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09/03/2019 - 16:30
A cabeça do time, claramente, está na Libertadores. Uma pena que os jogadores que estão perdendo espaço não tenham aproveitado esta partida-excrescência para se destacarem e mostrarem para Felipão que podem ser úteis.
A exceção foi Zé Rafael, que justificou os pedidos da torcida para ter mais chances, e jogou uma boa partida, se movimentando bastante e dando toques de qualidade na bola. Lucas Lima teve momentos de brilho isolados – mas todos renderam jogadas importantes, as mais perigosas do Palmeiras, inclusive o pênalti.
Felipão e Paulo Turra ainda precisam ler melhor essa configuração do time com Lucas Lima por dentro – o camisa 20 precisa ter mais gente próxima a si para render melhor, como em seus melhores momentos no Santos. Às vezes até dá pra entender por que ele tem momentos de tanto desânimo em campo.
Hora de virar a chavinha de novo e focar no Melgar – se confirmarmos a vitória no jogo mais fácil do grupo, abriremos cinco pontos sobre o terceiro colocado e daremos um passo decisivo para a classificação. VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Mirassol
Primeiro tempo
Diego Borges cruzou da direita, a zaga rebateu e Rodolfo bateu de fora, sem perigo.
Zé Rafael deu sequência a uma boa troca de passes com um calcanhar preciso para Lucas Lima, que cruzou de pé esquerdo; a bola não pegou o efeito que ele esperava e acabou indo em direção ao gol – Matheus Aurélio tocou de leve na bola, que bateu no travessão.
Lucas Lima deu um lindo passe para Borja, que ficou livre na cara do goleiro e finalizou com força – Matheus Aurélio teve muito reflexo e deu um tapa na bola, salvando o time da casa. Borja poderia ter finalizado mais aberto, fora do alcance do goleiro.
Alex Ruan conseguiu invadir a área nas costas de Mayke, fintou Felipe Pires e bateu para o gol; Gómez chegou para desviar e a bola saiu em escanteio.
Muito calor em Mirassol, o Palmeiras estava em ritmo de feijoada – pelo menos quatro jogadores tinham razão para isso, já que haviam jogado em Barranquilla, mas o resto deveria estar mais aceso, em busca de retomar espaço no time principal. Muita lentidão e aparente desinteresse pela bola.
Lucas Lima bateu fala de média distância e assustou Matheus Aurélio.
Carlão achou um bom lance por dentro e bateu de fora, assustando Fernando Prass.
Depois de um minuto de acréscimo, o fraco árbitro encerrou o fraquíssimo primeiro tempo.
Segundo tempo
Felipão não mexeu no time, mesmo com alguns jogadores claramente extenuados.
GOL DO PALMEIRAS! Lucas Lima enfim lutou por uma bola, ganhou e fez um lindo passe para Borja, por trás da zaga; o colombiano deu o toque na frente e esperou o toque do goleiro, para ganhar o pênalti. Gustavo Gómez bateu de forma arriscada, no meio do gol, mas abriu o placar para o Verdão.
Zé Roberto fez falta boba em Diogo Barbosa, recebeu o segundo amarelo e acabou expulso. O jogo parecia totalmente dominado pelo Palmeiras.
Gol do Mirassol – num contra-ataque rápido, Rodolfo puxou pela direita e acionou Carlão, que fechava na esquerda. Mayke estava na jogada e poderia ter tomado a frente de Carlão com facilidade, se estivesse atento ao adversário, mas como marcou só a bola, permitiu ao ponta-esquerda adversário tomar-lhe a frente e escorar para o gol, sem chances para Fernando Prass.
Mayke foi ao fundo e cruzou na marca do pênalti, Borja tentou a bicicleta mas o pneu furou; na sobra Lucas Lima chegou batendo com força, mas mandou a bola por cima do travessão.
Lucas Lima bateu escanteio da direita e Edu Dracena subiu mais que a zaga, mas testou por cima do gol.
Mailton bateu falta de longe, rasteira, no canto direito, obrigando Fernando Prass a se esforçar para desviar em escanteio.
Felipão avançou o time, colocando Raphael Veiga no lugar de Thiago Santos. O time ficou no 4-1-4-1.
Após boa troca de passes, a bola subiu, prensada, e caiu no pé de Zé Rafael, que emendou um lindo sem-pulo – a bola saiu cruzada, do lado esquerdo do gol do Mirassol. O bandeirinha, no entanto, já assinalava impedimento do camisa 8, que estava meio corpo à frente.
Foi o último lance de Zé Rafael, que jogou bem – Felipão mandou a campo Carlos Eduardo, para rabiscar na defesa do Mirassol e tentar quebrar a última linha.
Claramente não funcionou; o camisa 37 mais uma vez errou quase tudo o que tentou e não acrescentou nada às tentativas do Palmeiras.
Depois, aos 34, Jean entrou no lugar de Felipe Pires, que não tinha espaço para imprimir velocidade e era peça nula em nosso ataque; Moisés subiu para a armação, mas estava claramente sem energias.
O Palmeiras tentava entrar na área do Mirassol de várias formas, mas esbarrava nos próprios erros e desperdiçava os ataques sem conseguir finalizar.
Carlos Eduardo teve nos pés a bola do jogo: Moisés acertou um lindo passe, por trás da zaga; o ponteiro teve a bola dominada e bateu com força, mas sem direção, claramente afobado.
Aos 49, o juiz terminou um dos piores jogos do Palmeiras na temporada – se não o pior.