O ano de 2011 na História do Palmeiras

Titulos
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Palmeiras 2011

Frizzo e TironeSob o comando de Arnaldo Tirone e Roberto Frizzo, o Palmeiras esperava enfrentar os desafios do ano – estadual, Copa do Brasil, Brasileiro e Sul-Americana – com jogadores experientes como Marcos, Danilo, Marcos Assunção, Valdivia e Kleber.

Como de costume, a campanha na fase preliminar do estadual foi tranquila e o time fechou a classificação, após três meses de disputa, em segundo lugar. Nesse período, o confronto contra o Comercial-PI revelou para o mundo o atacante Adriano Michael Jackson, que marcou quatro gols na goleada por 5 a 1, no Pacaembu. Em seguida, passamos pelo Uberaba e pelo Santo André, chegando às oitavas-de-final.

Após superar o Mirassol nas quartas-de-final do estadual, o time chegou à semi contra o SCCP e foi operado por Paulo César de Oliveira, que expulsou Danilo injustamente após uma dividida com Liédson. Mesmo com um a menos, o time conseguiu sustentar um empate e levou a decisão para os pênaltis, quando acabou derrotado após erro de João Vítor.

Uma eliminação num Derby quase sempre traz consequências devastadoras para o vencido. No nosso caso, o time foi ao Couto Pereira tentar avançar na Copa do Brasil e sofreu uma goleada inexplicável por 6 a 0, praticamente determinando mais uma eliminação. No jogo da volta, uma valente vitória por 2 a 0 ajudou a recompor o ânimo para o início do Brasileirão.

felipao_kleberUma nova turbulência precisou ser vencida: o atacante Kleber passou a ser assediado pelo Flamengo. Após fazer os seis jogos que limitavam a possibilidade de transferência para outro clube, Kleber passou a alegar lesão na coxa, contradizendo o departamento médico, enquanto a negociação acontecia. Não houve acordo e Kleber voltou a jogar, não sem antes chamar o diretor de futebol Roberto Frizzo de “medroso” e “mau caráter”. Não sofreu nenhuma punição.

Ao final da rodada 13, a equipe se mantinha no G4 com 25 pontos, a quatro do líder. A saída de Danilo, vendido para a Udinese-ITA, foi reposta com a volta de Henrique, zagueiro campeão paulista em 2008. Mas o time não respondeu bem e teve uma má sequência, incluindo uma derrota por 2 a 0 para o Vasco, pela Sul-Americana. O time ia devolvendo o placar no jogo da volta no Pacaembu, mas um gol de Jumar, num improvável chute do meio da rua, venceu Marcos e o gol qualificado obrigava o Palmeiras a marcar mais dois gols para se classificar – marcou só mais um e foi eliminado. A implacável Lei do Ex.

A vitória no Derby em Prudente, de virada, ainda alimentou as esperanças de recuperação na última competição do ano. O time fechou o turno com 32 pontos, a cinco do líder. Mas a situação era ilusória, ainda mais depois de mais uma lesão de Valdivia, que o tiraria do time por mais meio turno.

O ambiente da Academia de Futebol era nocivo. O acesso de conselheiros ao centro de treinamentos era tema de intrigas. Os jornalistas, sempre hostis a Felipão, o pilhavam ainda mais. Nosso comandante não confiava em ninguém e isso refletia na liderança sobre o elenco. Suas declarações de desapontamento com a qualidade dos jogadores naturalmente não eram bem recebidas no vestiário.

João VítorNas nove partidas seguintes, o time só venceu uma e ficou para trás na tabela. Após uma derrota para o Santos, João Vítor apareceu na loja do clube, em frente à obra da nova arena, foi reconhecido por “torcedores” e foi cobrado e agredido – talvez ainda reflexo do pênalti perdido no estadual.

O volante se dirigiu à Academia de Futebol ainda com as marcas de agressão e o caos se instalou. As rachaduras no elenco vieram à tona e o comando de Felipão ruiu quando Kleber se insurgiu, aproveitando mais declarações ruins do comandante a respeito do caso João Vítor.

Kleber foi afastado do elenco e nas nove partidas seguintes o Palmeiras só venceu duas, totalizando míseras três vitórias no segundo turno. Na última rodada, sem qualquer chance sequer de se classificar para a Libertadores, o time precisava vencer o Derby para que o Vasco tivesse chance de tirar o título do SCCP. Apenas empatou e o SCCP foi campeão brasileiro, determinando mais um fim de ano melancólico.

Para completar o quadro, São Marcos anunciou que, depois de quase 20 anos no clube e uma carreira gloriosa, deixaria o futebol. Ficamos órfãos de nosso santo.


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