Elenco viaja para encaixar os reforços, ainda à espera das contratações “cirúrgicas”

Keno contra o Cruzeiro
César Greco / Ag.Palmeiras

O Palmeiras viaja na noite desta quinta-feira para o Panamá, onde participará do torneio amistoso Por La Paz De Colón, enfrentando os locais do Árabe Unido e os colombianos do Independiente Medellín – depois, segue para a Costa Rica, onde enfrenta a Liga Alajuelense. O time embarca com algumas mudanças no elenco que vinha disputando as competições no primeiro semestre.

Já estamos sem Tchê Tchê, que perdeu espaço para Bruno Henrique, passou a ter também a concorrência de Jean e preferiu ser negociado com a Ucrânia – mesmo destino, em clubes diferentes, do jovem atacante Fernando, que parece ter uma carreira muito promissora.

Keno, titular e um dos grandes destaques do time no primeiro semestre, acabou vendido por quase R$ 40 milhões e, aos 28 anos, vai enfim fazer seu pé-de-meia.

Além disso, o lateral João Pedro, que estava emprestado ao Bahia, também deixa o país com destino ao Porto, de Portugal. Somadas, as vendas chegam a quase R$ 90 milhões.

Reposições

Tchê TchêA saída de Tchê Tchê, em princípio, não precisa de reposição com a recuperação de Jean, a não ser que o veterano, após adquirir ritmo de jogo, não alcance a performance mínima desejada. Moisés, que vem sendo utilizado como meia avançado, já declarou que seu melhor futebol aparece como segundo volante – desta forma, a função parece bem coberta.

Fernando também não ocupava um lugar cativo entre o elenco principal, já que suas aparições se deram apenas para cobrir a vaga de Artur, que se recuperou de lesão sofrida no início da temporada e que o obrigou a passar por intervenção cirúrgica.

Caso Moisés precise ser deslocado para a volância, a meia segue coberta com o suposto titular, Lucas Lima, que ainda briga para encontrar seu melhor lugar no campo; com Guerra, que precisa superar a onda de má sorte com a parte física; e com Hyoran, que cresceu bastante na parte final do semestre. Além deles, Vitinho volta do estágio no Barcelona e terá oportunidade de mostrar sua evolução. Todos também podem jogar mais abertos, se necessário.

E se João Pedro não estava no Palmeiras e nem pode ser considerado baixa no elenco, de Keno deve-se dizer exatamente o oposto. O ponteiro ganhou grande importância no esquema de Roger Machado e vinha sendo titular desde a reta final do Paulistão, após ganhar a posição de Willian Bigode. O ex-camisa 11 só tinha Dudu e Artur como similares no elenco.

A grande notícia, no entanto, é a reintegração de Gustavo Scarpa, que segue com o grupo para o Panamá. O camisa 14 pode fazer tanto a função de meia que joga por dentro, quanto jogar mais aberto. Gustavo só não tem a característica de fazer a jogada de velocidade como Keno, mas consegue jogar em diagonal, afunilando e se aproximando do meia central, o que vai dar muito mais oportunidades de tabelas rápidas, toques curtos com a chance de arremates de média e longa distância. Um senhor reforço.

Por fim, para ocupar a vaga do lado esquerdo da zaga que era de Juninho, que já havia deixado o clube em direção ao Atlético-MG, Alexandre Mattos reforçou com o argentino Nico Freire, que estava no Zwolle da Holanda e que é cria da base do Argentinos Juniors. Mais um tiro de longa distância do radar do dirigente, que já se mostrou muitas vezes acurado – outras, nem tanto.

Precisamos ser “cirúrgicos”

Alexandre Mattos
Cesar Greco / Ag.Palmeiras

As chegadas de Freire, Scarpa e Vitinho não arranharam o enorme caixa que o clube fez com as vendas concretizadas recentemente. São quase R$ 90 milhões que ainda podem ser aplicados no elenco, sobretudo no ataque.

Borja não tem um substituto no elenco que alie presença de área com força física, algo que pode ser muito necessário, sobretudo em jogos da Libertadores – essa lacuna vem sendo apontada aqui no Verdazzo desde a formação do elenco de 2018. Já a saída de Keno deixa uma vaga para a chegada de um ponteiro veloz e habilidoso, para brigar pela titularidade.

São duas vagas que ainda parecem urgentes e que seria importante que fossem definidas o mais rápido possível, para que se juntem à delegação mesmo com a excursão em andamento, a fim de acelerar a adaptação física e tática dos atletas.

Não é hora de trazer mais promessas; estamos entrando nos funis das competições e os ajustes devem visar as conquistas deste ano e não a montagem de elencos fortes para o ano que vem. Muito menos deve-se pensar em transações com viés financeiro. O momento é de investir na conquista de títulos através de ajustes “cirúrgicos” no elenco.


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