Base do Verdão avança, mas segue falhando na tarefa de revelar talentos

Uma das críticas mais recorrentes ao departamento de futebol do Palmeiras é o baixo aproveitamento dos atletas da base no time principal. Em levantamento feito pelo blog “Futebol em Números”, o Palmeiras é o penúltimo na lista dos clubes que mais aproveitaram atletas das categorias menores no Brasileirão, à frente apenas da Chapecoense.

Academia de Futebol II, em Guarulhos
Academia de Futebol II, em Guarulhos

Nas últimas temporadas, vários jogadores chegaram aos 20 anos e foram incorporados ao time principal do Palmeiras, mas com exceção de Gabriel Jesus, um extra-classe, nenhum emplacou com destaque. Podemos mencionar alguns jogadores que vêm jogando o Brasileirão por outros clubes, mas sem mostrar futebol suficiente para ser incorporado ao nosso plantel em nível compatível com nossas atuais ambições – ao menos na avaliação de nossa comissão técnica.

João Pedro e Nathan na Chapecoense e Vitor Luís no Botafogo são os casos mais notórios. Matheus Sales, depois de um papel fundamental na conquista da Copa do Brasil de 2015, hoje está na reserva do Bahia. Arthur vem tendo algum destaque no Londrina, na Série B. Apesar de todos serem bem melhores que os históricos e folclóricos Chocolate, Daniel Lovinho, Ramazzotti e o incrível Romarinho, nenhum deles, por enquanto, tende a ser chamado de volta ao Palmeiras.

A saída é ir ao mercado e contratar, algo que Alexandre Mattos faz como ninguém no mercado brasileiro – no bom e no mau sentido, recebendo muitos elogios pelos excelentes negócios que faz, em meio a contratações questionáveis. Tomemos com exemplo João Pedro: de fato, ele não enche os olhos de ninguém, mas hoje podemos dizer que não está abaixo do futebol mostrado pelo Mayke.

O elenco profissional do Palmeiras tem, hoje, apenas quatro pratas-da-casa, sendo dois deles o terceiro e o quarto goleiros: Vinicius Silvestre, Daniel Fuzato, Thiago Martins e Vitinho. Este último já está há mais de um ano treinando com os profissionais, ganhou massa muscular, mas não mostra desenvolvimento. Suas últimas atuações pela Copa do Brasil sub-20, em que o Palmeiras foi eliminado pelo Avaí nas quartas-de-finais, foram apenas medianas. Além deles, o atacante Iacovelli, que veio do Flamengo com pouco menos de 18 anos, chegou a ser aproveitado em um jogo do Brasileirão.

Transição falha

As divisões de base do Palmeiras vêm conseguindo resultados expressivos em várias competições nos últimos anos, sobretudo nas categorias menores. Mas a impressão que se tem é que todo esse potencial, à medida que os garotos se aproximam da transição para o profissional, acaba se perdendo. O trabalho final, a lapidação, de alguma forma parece não estar sendo tão bem executado como em outros clubes – hoje a referência é o Grêmio, que sob o comando do professor Renight, tem oito de seus onze titulares vindos da base, jogando em alto nível.

Há cerca de um mês o Palmeiras trocou mais uma vez o técnico do time sub-20. Depois de um ano e meio sem resultados relevantes, seja em conquistas ou em revelações, João Burse deu lugar a Wesley Carvalho, que estava no Vitória. Esperamos que o novo treinador, que já havia trabalhado com o nosso atual coordenador João Paulo Sampaio no clube baiano por muitos anos, tenha sucesso na tarefa de fazer a transição final dos juniores para os profissionais, para que o Palmeiras possa ser referência no futebol como um esquadrão poderoso não apenas pelo seu poderio financeiro, mas também como formador de novos atletas.

51 comentários em “Base do Verdão avança, mas segue falhando na tarefa de revelar talentos

  1. Tendo jovens promissores nas categorias de base, a questão se resume à competencia para formular e gestar um projeto de iniciação profissional, nem que seja por empréstimo temporário breve para “amadurecer” o fruto em seu potencial, mas com acompanhamento e orientação , dando subsídios para sua evolução. Qualque boa empresa tem noção de como buscar efetivar isso.Trata–se de investir, e não ficar esperando “dar certo”.

