O ano de 1962 na História do Palmeiras
De volta ao Brasil, teve início o Torneio Rio-São Paulo, a ser disputado entre fevereiro e março. Mais de 90% dos pré-convocados por Aymoré Moreira para tentar o bicampeonato mundial no Chile jogavam nos dois estados, o que conferia ao torneio um ar de supercampeonato.
Palmeiras e SPFC avançaram às semifinais no grupo paulista, para enfrentar Botafogo e Flamengo, que se classificaram no grupo carioca. O quadrangular final foi decidido com partidas em turno único. Na rodada final, o Palmeiras foi ao Maracanã enfrentar o Botafogo precisando da vitória – bastava o empate ao time de Garrincha. O Palmeiras endureceu o jogo no primeiro tempo, que terminou com o placar de 1 a 1, mas o time do Botafogo, apoiado por mais de 50 mil presentes ao Maior do Mundo, fez dois gols no segundo tempo e ficou com o troféu.
Sem grande prestígio, o mata-mata que reuniu times da capital e do interior e o Palmeiras, depois de passar pela Inter de Limeira e pela Ferroviária de Botucatu, acabou sendo eliminado nas quartas-de-final pela Ferroviária de Araraquara, do jovem meio-campista Dudu. O Verdão jogou com um time misto e o campeão do torneio foi o SCCP – mas ninguém contou a conquista como suficiente para o clube sair da “fila”.
O Palmeiras estava combalido tecnicamente com a milionária venda de Chinesinho para a Inter de Milão (que o repassou ao Modena por excesso de estrangeiros) e sofreu com desfalques de seus melhores jogadores: Geraldo Scotto, Zequinha, Juinho, Vavá e Djalma Santos tiveram lesões sérias e ficaram de fora por sequências longas. Assim, o Verdão não conseguiu acompanhar o time de Pelé na tabela.
O técnico Maurício Cardoso foi demitido no meio do segundo turno. O Palmeiras teve um desempenho razoável diante dos times do interior, mas conseguiu a proeza de perder todos os clássicos no primeiro e no segundo turnos. Assim, terminou a competição em quarto lugar.
Apesar de nomes de vulto como Valdir, Djalma Santos, Valdemar Carabina, Geraldo Scotto, Aldemar, Zequinha, Julinho e Vavá, os resultados não vieram e o ano do Palmeiras não terminou bem. Mas o clube tinha o filho de Domingos da Guia crescendo muito de produção e uma considerável soma no caixa para reforçar as posições carentes. O ano de 1963 prometia.