O ano de 1970 na História do Palmeiras

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ArtimeDepois de perder Artime para o Nacional do Uruguai, o Palmeiras não fez a reposição logo de cara. Isso porque o calendário de 1970 reservou todo o primeiro semestre para a preparação da Seleção para a Copa do México.

Nenhum campeonato foi agendado para antes de julho e os clubes precisaram se virar para manter os jogadores em atividade.

Assim, o Palmeiras iniciou o ano fazendo entre janeiro e fevereiro uma excursão à Bolívia, onde chegou a enfiar 9 a 0 num certo Guabirá, em Santa Cruz de La Sierra. Os resultados foram bons enquanto o time jogou longe da altitude, mas ao visitar o Bolívar, em La Paz, perdeu por 2 a 1.

Depois de três semanas com apenas um amistoso em São Caetano, o time embarcou rumo ao Nordeste, onde fez mais quatro amistosos entre fevereiro e março. A julgar pelos resultados, nosso time parecia estar mesmo de férias.

De volta à capital paulista, o time disputou entre março e abril a Taça Cidade de São Paulo, onde venceu apenas um dos oito clássicos. A ausência de um atacante de peso para suprir a saída de Artime parecia estar falando alto.

A delegação então embarcou na última semana de abril para mais uma excursão de cinco semanas à Europa. Os jogos na Grécia, Iugoslávia (atuais Croácia e Bósnia e Herzegovina), Itália e União Soviética (atuais Geórgia e Ucrânia) renderam 5 vitórias, 3 empates, 3 derrotas e muita bagagem cultural aos atletas.

Enfim o Brasil conquistou a Taça do Mundo, com os palmeirenses Leão e Baldochi no elenco. Sete dias depois da conquista, o Paulistão teve início. Na verdade, já havia se iniciado em abril, com os clubes do interior disputando cinco vagas para se juntarem aos cinco grandes após a Copa, no torneio que ficou conhecido como “Paulistinha”.

A fase decisiva, o “Paulistão”, foi disputada em turno e returno e após dezoito jogos foi conhecido o campeão. Para a disputa, o Palmeiras trouxe o dianteiro uruguaio Hector Silva do Peñarol para finalmente substituir Artime.

Mas o Palmeiras foi mal nos clássicos do primeiro turno, sendo derrotado por Santos, SPFC e SCCP. Mesmo fazendo bom papel diante dos pequenos e nos clássicos do segundo turno, esses pontos perdidos no início foram fatais na classificação final.

O Palmeiras chegou à penúltima rodada com chances remotas de ainda alcançar o SPFC, e um empate contra o Santos somado à vitória do SPFC contra o Guarani no Brinco de Ouro deram o título ao inimigo.

Em setembro então veio a chamada Taça de Prata, outro nome por que era conhecido o Torneio Roberto Gomes Pedroza, do qual o Palmeiras era bicampeão. Como mais um reforço para o ataque, veio o jovem Fedato, do Noroeste.

Os 17 clubes foram divididos em dois grupos, para efeito de classificação, e todos jogaram contra todos em turno único, classificando-se os dois melhores de cada para o quadrangular final.

O Palmeiras teve sua melhor fase no ano nessa disputa e assegurou a passagem para a fase final com uma rodada de antecedência, liderando seu grupo sempre com margem de segurança. A campanha foi sólida, como a equipe equilibrada entre ataque e defesa, a melhor do campeonato com apenas 7 gols sofridos.

No quadrangular final, o Palmeiras teve a companhia de Fluminense, Atlético-MG e Cruzeiro. A fase foi disputada com todos contra todos em turno único e logo na primeira rodada o Palmeiras foi ao Maracanã, para depois receber os clubes mineiros.

No jogo contra o Fluminense, nosso ataque sentiu a falta de Hector Silva e a defesa cometeu erros e foi envolvida, principalmente pelo setor direito do ataque carioca, com Cafuringa. Num desses lances houve uma falta que resultou no gol solitário de Mickey.

O Palmeiras se recuperou nas rodadas seguintes, com vitórias categóricas por 3 a 0 sobre o Atlético e 4 a 2 sobre o Cruzeiro, mas não foi suficiente para alcançar o Fluminense, que conquistou três pontos nas rodadas finais e terminou com o título.


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