  2. Vou manifestar minha Opinião : Acredito que o que falte é fazer o qeu cuca fez recentemente com Gabriel furtado. de repente quando menos se espera lançar u Jogador Novo, não conhecido pelosd emais times, e o “garoto foi muito bem” é uma pena o Cuca tê-lo relegado DE NOVO ao OSTRACISMO !

  3. O que dá pra tentar analisar de fora é que:

    1) como não temos tradição em revelar grandes jogadores, não temos esse know-how da transição, da paciência, de dar confiança ao atleta fazer a famosa tentativa-erro. Eles vão errar bastante no começo, mas nossa torcida gosta de fritar logo cedo.
    2) não tendo confiança, o atleta tende a jogar bem menos que seu possível potencial.

    A parte interna de gestão não temos como avaliar. Isso só quem está lá dentro. A parte de estrutura, hoje já é notório que somos referência no assunto.

    Precisamos urgentemente revelar jogadores e colocá-los pra jogar. Lembro que Gabriel Jesus na fase sem gols foi bastante questionado e chamado de pipoqueiro por alguns. Menino de 19 anos, campeão da Copa do Brasil, titular da seleção, batendo recorde, prestes a ser campeão brasileiro à época e chamado de pipoqueiro. Essa é uma ilustração bem clara do nosso comportamento com nossos juvenis. Algo completamente diferente do que vemos no Santos e no sccp.

  4. Assumindo que as competências de recrutamento, seleção e desenvolvimento sejam razoavalmente conhecidas e padronizadas no mercado e tendo-se em vista o investimento vultoso que tem sido feito:

    1. na parte física — campos para treino;
    2. na estrutura de preparo — profissionais;
    3. e no número de atletas que hoje compõem a base,

    A impressão é que o Palmeiras não esteja prospectando nos lugares/contextos certos, já que não consigo imaginar que só os profissionais do GRE ou do NPS< consigam produzir jogadores ou que os melhores jogadores procurem esses times e desprezem o Verdão.

    Logo, temos de aprimorar essa prospecção e manter o resto.

    #AvantiVerdão

  5. Não sei o que acontece na base do Palmeiras, forma muito jogador mediano. Gabriel Jesus foi exceção à regra.

    Temos outro jogador na base que parece ter talento, Alan Guimarães. O moleque joga bem. Esteve na última Copa São Paulo, mas não conseguiu fazer uma boa competição, até porque tem só 16/17 anos. Creio que ainda irá desenvolver muito.

    Estranhamente até goleiro está difícil sair um que dê conta do recado, Bruno e Fábio decepcionaram bastante.

    Hoje a base parece trabalhar de maneira seria, com profissionais capacitados para tal, mas ainda falta um ajuste.

  6. Nada a ver com o post, mas me preocupa escalar o Guerra amanhã, ainda não está acostumado com esta sequência absurda de jogos.
    Não entendo porque o Cuca não tenta usar o Michel Bastos no meio campo ou na LE. Ajudaria muito o time é com uma boa sequência dificilmente sairia do time

    1. Concordo em tudo, ainda mais que Guerra ja tem um histórico de lesões que preocupa um pouco. Bastos seria a boa opção, nao tem a qualidade de passe do venezuelano, mas cairia muito bem contra o dragão.

      1. não veremos o Michel Bastos jogar de meia. Na verdade, ele nunca foi meia. Ele consegue jogar próximo às laterais. Seja na esquerda ou na direita. O Guedes também é assim, o Keno.. A questão é utilizar o Veiga.

  7. Em relação à base, existem muitos acertos e erros nos últimos anos:

    1) Acabar com o Palmeiras B foi uma das primeiras medidas do Nobre quando assumiu a presidência em 2013 e foi um acerto, pois todo mundo sabe que aquilo era um balcão de negócios e “cabide de emprego” pra filhos de conselheiros que jamais se tornaram jogadores profissionais;

    2) Existe um erro de planejamento. O quarto goleiro, quinto zagueiro, a terceira opção na LD e na LE, o quinto volante, o quarto meia, o sexto atacante, enfim, a “última opção” de cada posição deveria ser de jogadores da base. Isso não acontece no Palmeiras há muito tempo. Atualmente, o terceiro e o quarto goleiros são da base – o que já é um avanço, pois antes tínhamos o fraco Vagner com alto salário como reserva ou terceira opção. Porém, ainda é muito pouco. TM, caso não tivesse se machucado, provavelmente teria mais chances. Aliás, deixou o Dracena no banco várias vezes ano passado no BR e fez vários gols, ou seja, fez um bom campeonato. Vitinho é um caso a ser estudado. Parece que tá jogando naquele ponto de “ou vai ou racha”, pode acabar sendo emprestado pra algum time médio;

    3) Palmeiras às vezes compra jogadores da base de outros times. Não sei se é o ideal. Isso acaba onerando o custo da base e desvaloriza de uma certa forme aquele garoto que vem sendo formado na base do clube há um bom tempo. Isso poderia se repensado.

