Presença de Andrés Sanchez em festa de aniversário é uma afronta à torcida palmeirense

O Palmeiras promoveu a festa de aniversário de 104 anos ontem à noite numa casa de shows da capital paulista. Um dos convidados, como acontece sempre, foi o presidente do SCCP – no caso, o infame Andrés Sanchez.

Esse cidadão vem manchando não apenas a historicamente cordial relação entre os dois clubes, mas também a própria instituição que preside. Deputado Federal com desempenho nulo; é um dos campeões na lista de deputados com menos projetos aprovados e assim sangra os cofres públicos recebendo todas as mordomias a que os parlamentares têm direito sem dar nenhuma contrapartida ao país.

Vestiário do Allianz Parque na final do Paulista-2018Toca seu clube sem a menor vergonha de recorrer a métodos não-convencionais para chegar às vitórias esportivas. Declarou sem o menor pudor que no futebol, se não roubar, não ganha. E deixou isso muito claro, na prática, no dia 8 de abril deste ano, quando o Palmeiras foi assaltado dentro do Allianz Parque na final do Campeonato Paulista. Seu clube ainda teve a desfaçatez de adesivar todo o vestiário que disponibilizamos a eles e divulgaram o ato amplamente.

Não bastasse tudo isso, participou ativamente do processo que viabilizou a construção do Itaquerão, numa negociata que envolveu uma das empreiteiras mais comprometidas nos atos de corrupção apurados pela Polícia Federal. É alvo de investigação na Operação Lava Jato e responde a inquéritos por corrupção passiva, crimes tributários, entre outros. A lista não é pequena.

Faltou bom senso

Salvador Hugo Palaia e Andrés SanchezDiante de todo este histórico, o protocolar convite do Palmeiras ao presidente do SCCP, este ano, não deveria ter acontecido. Nosso clube deveria suspender as relações cordiais com o rival enquanto esse cidadão que dá contínuas demonstrações de falta de educação e de princípios for seu representante máximo. O dia 8 de abril de 2018 não pode jamais ser esquecido.

A festa de aniversário do clube é um evento que deve celebrar todas as idiossincrasias palmeirenses e a rivalidade com o SCCP é uma delas. A presença do mandatário rival na comemoração deveria simbolizar o respeito mútuo entre os dois rivais esportivos – até porque, é exatamente essa rivalidade que potencializa a grandeza das duas instituições.

Mas as atitudes deste Andrés Sanchez à frente de seu clube não apenas desrespeitam o Palmeiras, mas também o próprio SCCP, ao vilipendiar a rivalidade que é um dos maiores combustíveis para os torcedores dos dois lados.

Maurício Galiotte e Andrés SanchezAprendi durante toda a minha existência a odiar o SPFC e a nutrir uma rivalidade saudável contra o SCCP, por tudo o que aconteceu nesta História centenária. Mas o que o SCCP vem fazendo, sob o comando de seu atual presidente, rebaixa o clube ao mesmo patamar dos tricolores: deixam de ser rivais para se tornarem inimigos.

E não se convida um inimigo para jantar em sua casa. Uma coisa é mantê-los por perto, outra é impor sua presença junto aos seus. Faltou bom senso ao presidente do Palmeiras ao autorizar o convite, assim como vetou a presença de representantes da FPF, cúmplices na pantomima de abril.

Solidariedade

Andrés Sanchez foi ao banheiro durante a celebração e foi interpelado de forma jocosa por um torcedor palmeirense. Foi provocado futebolisticamente, chamado de freguês.

Não poderíamos esperar nada diferente: em vez de agir diplomaticamente como um representante de uma instituição, Sanchez reagiu ofendendo o palmeirense, o que causou uma reação aos outros presentes. Dedos em riste e xingamentos foram registrados e por pouco não aconteceu algo mais sério.

O rapaz foi retirado da festa, como se tivesse envergonhado o nosso clube. Uma humilhação completa. Segundo relatos, saiu chorando de raiva, agarrado a uma camisa do Palmeiras.

Registramos aqui total solidariedade a quem só fez defender a dignidade de nossas cores frente a um inimigo. Força, e cabeça erguida, rapaz. Você representou a milhões e milhões de palmeirenses, ao contrário de nosso presidente.

