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Com muita naturalidade, o Verdão venceu o Alianza por 3 a 1 em Lima e se aproximou muito do primeiro lugar de toda a fase de grupos – dependendo das outras partidas, pode até conquistar essa liderança com um empate em casa contra o Junior,daqui a duas semanas.

O Verdão agora volta a focar no Brasileirão, já que neste domingo enfrenta o Atlético, fora de casa – o time voa direto para Curitiba para dosar o desgaste e chegar em condições plenas para recuperar os  pontos que deixou escapar no jogo anterior, contra a Chapecoense.

PRIMEIRO TEMPO

Roger Machado surpreendeu a todos e colocou nove reservas em campo – apenas Borja e Jailson, dentre os titulares, saíram jogando. Era de se esperar que o time tivesse muitas dificuldades por conta da falta de entrosamento, mesmo diante de um adversário em crise. Não foi o que se viu.

Aos dois minutos, a primeira chance do Verdão: Moisés abriu para Tchê Tchê, que apoiou pela esquerda; o camisa 8 cruzou e Hyoran apareceu para finalizar de cabeça, exigindo boa defesa de Campos.

O Verdão controlava a posse de bola com muita tranqüilidade, trocando passes sem pressa, transformando o jogo numa imensa roda de bobinho e esperando uma brecha para uma enfiada de bola mais decisiva – como a que Tchê Tchê, mais uma vez pelo lado esquerdo, conseguiu aos 8 minutos: Willian recebeu dentro da área e finalizou mal, em cima de Campos. Aos dez, Moisés cabeceou após cobrança de Hyoran pela esquerda, mas a bola saiu por cima do travessão.

O Alianza chegou pela primeira vez aos 15 minutos, num chute de média distância de Quevedo, que Jailson encaixou sem problemas. O Verdão respondeu aos 16, com Moisés emendando por cima o rebote de um escanteio batido da direita. No lance seguinte, Willian tabelou com Borja e exigiu saída arrojada de Campos.

Finalmente aos 19, após roubada de bola na intermediária ofensiva, Borja fez a parede para Moisés, que abriu para a chegada de Willian, que ficou livre para abrir o placar. O time do Alianza, visivelmente afundado na crise, estava nas cordas, mal conseguindo atravessar a linha do meio do campo.

Aos 31, depois de bela troca de passes, Moisés tocou para Hyoran de letra – o camisa 28, que havia trocado com Willian e estava pela esquerda, saiu livre dentro da área e tocou no ângulo direito de Campos, aumentando a vantagem do Verdão. Como faca quente na manteiga.

Aos 36, mais uma linda jogada coletiva: Borja comandou o ataque e tocou para Tchê Tchê; enquanto o camisa 9 entrava na área para puxar a marcação, Tchê Tchê tocou para Hyoran, que driblou o zagueiro e finalizou forte, no travessão de Campos. Um minuto depois, Tchê Tchê foi quem bateu da entrada da área; Campos defendeu em dois tempos e Borja disputava o rebote – foi empurrado.

Aos 42, Hyoran tabelou com Borja e mas não conseguiu o domínio dentro da área; o colombiano insistiu e ainda conseguiu aproveitar a bola viva, mas bateu prensado. O Alianza voltou a finalizar aos 45, num chute de longe de Cruzado, que deu trabalho a Jailson, que colocou a escanteio. E o primeiro tempo acabou: um show de bola dos reservas do Verdão contra um time naturalmente fraco, escangalhado pela má fase.

SEGUNDO TEMPO

Depois de um início morno, o Verdão voltou a imprimir o ritmo forte do primeiro tempo. Aos 10, a primeira boa chegada: Moisés inverteu da direita, para dentro da área, onde Victor Luis deu o tapa e devolveu para o lado direito; Hyoran fechou e bateu de primeira – Campos defendeu bem, por baixo.

O Palmeiras seguia amassando o time da casa e fazia linha de passe dentro da área, só buscando o melhor posicionamento para a finalização. Pablo Bengoechea então tentou tirar seu time de trás e fez duas substituições ofensivas.

Aos 21, Victor Luis começou a jogada lá atrás, atravessou o campo e cruzou com perigo; a zaga afastou e Thiago Santos recomeçou a jogada; Willian recebeu na direita e iniciou a triangulação com Hyoran e Mayke, que invadiu a área e tocou para Borja, livre, fazer o terceiro.