    Também sou contra a vina do Mayke, que já vinha em má fase há algum tempo, até porque o Cuca acaba usando esses jogadores toda hora. Parece que quer justificar a contratação do jogador, mesmo quando joga mal muitas vezes deixa no time ou então faz isso pro jogador ganhar vitrine e ser vendido. Não sei.

    Mattos deveria repensar essas contratações de jogadores que já chegam questionados, em má fase ou na reserva de outros times. Palmeiras não precisa contratar esse tipo de jogador.

  8. Levando em conta a quantidade de jogadores do sub 15 e 17 convocados para a seleção brasileira, talvez esse quadro comece a mudar em breve, contudo, parece que um dos gargalos nesse processo é a transição. Aparentemente a diretoria vem investindo e trabalhando visando aperfeiçoar esse segmento. Tomara que tenham sucesso, pois além do ganho esportivo que isso traria, tem também a questão financeira, fortemente impactada com uma base produtiva.

    1. Sim. Palmeiras tem que “enxugar” o elenco no fim do ano pra dar mais espaço pra base ano que vem. Como eu disse acima, o terceiro e o quarto goleiro, a terceira opção pra LD e pra LE, a última opção de volante, de meia e de atacante deveriam ser de jogadores de base. Alguns vão evoluir e conquistar o seu espaço, como fez o M Sales em 2015. E outros vão ser emprestados até serem esquecidos, como João Denoni, Bruno Dybal etc.

      1. Arrepia so de ler esses nomes… Pior que chocolate, um tal de rivaldo genérico e outros mondrongos que passaram pela academia.. Grrr
        Mas concordo, acho q 3a ou 4a opção te q ser da base, para gsnhar rodagem, treinamento com profissionais evolui muito

  9. Hoje parece que a base recebe um tratamento sério. No entanto, estamos selecionando muito mal. Para pegar como referência a última Copa São Paulo, foi de doer os olhos. Jogadores muito fracos, mesmo considerando que havia alguns muito jovens.
    Outra situação que me preocupa é a maneira de jogar. Para esses garotos serem aproveitados no principal, eles devem estar habituados como o mesmo padrão de jogo. A impressão que tenho é que o time principal fala português e a base um dialeto africano qualquer. Ainda bem que mandou o Burse embora. Ele era muito ruim. Não conseguia fazer a meninada trocar 3 passes seguidos.

  10. O que me irrita com relação a atletas da base é que o Palmeiras vai ao mercado para buscar 3ªs opções para as posições e não olha pra base. Precisava de Mayke, um jogador inconstante do Cruzeiro? Ninguém na base faz o que ele faz?

    Ainda, o maior exemplo deve ser a lateral esquerda. É notório e há muito tempo o Palmeiras não tem um lateral que presta na posição, desdenharam do Victor Luis e há 2 anos sofremos com 2 que no mínimo são ruins igual. Zé Roberto, tem nome, é imune às críticas, mas eu não lembro de 5 jogos bons desse cara desde 2015, principalmente na parte da marcação. Egídio não tem o que falar, no melhor jogo dele em um ano, errou 16 (DEZESSEIS) passes. Por que não testar alguém????

    Sempre tem aquela história de que vai queimar o jogador se colocar pra jogar. Pura ladainha. Nathan, João Pedro, Matheus Sales, Victor Luis, foram lançados em FOGUEIRAS e conseguiram, pelo menos, iniciar sua carreira, a sorte deles foi lançada ao futebol; se estivessem até hoje na base, disputando Copa do Brasil sub qualquer coisa, teriam mais chances de ter sucesso? Eu duvido.