As relações entre os dois clubes devem, com o tempo, voltar ao normal. Mas não enquanto o desqualificado Andrés Sanchez estiver à frente do lado de lá.


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Periscazzo (27/08/2018)

Felipão está certo em escalar times diferentes em competições diferentes?

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Desempenho do elenco e posições na tabela convidam a uma reflexão sobre as escolhas de Felipão

Deyverson
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

O Palmeiras completou 104 anos ontem e esteve em Porto Alegre para disputar mais uma partida pelo Brasileirão. O adversário não poderia ser mais difícil: o Inter é um dos poucos clubes que conseguem ter vantagem contra o Verdão no confronto direto, sobretudo em seu estádio. Os gaúchos ainda vinham de uma sequência de cinco vitórias, sem levar nenhum gol.

Felipão não se abalou. Numa demonstração de extrema confiança no elenco, mandou a campo um time com nove “reservas” – e aqui as aspas cabem perfeitamente, dado que todos os jogadores vêm atuando com alguma frequência aos finais de semana. E nosso time fez um belíssimo papel, dominando o jogo completamente, sendo ameaçado uma ou duas vezes durante os noventa minutos; a vitória não veio apenas por detalhes.

Tal desempenho nos leva a pensar a respeito da escolha de nosso treinador. Afinal, se com o time que não é exatamente o preferido do treinador, encaramos de cima para baixo o time mais perigoso neste momento da tabela, quem poderia oferecer problemas para o time de cima?

Que este questionamento não seja confundido com soberba. Futebol não é algo binário e obviamente o Inter poderia ter vencido o time considerado principal. Mas podemos imaginar que esta seria uma tarefa bastante difícil no momento atual dos times. E se seria difícil para o time que vem batendo todos os adversários um a um, torna-se lógico projetar uma dificuldade ainda maior para os outros concorrentes.

Será?

Jean
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

Se o Palmeiras vive um momento de superioridade em relação aos demais, será que não seria melhor escalar a máxima força possível também no Brasileirão, galgar a tabela de forma mais rápida e administrar as possíveis lesões usando, aí sim, os suplentes?

Claro que a estratégia de Felipão tem suas vantagens. Ao usar com frequência como titulares pelo menos 20 jogadores, mantém quase todo o elenco extremamente motivado. O risco de lesões diminui sensivelmente e podemos chegar fortes nas três frentes na hora do funil.

Por outro lado, ao arriscar mais os pontos no Brasileirão, provavelmente já deixamos pelo caminho quatro pontos fundamentais num campeonato que, injustamente, tem recebido menos importância do que merece diante dos apelos da imponência da Libertadores e da premiação da Copa do Brasil.

O sentimento nos empates contra o América e contra o Inter ao sair do campo não foi exatamente de satisfação. Conquistar pontos fora é sempre bom, mas ficou a sensação de poder ter feito mais, ainda mais com a vitória do SPFC pela manhã, que mesmo com um elenco inferior lidera a competição e incomoda.

Dilema

Felipão
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

A tabela de classificação sugere que o empenho do Palmeiras, mesmo querendo administrar o elenco, deva ser um tanto maior no Brasileirão. Em caso de lesão nos titulares, aí sim, recorreria-se aos reservas, que estão se mostrando em alto nível, fruto da tão propagada “qualidade do elenco”.

Não basta ganhar os campeonatos; é preciso não deixar que os rivais estaduais o façam.

Ou será que os reservas não renderiam tanto assim se fossem acionados somente em caso de necessidade? Ou será que não é exatamente por causa do ritmo de um jogo por semana que todos estão rendendo tão bem? É difícil saber.

Felipão parece já decidido sobre a estratégia. Mas será que ela não merece uma pequena reflexão, diante do cenário atual, em que nosso elenco parece muito forte e onde um inimigo histórico parece se aproximar de um campeonato que o tirará de uma fila de dez anos?


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Periscazzo (20/08/2018)

Sete jogos sem tomar gol e o palmeirense aciona o modo EMPOLGOU no talo.

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