Aos 24, numa jogada despretensiosa de Posito, Thiago Martins o tocou com o braço – o atacante da casa se desmanchou como açúcar e o juiz boliviano deu pênalti porque estava 3 a 0. Cruzado bateu e diminuiu o placar.

O time da casa tentou incendiar o jogo, mas o Palmeiras controlou o ritmo com autoridade. Aos 31, Victor Luis puxou o contra-ataque e tentou acionar Moisés pelo meio; o camisa 10 passou da linha da bola, mas Hyoran aproveitou e deu um balãozinho achando Borja dentro da área, por trás da zaga; de frente para o gol o colombiano emendou de primeira, mas jogou em cima do goleiro – poderia ter escolhido qualquer canto que faria o quarto gol.

Aos 35, Deyverson entrou no lugar de Borja – um minuto depois, a primeira jogada forte da partida, quando Quevedo pegou Hyoran por trás e levou cartão amarelo. O Verdão tirou o pé do acelerador e só voltou a ameaçar numa tabela de Moisés e Willian pela direita, que o camisa 10 concluiu de canhota para fora do gol. Emerson Santos fez sua estréia na temporada ao entrar no lugar de Luan já perto do fim do jogo.

Aos 43, Willian serviu Hyoran, por trás da zaga; o camisa 28 tocou por cima de Campos; a zaga salvou em cima da risca e Deyverson não conseguiu aproveitar a bola viva. Hyoran não suportou as dores da pancada sofrida pouco antes e deu lugar a Diogo Barbosa. O Verdão tratou de escapar das pancadas que começaram a aparecer e o juiz encerrou a partida.

FIM DE JOGO

Foi um baile de bola. Contra um adversário fraquíssimo, o Verdão aproveitou bem os espaços e o nervosismo dos locais e se impôs com muita facilidade, apesar da falta de ritmo e de entrosamento dos atletas que saíram jogando.

Mesmo com todos esses atenuantes que não nos deixam empolgar demais, é preciso aplaudir o comportamento dos jogadores, que superaram a desconfiança de nossa própria torcida –basta consultar os comentários pessimistas assim que saiu a escalação para comprovar – e mantiveram o Verdão como destaque da competição.

Que venha a sequência da temporada, com Brasileirão e Copa do Brasil, e daqui a duas semanas, depois de mais um Derby, tem o fechamento da fase de grupos contra o Junior. VAMOS PALMEIRAS!

Ficha Técnica

Escalação

Alianza Lima

Campos
Garro
Araujo
Fuentes
Duclos
Vilchez
Lemos
Costa
Cruzado
Velarde
Posito
Quevedo
Hohberg
Pablo Bengoechea
TÉCNICO





Notas


Jogador
Descrição
Nota
Jailson
Encaixou fácil um chute de longe e só.
6
Mayke
Discreto no início, foi se soltando até ser decisivo na jogada do terceiro gol.
7
Luan
Jogando pela direita, onde gosta, esteve seguro e firme.
6.5
Emerson Santos
Entrou para as estatísticas e para tirar o bode de não jogar nunca.
s/n
Thiago Martins
Uma ou outra indecisão - e a mãozinha para dar a distância do atacante dentro da área foi desnecessária.
6
Victor Luis
Errou passes bobos no começo do jogo, talvez afobado e ansioso. Depois se aprumou e criou bons apoios por seu setor.
7
Thiago Santos
Teve competência até na saída de bola, com bons passes e boas chegadas à frente.
7.5
Tchê Tchê
Lembrou o insaível de 2016, ocupando espaços e distribuido jogo, com ótimos passes e até cruzamentos.
8
Hyoran
Partidaça, mostrando personalidade e experiência, apesar da idade. Fez um e ainda mandou um torpedo no travessão.
8.5
Diogo Barbosa
Bicho fácil, fácil.
s/n
Moisés
Duas assistências, sendo uma de letra, e postura de camisa dez. Os espaços dados pelo time da casa são o sonho de qualquer um em sua posição.
9
Willian
Se movimentou bastante, fechou sempre pelo lado oposto e estava no lugar certo para abrir a porteira.
8
Borja
Se garantiu porque deixou o seu, mas errou demais e tratou a bola com muita formalidade.
7.5
Deyverson
Sem nota, vai...
s/n
Roger Machado
Roger Machado
Avaliou os relatórios da Comissão Técnica, ponderou o adversário e os riscos, e chamou a responsabilidade. Diante de tamanha superioridade, tem que levar os méritos.
8.5




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