    Enquanto temos centenas de garotos nas categorias de base aguardando por chances, temos que aturar jogadores RUINS para suprir posição dos titulares, ocupando espaço de um jogador que o Palmeiras investiu e treinou em centro excelentes de treinamento, com os melhores profissionais do país.

    Enfim, se não colocar agora, que o Palmeiras está organizado, com bom time, estruturado e com ótimos profissionais, vai colocar quando?

    1. Concordo, nos últimos dois anos eu não consigo entender o motivo de manter Egídio, Fabiano (reserva no cruzeiro), trazer João Paulo (reserva no flamidia), Mayke (reserva no cruzeiro), Rodrigo (reserva no goiás), L. Almeida, não aproveitar o Lucas Taylor o JP, Nathan, Victor Luís, Matheus Salles e não dar oportunidade pro Vitinho e o Iacovelli (lembrando que o Erick vem entrando nas partidas).

      1. Exato. E você citou apenas jogadores que são BIZONHOS. O problema é que deve ser negócio entre empresários, por exemplo, “você quer um jogador? ok. Mas vai ter que levar outro”. E nessa, o clube acaba tendo que colocar pra jogar.

        E eu concordo contigo que é absurdo o Erik, que tem duas pernas esquerdas ter chances e o Vitinho não.

  11. Pior que não dá nem para acusar de a base ser balcão de negócios de dirigentes: sempre que você lê algum escândalo de negociata obscura com meninos de base, ou são jogadores formados nos marsupiais, ou nos bambolinos, ou no colorado. Nas sardinhas, dá impressão que o negócio é mais sério, muita constância na revelação de bons atletas.

    Mas no verdão, parece ser mais cultural, como se a base fosse um mal obrigatório que o clube se vê obrigado a manter, quando não gostaria. E uma pitada de incompetência: qualquer um aqui, tá cansado de jogar bola desde moleque e sempre, sempre tem uns moleques que jogam muito mais do que os que a gente vê sendo revelados (e as vezes contratados…) pelo verdão.

    Não adianta, muitos dos nossos atrasos institucionais, só poderão ser dissipados depois que um certo sapo boi bater as botas… e com sorte, nenhum Sapo Boi 2 mais jovem assumir as rédeas daquela velharada parasita conhecida como conselheiros…

    1. Pra evitar que haja outro Sapo Boi, apenas com uma reforma estatutária, profissionalizando institucionalmente a gestão do clube; utilizando também, pra separar o clube social do futebol profissional, afinal, não dá pra aguentar conselheiro brigando por recurso pra bocha e sauna em contrariedade ao profissionalismo e marketing…

      Os bambis fizeram isso com o estatuto, documento é elogiado publicamente por advogados que são autoridades no assunto. Isso não é sinônimo que o clube irá ser campeão de tudo, mas elimina um grande problema das costas da instituição. A associação futebolística deve ser gerida como empresa; nisso, temos muito a evoluir.

      1. Engraçado você dizer isso, porque hoje eu estava justamente lendo a verdadeira liquidação que o Leco está fazendo no Panetone. Vai vender até a mãe se deixarem kkkkk. Sinal que o estatuto não é rigído (ainda é dirigido por amadores não remunerados), e que talvez esses elogios venham de advogados… do próprio clube?

        1. Desculpa, eu não queria defender os bambis, mas receberam uma proposta pelo MAICON, um PÉSSIMO zagueiro, HORROROSO, maior do que o Vitor Hugo, como não vender?

      2. Não posso falar, porque realmente desconheço o minimo o suficiente pra poder opinar sobre o estatuto novo dos bambis.

        Maaas, no entanto, contudo… vindo de lá,… é sempre de se suspeitar!!

        Eles sempre foram muito bons em ‘vender’ imagem de “administração exemplar” e na prática nunca passou de maquiagem e marketing, aliados a alguns benefícios escusos que os ajudou a levar vantagem durante anos, mas que no fundo não passava do mesmo amadorismo administrativos de outros clubes, só que apenas um pouco mais inteligente, que se sobressaía porque em terra de cego, quem tem cão guia…

        1. Como eu disse, ter um bom estatuto, por si só, não representa que o clube se tornará vitorioso, mas ajuda a eliminar muitos problemas, como o que temos com conselheiros INUTEIS, que discutem contratação para o time reserva em reunião fiscal e melhoria pra bocha e qualquer coisa inerente ao clube social…

          1. Isso de certeza!! Precisamos melhorar urgente nossa instituição, separando esse PESO MORTO desse conselho arcaico de TODA e QUALQUER influência mesmo que miníma em qualquer decisão relacionada ao Futebol Profissional!!! Agora conseguir fazer isso é uma batalha inglória, afinal eles não vão querer largar o osso por nada.Já vimos várias vezes a influência deles ser minada, diminuída e eles sempre dão um jeito de voltar a carga com tudo.

