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27/02/2019 - 21:30
Num jogo solto e agradável, o Verdão conseguiu vencer o Ituano por 3 a 2 e praticamente selou a classificação para o mata-mata do campeonato paulista – ao abrir cinco pontos para o terceiro colocado, com apenas 12 ainda abertos, a chance de avançar é gigantesca.
O grande personagem do jogo foi Ricardo Goulart, que marcou dois gols e ainda fez mais da metade do terceiro, marcado por Borja. O camisa 11 mostrou-se extremamente útil, principalmente jogando como meia-atacante – quando foi deslocado para o comando do ataque, caiu de produção.
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Foi uma partida bem diferente de todas as outras disputadas na temporada até agora, em vários aspectos. O Ituano foi um time valente; não teve medo de atacar o Palmeiras e o fez sem deixar a defesa desprotegida. Muito bem organizado.
Ricardo Goulart deu uma dinâmica diferente ao ataque, se aproximando de Borja, que puxava os zagueiros e abria espaço para as chegadas de Dudu e do próprio Goulart.
Nossa defesa, que vinha sendo o destaque da campanha, esteve muito mal e entregou a paçoca em vários lances.
Borja fez uma boa partida e deixou o seu, diluindo as vaias, que já beiravam o insuportável. O Verdão chegou a três gols num jogo pela primeira vez no ano e mostra que ainda tem muito repertório para desenvolver.
Agora o Palmeiras vira a chavinha, pela primeira vez no ano. Na próxima quarta, o desafio é pela Libertadores, em Barranquilla, contra o Junior. Com mais uma semana de treinos, é de se esperar um time mais evoluído e aproveitando a nova arma que se mostra muito poderosa. Temos um camisa 11! VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Ituano
Primeiro tempo
Serrato cruzou da esquerda e Ramón ganhou de Edu Dracena para testar firme – mas errou o alvo, de forma incrível.
O Verdão respondeu rápido – e bonito: Ricardo Goulart acionou Carlos Eduardo, que estava de costas para o gol e rolou para a chegada de Bruno Henrique, que ajeitou o corpo e bateu de chapa, visando a gaveta esquerda de Pegorari, que voou bonito para desviar a escanteio.
GOL DO PALMEIRAS! Na cobrança de escanteio da direita, Borja cabeceou no contrapé de Pegorari, que fez um milagre, mas na sobra Ricardo Goulart deu de bico e marcou seu primeiro gol com a camisa do Verdão.
GOL DO PALMEIRAS! Mayke foi lançado na direita e cruzou burocraticamente, fraco, por baixo; a bola foi mal rebatida e voltou nos pés do lateral direito, que aproveitou melhor a segunda chance: levantou a cabeça e caprichou, colocando na cabeça de Ricardo Goulart, que subiu muito e testou para as redes do Ituano.
Felipe Melo errou a saída de bola e Corrêa aproveitou para arriscar de fora – pegou mal, mandando à esquerda de Weverton.
Ricardo Goulart deu um ótimo passe para Carlos Eduardo, que entrou na área e bateu cruzado, rasteiro, mas sem muita força – Pegorari defendeu sem problemas.
Corrêa bateu falta de média distância, quicando na risca da pequena área, mas Weverton leu bem a batida e defendeu sem rebote.
O Ituano, de forma corajosa, subiu a marcação e passou a pressionar a saída de bola do Palmeiras, deixando o jogo mais disputado.
Dudu fez ótima jogada individual e soltou para Borja, dentro da área; o colombiano tinha pouco ângulo mas mesmo assim achou o espaço para a finalização – ela foi na rede, por fora, perto da trave.
O árbitro Lucas Canetto Bellote encerrou o primeiro tempo em que o Palmeiras teve pouca criatividade para furar as linhas do Ituano, apelando mais uma vez para as bolas longas. Os gols, no entanto, saíram e deram a falsa impressão de uma partida tranquila.
Segundo tempo
Borja recebeu dentro da área, teve tempo de parar a bola e ajeitar o corpo para bater visando tirar de Pegorari, mas a bola subiu um pouco demais e saiu lambendo a forquilha direita do Gol Sul. Foi o típico lance que, se as outras bolas estivessem entrando, ninguém ia ligar – mas como a fase é ruim, muitas vaias foram ouvidas no Allianz Parque.
Para piorar, saiu o gol do Ituano: Morato bateu de fora, sem força; a bola resvalou em Ramón e sobrou para Serrato, impedido, tocar para as redes de Weverton.
O Palmeiras respondeu rápido, após cobrança de falta de Dudu, Ramón tentou tirar e só raspou, mandando a bola contra o próprio travessão. Pegorari só rezou.
GOL DO PALMEIRAS! Após escanteio da direita, Antônio Carlos tentou a finalização e errou – ele tirou gol certo de Edu Dracena que chegava inteiro na jogada. A bola acabou cruzando a área e Felipe Melo recuperou, recuando para Bruno Henrique, que cruzou no segundo pau. Goulart fechou, e de peito ajeitou de forma espetacular para Borja, que quanse embaixo do travessão mandou para as redes. A assistência foi tão boa que até minha avó sem confiança nenhuma teria feito.
Logo depois do gol, Borja, muito festejado pelos companheiros, deu lugar a Thiago Santos. Bruno Henrique passou a jogar de armador e Goulart virou centroavante.
Jogada-show: Dudu fez jogada individual e pisou na bola, deixando-a para Goulart, que deu o passe preciso para Bruno Henrique, que bateu rasteiro, forte, visando o cantinho direito de Pegorari, mas a bola saiu raspando o pé da trave.
Felipe Pires entrou no lugar de Carlos Eduardo.
Corrêa levantou na área e Ricardo Silva cabeceou para fora, com perigo. A defesa do Palmeiras não fazia um bom jogo, tanto por baixo, quanto nas bolas aéreas.
Gol do Ituano. Corrêa chegou com liberdade, viu a infiltração de Morato por trás de Diogo Barbosa e deu um passe preciso; o meia do Ituano colocou na frente e deu o tapa na saída de Weverton, diminuindo o placar.
Lucas Lima entrou no lugar de Bruno Henrique.
Os dois times sofriam muito com a condição física; o Ituano, mesmo tendo a chance do empate, não tinha forças para criar nada diante de um Palmeiras também esgotado fisicamente.
Dudu sofreu pênalti claro de Ricardo Silva em disputa de bola perto da linha de fundo. Para o juizão, nada.
Serrato ainda tentou um último chute de fora, mas errou o alvo por muito. Foi o último lance do jogo.