O ano de 1963 na História do Palmeiras

Titulos
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O Palmeiras começou o ano de 1963 excursionando por cinco semanas pela América Central e ainda estava em processo de reconstrução do elenco após a venda de Chinesinho e a contratação de mais de dez reforços.

O Verdão contratou seis jogadores dos destaques do Campeonato Paulista: o lateral-direito Ferrari e o atacante Paulo Leão vieram do Guarani; o zagueiro Tarciso foi adquirido junto ao Botafogo; o atacante Ademar, que seria depois conhecido como Pantera, veio da Prudentina, e o zagueiro Nélson e o atacante Servílio foram comprados junto à Portuguesa.

Do futebol carioca, foram trazidos Djalma e o ponteiro Nilo – o zagueiro ganhou o sobrenome “Dias”, para se diferenciar do grande Djalma Santos. Do Nordeste, vieram o médio Vicente, do Bahia, e o ponta Elcy, do Sport. E do Sul, vieram o goleiro Picasso, para a reserva de Valdir, e Tupãzinho, do Guarany de Bagé, a grande esperança para substituir Chinesinho.

Nem todos os reforços excursionaram e acabaram estreando com a camisa do Verdão num amistoso contra o Nacional, dois dias antes do início do Torneio Rio-São Paulo, entre eles Tupãzinho e Djalma Dias.

A derrota na estreia do Rio-São Paulo contra o SPFC era um sinal de que o time ainda precisaria de mais alguns jogos para adquirir entrosamento, o que se confirmou após empate contra o Botafogo. Mas o Derby da terceira rodada marcou uma reação e a vitória por 1 a 0, com gol de Tupãzinho, abriu uma sequência de mais duas vitórias. Após cinco rodadas, a classificação estava bem embolada com Palmeiras e Santos na ponta – o time praiano tinha um jogo a mais por fazer e a sexta rodada marcou o encontro entre os dois times.

O jogo foi disputado no Pacaembu e o Santos levou a melhor, em tarde inspirada de Coutinho, que marcou duas vezes, e abriu vantagem na tabela, sustentando até o fim da nona rodada, chegando ao título.

Entre o fim de março e o início de julho, o Palmeiras viajou bastante para seguir entrosando os novos contratados com os grandes jogadores remanescentes do elenco de 1962. Foram viagens ao Rio Grande do Sul, Salvador e duas semanas pela Europa, com partidas na Bélgica, Itália e França.

Enfim o time estava de volta para disputa do estadual, com muitos jogos atrasados – o campeonato começou em maio. Com 16 clubes, no sistema de pontos corridos, turno e returno, o Paulista colocaria à prova o elenco do Verdão.

O técnico Geninho parecia ter pego a mão do time, que iniciou a disputa do estadual com bons resultados. Mas o time, depois de um calendário tão intenso, acusou cansaço. O Verdão aguentou invicto até a rodada 11, quando acabou derrotado por 3 a 0 pela Portuguesa. Após vencer o mais um Derby na rodada 13, o time foi novamente batido no fechamento do primeiro turno, pelo SPFC.

Esta oscilação na parte final do turno colocou o técnico Geninho em xeque, embora o time ocupasse uma boa posição na tabela: após 15 rodadas, era o líder ao lado do SPFC, com campanhas idênticas. O Santos vinha 3 pontos atrás, com um jogo a menos.

Dois tropeços nas quatro primeiras rodadas do returno – empates no Pacaembu contra Juventus e Comercial – puseram fim à trajetória de Geninho no Verdão; Sylvio Pirillo assumiu o comando do time. E a campanha decolou de forma impressionante: logo na primeira partida com o novo treinador, uma goleada acachapante por 5 a 1 sobre a Portuguesa, devolvendo com juros a derrota do turno.

Com Servílio em estado de graça, o Palmeiras foi enfileirando vitórias, com destaque para um jogaço em Araraquara contra a Feroviária (4 a 3), uma goleada em Ribeirão sobre o Botafogo (4 a 1), Vitória sobre o Santos, campeão da Libertadores (1 a 0) e mais uma goleada num Derby (5 a 2).

Foram dez vitórias seguidas até o título, que veio na penúltima rodada, com uma goleada sobre o Noroeste no Pacaembu. Na rodada final, com o campeonato já decidido, uma vitória sobre o SPFC selou a campanha do campeão.


Jogadores no ano de 1963


Jogos no ano de 1963