            É como o congresso Brasileiro: como mudar as leis (o estatuto) para tirar o poder dos incompetentes, se quem tem poder pra alterar a lei (o estatuto) são eles próprios???
            COMPLICADO NÉ!?! Tão complicado, que eu que não acredito em ‘Santo’ rezo todo dia pra San Gennaro interceder contra as forças do atraso!!!

            Quanto aos bambis, só vendo pra crer que realmente tão fazendo algo de bom por lá, como falei, eles tem costume de arrotar ‘fois gras’ enquanto comem m….
            eu acho que uma hora a conta de tudo que fizeram de imoral pra se dar bem nas décadas de 90 e 2000 vai chegar, e espero muito que seja agora!!!

          2. Ah sim, os influentes farão de tudo para que a coisa fique como está, que continuem dando pitacos. Seu paradoxo com os políticos foi interessante até, nossa Constituição é tão ridícula quanto nosso estatuto e, dificilmente, será refeita.

  12. Concordo com o que o Gabriel Paes falou ali embaixo. Acho que o principal problema é a expectativa. O que ocorre hoje é que o funil está muito estreito. Tenho a impressão que o nosso projeto de base está bem montado, mas está difícil (as vezes ate do ponto de vista comercial) lançar moleques no Palmeiras. A solução tem sido espalhar nossos jogadores pelo Brasil, e tem dado certo.
    Eu penso sempre que um projeto de base é para formar jogadores para o mundo do futebol. Quando dá e precisa, se aproveita alguém.
    É mesmo diferente dos outros clubes, principalmente porque hoje não rpecisamos recorrer ao time junior para compor o elenco. Santos, Fluminense, etc precisam fazer isso a cada 3 ou 5 anos, e por isso essas fornadas de jogadores. Nossa última fornada está toda aí, atuando em bom nível, mas não é pelo Palmeiras. Aproveitamos o melhor enquanto pudemos, e deixamos os outros para outros times. Mas a formação é do Palmeiras, e isso é marca.

  13. Revelar jogador pra mim envolve tempo e paciência, duas coisas que o Palmeiras atual não possui. Todos nós queremos jogadores prontos e que cheguem para ser titulares absolutos. Com raríssimas exceções, vide Gabriel Jesus, isso demora muitos anos para ocorrer… me impressiona que não conseguimos revelar nem nos momentos de crise nem nos momentos de bonança… hoje contratamos de 3 a 4 opções por posição e para mim pelo menos essa última opção deveria vir da base

    1. Pois é. É mais ou menos isso que o texto fala.
      Com os goleiros é assim e na zaga também. E acho que João Pedro e o Lucas Taylor poderiam ser os 3º e 4º reservas da lateral direita, João Pedro não joga menos que o Mayke. Na esquerda Vitor Luiz poderia ser o 3º reserva. Do meio pra frente é que não tem ninguém mesmo, tem aquele Juninho que fez um ótimo campeonato Paulista pelo Audax e acho que só.

  14. O Palmeiras nunca foi um clube formador. Existe uma herança cultural que atrapalha muito a mudança deste comportamento e que aumenta a cada Parmalat ou Crefisa que chega para fazer parceria conosco. Tem muito dinheiro girando na base e o clube devia dar mais atenção a essa geração de receita. O SPFC faz isso bem e o Vinicius Jr do RJ é um outro caso recente. Quando formos os melhores nisso também, os outros clubes podem fechar as portas.
    Bem que o Paulo Nobre podia por a mão nesse vespeiro…

  15. O que precisamos é de bons olheiros, que identifiquem a promessa e outros que o avaliem jogando com competencia. Eu, que apenas joguei bola, achei os dois últimos times da Copinha muito ruins, com jogadores muito abaixo de uma crítica mais amena e parcial. O resultado não poderia ser outro, e, num clube com o investimento que tem, as cobranças tem que ser mais rígidas. O buraco da peneira tem que ser fininho.

