O ano de 1988 na História do Palmeiras
A campanha na Copa União de 1987 ficou muito abaixo do esperado, mas a diretoria achou que só tínhamos problemas nas laterais e contratou logo dois reforços para o lado direito: Jairo e o uruguaio César Pereyra, além de promover o retorno de Denys, que estava emprestado ao SPFC.
O time começou a temporada sob o comando de Rubens Minelli e o time dependia dos gols de Edu Manga e Tato, já que ainda sentia muito a falta de Mirandinha, vendido no meio do ano anterior ao Newcastle. Num campeonato com 20 clubes dividido em dois grupos de 10, cada clube enfrentou os clube do outro grupo em turno e returno. Após 20 partidas, os quatro melhores classificados de cada grupo eram reordenados em dois quadrangulares semifinais, cujos vencedores disputariam as finais.
Com uma campanha típica, cheia de tropeços bobos, o Palmeiras não empolgava. Rubens Minelli caiu após a nona rodada, assumindo em seu lugar Ênio Andrade. O Verdão reagiu e ficou em quarto lugar em seu grupo. A classificação foi até tranquila, com boa margem sobre o quinto colocado.
A classificação final dividiu os clubes de maneira inusitada: um dos quadrangulares contou com os quatro grandes, e o outro tinha quatro times do interior. O Palmeiras foi mal nos clássicos e chegou à última rodada em julho sem chances de se classificar. O SPFC precisava nos vencer no Morumbi para avançar às finais, mas o Verdão venceu com um gol de Gerson Caçapa aos 44 do segundo tempo e eliminou o inimigo, para alegria da torcida do SCCP, que gritou “Palmeiras, Palmeiras” no Pacaembu enquanto seu time derrotava o Santos e passava às finais.
Jairo foi dispensado; César Pereyra, apesar de alguns gols de falta, não permaneceu no clube, e a diretoria trouxe do Bahia o lateral Zanata, além de apostas para o ataque, como os atacantes André, Silvio e Gaúcho – este último, destaque do Santo André.
O Palmeiras fez uma campanha horrível na Primeira Fase e ficou em penúltimo lugar do seu grupo. Na Segunda Fase, o panorama não se modificou e as chances de classificação se resumiam a uma extensa combinação de placares a quatro rodadas do fim, após uma derrota para o Atlético-MG no Mineirão. Obviamente os resultados não aconteceram e o time cumpriu tabela nos jogos finais.