0
X
2
09/08/2018 - 21:45
O time assumiu rapidamente a identidade de Felipão. Jogando sem arriscar, descendo na boa, o Verdão beliscou dois gols graças ao oportunismo de Borja, que fez muita falta nesse tempo de recesso, e se impôs frente ao adversário com uma confiança extraordinária.
Essa atitude, se mantida, será suficiente para que um time com a qualidade técnica do Palmeiras encare qualquer adversário num mata-mata com chances reais de avançar. Eliminando os adversários, a confiança cresce mais ainda, e assim se fecha o círculo virtuoso dentro de campo.
Não há como não criar empolgação, mas temos que lembrar que mata-mata é como um castelo de cartas. Basta um erro e tudo vai por terra. Não há time neste continente que não esteja olhando para o Palmeiras como um dos maiores favoritos à conquista. Isso é ruim, à medida que todos os nossos movimentos serão estudados. Mas é bom, porque impõe um respeito que no primeiro vacilo vira medo – é o que basta para um time comandado por Luiz Felipe Scolari nocautear.
No fim-de-semana, a chavinha vira para o Brasileirão; Felipão vai se reencontrar com a torcida no Allianz Parque no jogo contra o Vasco. Já é domingo? VAMOS PALMEIRAS!
Acompanhe a transmissão ao vivo feita pelo Verdazzo, com a narração de Bruno Zanholo e comentários de Conrado Cacace.
Ficha Técnica
Escalação
Cerro Porteño
Primeiro tempo
O time da casa tentou imprimir volume de jogo no início, pressionando o Palmeiras no campo de ataque, mas nossa defesa se mostrou muito tranquila, cercando todas as tentativas e vencendo os duelos até com alguma facilidade. Aos poucos o ânimo dos paraguaios foi diminuindo e o Verdão passou a tomar conta da partida.
Moisés percebeu o espaço na intermediária, avançou e arriscou de fora, mas a bola se perdeu pela linha de fundo.
Na primeira vez em que foi acionado em velocidade, Dudu ganhou do lateral e cruzou na linha da pequena área, mas Escobar afastou antes que Borja entrasse para escorar para o gol.
Num lance fortuito, a bola de Óscar Ruiz foi cruzada e Bruno Henrique estava inteiro na jogada, mas Antônio Carlos se antecipou e raspou de cabeça na bola, que acabou sobrando para Rodrigo Rojas dominar e chutar forte – a bola passou sobre o travessão de Weverton.
Dudu arriscou de longe e Silva quase se complicou num chute que não era perigoso.
Rodrigo Rojas arriscou de fora, mas a bola subiu demais e passou sem perigo.
Com o Palmeiras controlando o jogo, com cara de Libertadores, o primeiro tempo terminou sem gols e com pouca emoção. Amarrado, truncado, como o general gosta.
Segundo tempo
Felipão obviamente não mexeu; o Cerro Porteño também voltou igual mas com mais disposição para atacar, já que precisava do resultado.
GOL DO PALMEIRAS! Dudu bateu falta da esquerda; Churín subiu para tentar cortar mas tocou para trás; Borja surgiu por trás da zaga e bateu prensado com Marcos Cáceres, mandando a bola para as redes de Silva.
O gol mexeu demais com a confiança dos paraguaios. O Palmeiras estava muito à vontade no gramado, administrando o placar sem sofrer nenhuma ameaça enquanto os paraguaios se enrolavam em seus próprios nervos. Felipe Melo comandava a parede à frente da retaguarda, e Antônio Carlos tirava todas com imponência.
GOL DO PALMEIRAS! Weverton defende um chute cruzado que desviou no árbitro e lança rápido para Diogo Barbosa; o camisa 6 puxou o contra-ataque com muita velocidade, tabelou com Borja e recebeu dentro da área; em vantagem sobre Raul Cáceres, bateu cruzado para grande defesa de Silva, que rebateu para a frente – Hyoran quase chegou para conferir.
A bola ainda sobrou para a disputa de Moisés com Acosta; nosso camisa 10 ganhou, fez que tocaria para o meio mas deu um tapa para Borja, que passou por trás dele pela direita e ficou livre para fuzilar Silva, que levou o gol por baixo das canetas.
Na cobrança de lateral pela esquerda, Benítez tirou a casquinha, Valdez ajeitou e Óscar Ruiz bateu por cima, com perigo.
Jean entrou para encorpar o meio no lugar de Hyoran.
Em bola aérea em nossa área, Benitez se preparava para fuzilar Weverton quando foi atacado por Felipe Melo e Antônio Carlos, que tirou a bola do paraguaio em cima da hora e vibrou como se tivesse feito um gol. E foi quase isso mesmo.
Deyverson entrou no lugar de Borja, que está a um gol da artilharia da Libertadores.
Thiago Santos substituiu Moisés, que correu uma maratona em Asunción.
Novick bateu de longe apenas para fazer graça – a bola saiu por cima. Nocauteado, o Cerro Porteño esperou pelo apito final enquanto nossos jogadores trocavam passes.