  16. Esse é um problema antigo do Palmeiras, aonde a base foi sempre dominada por conselheiros q tinham interesses pessoais (botar filhos e sobrinhos pra jogar) ou financeiros, se apadrinhando com empresários. De uns anos pra cá, parece q isso mudou mas temos q aguardar mais um pouco pra saber se realmente mudou e vai dar frutos. No momento, não temos ninguém com capacidade pra subir e jogar ou mesmo preencher elenco, não no nível q a torcida exige pra esse Palmeiras atual. JP, VL, Nathan são ótimos exs., jogadores medianos, não mais do q isso, se estivessem no Palmeiras estariam sendo mais xingados q o Egídio.

  17. O problema maior é a expectativa, não acho por exemplo, que a base do Fruminense seja tão melhor que a nossa, no entanto a circunstancia de penúria financeira leva o time do Abel a lançar, sei lá, mais de 15 meninos no profissional, tem se então uma peneira natural e desses 5 se destacam, nem todos serão craques.

    A questão é que para o nível de exigência do Palmeiras de hoje precisa-se de jogadores prontos, houve sim evolução na formação de atletas do clube, anteriormente quando estávamos na mesma situação do Fruminense nem adiantava pensar em algo do tipo por que de fato nada de bom saia da base do Verdão. Talvez (espero) que no ano que vem com o trabalho do Cuca consolidado tenhamos mais espaço para esses garotos, alias, temos dois prospectos de nível mundial na base neste momento, Allan (meia) e Vitão (zagueiro).

  18. Arthur está literalmente arrebentando aqui no Londrina. Rápido, habilidoso, além de já ter marcado 3 gols, sendo um deles um golaço.

  19. O Gabriel dias, que aqui era zagueiro, é volante titular do Paraná Clube. Está fazendo boas partidas, para o nível do Paraná, mas nada que justifique seu retorno ao Verdão.

    1. Se não me engano ele jogou de volante por aqui com o Gareca, mas no time daquele ano não dá pra se tirar parâmetro nenhum.

  20. Não sei se o problema está exatamente na base ou nos profissionais. Vejo outros clubes lançarem atletas com 16, 17 anos que não chegam nem perto de serem craques ao time principal, mas que acabam dando conta do recado, enquanto aqui os jogadores nunca estão prontos e quase sempre são chamados na fogueira. Nathan, João Pedro, Victor Luiz e Matheus Sales, citados no texto, por exemplo, são jogadores que caberiam perfeitamente no elenco como terceiras ou segundas opções em suas posições, na minha visão, mas que foram preteridos por contratações às vezes questionáveis.

  21. Eu não via evolução nenhuma com o Burse, tomara que o Wesley Carvalho seja mais efetivo. Mas outra coisa que acabamos não tendo espaço pra fazer é subir de baciada.
    Quando se tem um grupo maior da base alem de trazer mais confiança aos jovens conserva o entrosamento adquirido.

  22. Claro que ser um celeiro de atletas é uma coisa muito bacana, mas sabemos também que no futebol é difícil que uma fornada inteira nem sempre dá sequer um mísero bom profissional, portanto quando se fazem as contas de quanto se ganhou com um “prata da casa” há de se contabilizar que a custo para se fazer aquele craque foi ter apostado em pelo menos em 50 garotos.

    Contanto que haja uma estratégia para garimpar boas promessas em início de carreira ou em formar em casa seu próprio elenco, o mais importante de tudo é saber ao certo o que se está fazendo, é ter um plano de trabalho bem definido, uma estratégia vencedora que venha transformar a clube em protagonista e vencedor, porque isso a médio prazo também atrairá a atenção da molecada que pretenderá um dia vestir a camisa de um clube campeão. Até pra isso serve ser campeão e protagonista.

  23. é que geralmente os jogadores da base do palmeiras não são do palmeiras a maioria que jogou a ultima copinha tava emprestado,com contrato um pouco alem da copinha.eos que são “nossos” não são um primor de jogadores

  24. achoq isso vai mudar…nosso sub 20 é fraco, mas temos ai sub 11 13 e 15 que estão voando. hj a molecada quer jogar no palmeiras, ha alguns anos atras eramos sempre a 3a opção dos times da capital, pegavamos o que sobrava. agora a cosia virou…vejo ai em 3 ou 4 anos coisas boas acontecendo….aguardemos

  25. A safra atual do Grêmio lembra até os Meninos da Vila. São muitos jogadores de ótimo nível ao mesmo tempo – o trabalho do Renight Gaúcho e da base gremista merecem aplausos nesse sentido.

