquistas, mas também na postura, liderando pelo exemplo, fazendo como ninguém seu papel na sociedade nestes tempos tão difíceis. SEGUE O LÍDER! VAMOS PALMEIRAS!


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Há 50 anos, Verdão excursionou à Europa enquanto a Seleção se preparava para o tri

Há 50 anos, no dia 5 de maio de 1970 o Palmeiras, em excursão à Europa, enfrentou o Hajduk Split, da Iugoslávia, e venceu por 3 a 2, dando mais uma vez ao público europeu demonstrações da força do futebol alviverde, primeiro campeão mundial.

O jogo foi realizado no Stari plac, histórico estádio da cidade de Zagreb, capital da atual Croácia – uma das sete repúblicas que se afirmaram após a dissolução da república iugoslava, em 1991.

Os três gols do Palmeiras foram marcados por César. O Verdão jogou desfalcado de Leão, então treinando com a Seleção que venceria o tricampeonato mundial algumas semanas depois.

O Palmeiras comandado por Rubens Minelli alinhou com Neuri; Eurico, Luís Pereira, Zeca e Dé; Dudu e Ademir da Guia (Zé Carlos); Copeu (Edu), Jaime (Cardoso), César e Pio.

Tudo pelo tri

O calendário de 1970 não teve nenhuma competição relevante no primeiro semestre. O Paulistão foi disputado em duas fases – a primeira, no primeiro semestre, dispensou os cinco grandes, que só se juntaram aos cinco classificados depois da Copa do Mundo. Todas as atenções do futebol brasileiro estavam na preparação para a conquista do tri; os atletas se apresentaram a Zagalo no dia 12 de fevereiro para um programa de treinamento intenso.

Desta forma, o Palmeiras excursionou à Bolívia entre janeiro e fevereiro, depois disputou uma série de amistosos, mais um torneio amistoso pentagonal com SCCP, SPFC, Santos e Portuguesa (Cidade de São Paulo) antes de embarcar à Europa.

O jogo contra o Hajduk foi o terceiro de uma série de onze jogos na Grécia, Iugoslávia (nas atuais Croácia e Bósnia-Herzegovina), Itália e União Soviética (nas atuais Geórgia e Ucrânia). O saldo da excursão foi razoável: cinco vitórias, três empates e três derrotas.

  • 30/04/1970 – A.S.O.Aris (GRE) 1 x 2 Palmeiras – Salonica (GRE)
  • 01/05/1970 – Olympiakos (GRE) 1 x 2 Palmeiras – Atenas (GRE)
  • 05/05/1970 – Hadjuk Split (CRO) 2 x 3 Palmeiras – Zagreb (CRO)
  • 07/05/1970 – F.K.Sarajevo (BIH) 4 x 1 Palmeiras – Sarajevo (BIH)
  • 09/05/1970 – Verona (ITA) 6 x 3 Palmeiras – Verona (ITA)
  • 13/05/1970 – Livorno (ITA) 0 x 1 Palmeiras – Livorno (ITA)
  • 16/05/1970 – Internazionale (ITA) 1 x 1 Palmeiras – Milano (ITA)
  • 21/05/1970 – Torpedo Kutaisi (GEO) 1 x 1 Palmeiras – Kutaisi (GEO)
  • 24/05/1970 – Dínamo de Moscou (RUS) 2 x 4 Palmeiras – Tbilisi (GEO)
  • 27/05/1970 – Karpaty Lviv (UKR) 1 x 0 Palmeiras – Lviv (UKR)
  • 03/06/1970 – Velez Mostar (BIH) 0 x 0 Palmeiras – Mostar (BIH)

O vídeo abaixo é um registro da partida do dia 27/5, na Ucrânia:

Após a Copa do Mundo, o Palmeiras iniciou a disputa da segunda fase do Paulistão, um turno-e-returno com os outros quatro grandes mais os cinco times mais bem classificados do interior. O Verdão terminou em segundo lugar e partiu para a defesa do título brasileiro.

No Robertão daquele ano, o Verdão se classificou em primeiro de seu grupo para o quadrangular final, seguido pelo Atlético-MG. O outro grupo teve como classificados o Cruzeiro e o Fluminense. Esse quadrangular foi disputado em turno único.

Na primeira rodada, Palmeiras enfrentou o Fluminense fora de casa, apesar das campanhas, e perdeu por 1 a 0. As vitórias seguintes contra Atlético (3 a 0) Cruzeiro (4 a 2) foram insuficientes para passar o time do Rio, que ganhou assim o Robertão com uma “ajudinha” da tabela feita pela CBD.


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