Aos 69, Felipão está de volta ao Palmeiras para completar o ciclo de conquistas

FelipãoMenos de 24 horas depois de dispensar Roger Machado, o Palmeiras definiu o novo treinador para a sequência da temporada: ninguém menos que Luís Felipe Scolari, o segundo treinador que mais dirigiu o Verdão na História e que nos levou a muitas conquistas.

A trajetória de Felipão no Palmeiras começou em 1997, depois de conduzir o Grêmio a alguns títulos – alguns deles após embates inesquecíveis contra o próprio Palmeiras. Após levar o Verdão ao vice-campeonato brasileiro no primeiro ano, o comandante Scolari conduziu o clube às conquistas da Copa do Brasil e Mercosul em 1998, Libertadores em 1999 e Rio-SP em 2000, além de outras campanhas inesquecíveis.

Frizzo e TironeCom o fim da cogestão com a Parmalat e o desmonte do departamento de futebol, Felipão deixou o Verdão em 2000 para voltar dez anos depois, numa passagem bem mais tumultuada. Em meio ao completo caos administrativo, Felipão ainda conseguiu levar um elenco de nível Série B à conquista de mais uma Copa do Brasil. Mas o caminho à segunda divisão parecia inevitável e, de forma amarga, Scolari deixou o clube na quinta rodada do returno, antes que a queda se concretizasse.

Fora do Palmeiras, Felipão ainda conquistou uma Copa do Mundo, tendo chegado à semifinal três vezes; uma Copa das Confederações, mais uma Libertadores, um Campeonato Brasileiro, mais duas Copas do Brasil, uma Recopa Sul-Americana, uma Liga dos Campeões da Ásia, um Campeonato Japonês, um Campeonato Uzbeque, três Campeonatos Chineses, uma Copa da China, uma Taça do Uzbequistão, uma Copa Sul-Minas, um Campeonato Catarinense e três Campeonatos Gaúchos, entre outras conquistas menores.

Estratégia política

Maurício GaliotteA volta de Felipão tem como pano de fundo a nefasta política do clube. A interrupção do irregular trabalho de Roger Machado não foi correta e teve como fator preponderante a eleição que acontece em novembro – leia aqui tudo o que envolveu a equivocada decisão.

Felipão chega para realinhar a estratégia política da presidência. Caso as conquistas não venham, o general Scolari tem o estofo necessário para levar a culpa sozinho, supostamente isentando a diretoria de responsabilidade nos eventuais fracassos e mantendo grandes as chances de reeleição de Maurício Galiotte.

Esperança renovada

FelipãoO Palmeiras está a seis jogos de levantar mais uma Copa do Brasil – os dois primeiros, contra o Bahia; e a oito jogos do bi da Libertadores, onde tem a vantagem de decidir em casa em todos os confrontos. Scolari é um especialista em mata-mata e sua trajetória recente no futebol chinês sugere que não perdeu o tino pelas conquistas.

Scolari herdará um time bem organizado por Roger Machado, que usava um sistema ao qual já está habituado: o mesmo 4-2-3-1 que empregou na Copa de 2014. Terá à sua disposição um elenco poderoso, recheado de camarões, bem superior ao que deixou por aqui em 2012.

Felipão 2000Diante adversários que igualmente tocam o futebol sem um projeto sério definido, nivelados por baixo, o Palmeiras segue com boas chances de conquista ainda este ano. O comandante é um medalhão acostumado a pressão e a conquistas, o elenco segue forte e depende apenas de que uma boa química seja encontrada na largada para que voltemos a ser candidatos reais a conquistas ainda este ano. As primeiras semanas de trabalho revelarão se teremos essa dose de sorte.

Com um contrato até o final de 2020, o experiente treinador pode estar iniciando o último degrau de sua carreira. Aos 69 anos, com a vida financeira absolutamente resolvida, Felipão volta ao Palmeiras para apagar o saldo negativo de sua segunda passagem pelo clube e para resgatar de vez sua imagem perante o público brasileiro, abalada após os vexatórios 7 a 1. Deve estar com sangue nos olhos, mais do que nunca. BEM VINDO, GENERAL SCOLARI!


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