    Acredito no entanto que nessa transição exista o fator CONFIANÇA: no momento que João Pedro, Nathan, Gabriel Silva, Victor Luís e Matheus Sales, para ficar nos mais recentes, foram exigidos no Palmeiras, eles corresponderam e foram extremamente importantes. Praticamente todos eles poderiam estar nesse elenco (talvez apenas VL como titular) com a confiança da comissão técnica ao invés de termos peças muito mais caras e bem discutíveis atualmente como Mayke, Arouca e Egídio. O próprio Arthur saiu da nossa base servindo a seleção e jogando mais bola que o Erik, de 13 milhões.

    Dos quase 60 reforços, Mattos acertou em mais da metade. Porém, ao trazer reservas de alguns times médios e figuras estranhas como Ryder Matos, Alan Patrick, Fabiano, Fellype Gabriel, Leandro Almeida e João Paulo (LE), ele dá bolas tão fora que a gente até desconfia da credibilidade das transferências e da competência do departamento de análises do clube. Enquanto isso, seguimos com apenas 1 centroavante de ofício (que pouco entra em campo) e com a lateral esquerda capenga desde o começo do ano.

    1. As figuras estranhas fazem parte do pacote de bons jogadores, não se pode provar, obviamente, mas é claro que empresários facilitam negociações na base do pacote, leva-se o craque e me ajuda com esse encosto, por favor …

      O Mattos é o mago das contratações realmente, o cara mais influente do país nessa area, mas passo longe dessa idolatria que boa parte da torcida tem com ele, tem muito bastidor nisso, muiiiiito!

      1. Desses exemplos que o amigo citou acima, a maioria são jogadores que até hoje não entendo porque foram contratados. Amigo, a gente acompanha futebol há décadas e tem jogador que nunca tinha ouvido falar. Complicado.

  26. Acho que, principalmente nos últimos anos, o problema pode estar no emocional dos moleques na hora da transição ao profissional.
    É diferente você entrar em um Allianz Parque com média de 30 mil pessoas do que entrar numa arena Grêmio com metade dessa média.
    Essa preparação psicológica no Palmeiras precisa ser mais intensa.

  27. Eu vejo o trabalho dos profissionais da base indo à vários campeonatos de meninos de 11 à 15 anos e identificando os que tem potencial em ser um jogador diferenciado quando atingirem a maioridade.

    Gabriel Jesus foi assim, menino do Pequeninos do Meio Ambiente que disputava torneios e que foi identificado por uma destas pessoas.

    Não acho complicado fazer este trabalho, basta ter profissionais competentes que enxerguem estas virtudes quando assistem aos jogos destes meninos…

  28. “Palmeiras” e “base” são duas palavras que são difíceis de juntar. Quantos bons jogadores revelamos nos últimos dez, vinte anos? Só o Cavalieri, o Jesus e o Love mesmo.

    1. Nem precisa chegar ao porte de “bons jogadores”. Nem jogadores medianos conseguimos revelar. A ausência de títulos da Copinha não é à toa…

    2. Tudo bem que o Palmeiras não é grande revelador de jogadores. Mas além do Cavalieri, Love e Jesus, revelamos alguns outros, não tão excepcionais. Gabriel Silva (LE) está na Europa. Taddei jogou na Roma vários anos. Rafael Marques (hoje no Cruzeiro), Bruno César, David Braz (hoje no Santos) começaram no Palmeiras, assim como Ilsinho (lembra dele, campeão no SP?), Elias, hoje no Galo, Geromel, que está no Grêmio. São poucas revelações se compararmos com outros times, mas mais que os 3 citados por vc!

      1. Mas aí tem o real problema da transição, comentado no post. Destes citados só o Gabriel Silva e o Taddei tiveram alguma sequencia na SEP. O Ilsinho começou bem, mas quis pular o muro. O Braz foi traíra também. Elias dispensado. Rafa Marques negociado depois de poucos jogos ruins, etc.

Deixe uma resposta