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Num 12 de junho, o Verdão jogou melhor, fez valer o fator casa e usou as sagradas e infalíveis meias brancas. Diante do velho freguês, essa combinação foi fatal: o placar de 1 a 0 pode até não ter refletido a superioridade do Palmeiras, mas foi suficiente para levar o Verdão à quinta vitória no campeonato. Mais que isso, manteve os 100% de aproveitamento com o mando de campo no Brasileirão, e enfileirou a quinta partida seguida sem perder um Derby.

PRIMEIRO TEMPO

No 4-1-4-1, Cuca posicionou Thiago Santos entre as duas linhas de quatro. Moisés e Tchê Tchê alinharam com Dudu e Roger Guedes, e Gabriel Jesus se movimentava bem entre os zagueiros do adversário. E essa disposição funcionou muito bem nos primeiros minutos; aos três minutos Jean chegou em boa posição para o cruzamento mas a bola bateu no braço de Marquinhos Gabriel, dentro da área – junto ao corpo, nada a marcar.

Gabriel Jesus se mexia bem e confundia a dupla de zaga. Aos oito, Tchê Tchê conseguiu enfiar para o camisa 33 entre os zagueiros, ele invadiu a área de frente para Walter mas demorou uma passada a mais para concluir e permitiu a chegada de Felipe, que travou a conclusão. Um minuto depois, Bruno Henrique chegou de surpresa, livre, em nossa área, mas ao tirar de Fernando Prass perdeu o controle da bola e nossa defesa aliviou.

Roger Guedes passou a ser mais acionado, e ele teve três boas participações: aos 12, ele desarmou o ataque do rival e construiu o contra-ataque, abrindo para Tchê Tchê, que passou por Uendel, foi ao fundo pela direita e invadiu a área; o cruzamento veio rasteiro e Walter interceptou. Aos 15, o próprio Roger Gedes fez a jogada de fundo em cima de Uendel e cruzou para Moisés na área, mas ele não dominou. E aos 19, o camisa 23 recebeu de Tchê Tchê pela direita, encarou dois marcadores e bateu, mas a bola saiu à esquerda de Walter.

Tite conseguiu fazer sua marcação encaixar com a formação do Verdão, e o jogo passou a mostrar equilíbrio; Moisés viveu um momento ruim tecnicamente e passou a errar tudo o que tentava; a bola deixou de chegar às áreas. Se o Palmeiras perdeu o poder ofensivo, por outro lado, não permitiu que o adversário saísse jogando com uma marcação muito eficiente tanto na saída quanto na segunda bola. O jogo seguiu morno, até uma finalização do SCCP aos 42, em jogada que começou do lado esquerdo com Uendel, cruzou todo o campo e Giovanni Augusto aproveitou a sobra para chutar cruzado, sem perigo. Assim acabou o primeiro tempo.

SEGUNDO TEMPO

Cuca mudou o time no segundo tempo, como é praxe: Roger Guedes deu lugar a Cleiton Xavier; Moisés passou a se posicionar mais atrasado, compondo com Thiago Santos, e a formação passou a ser o 4-2-3-1 que nossa torcida aprendeu a odiar por causa de Marcelo Oliveira. Com dois minutos, deu resultado: Dudu fechou em diagonal e abriu para Moisés, que fez o “X” com ele; livre, ele invadiu a área e bateu forte, rasteiro, cruzado, para enorme defesa de Walter; a bola subiu e Cleiton Xavier, que acompanhou a jogada, saltou firme para cabecear no canto direito, com gol aberto. Um urro estrondoso foi ouvido na Zona Oeste da capital paulista.

O SCCP teve a chance de mudar o destino do jogo dois minutos depois: após bola aérea, Prass saiu mal e socou a bola para baixo, na entrada da área; Cristian dominou e bateu por cima, com o gol à disposição – era só dar um tapa em vez do chute forte. Azar deles.

A partir daí, o Palmeiras dominou o jogo com muita autoridade. O SCCP partiu pra cima do Verdão de forma desordenada e deixava muito espaço para nossos contra-ataques. Após grande intervenção de Thiago Martins desarmando um ataque do rival, Gabriel Jesus puxou o contra-ataque, abriu na esquerda para Dudu que encarou a marcação, abriu pela esquerda e bateu muito forte, mas Walter fez boa defesa.

Aos dez, na bola parada, quase o castigo: Uendel bateu falta da esquerda, Felipe escorou e Guilherme recebeu livre para bater cruzado; a bola bateu no pé da trave esquerda e voltou nas mãos de Fernando Prass.

O Verdão resolveu retomar o controle do jogo após os sustos. Os jogadores adotaram uma postura muito combativa em campo, a torcida entrou em campo e o estádio virou um caldeirão infernal. A bola passou a pegar fogo no pé dos jogadores do SCCP, tanto que aos 17 minutos Fagner cometeu um erro bobo, ao entregar uma bola no pé de Gabriel Jesus, que enxergou o canto esquerdo disponível e tentou bater de curva da entrada da área, mas Walter fez mais uma ótima defesa.

Tite apelou mais uma vez para a feitiçaria, colocando em campo Danilo, que deve estar usando tamanho XGG, além de Maycon, tirando Guilherme e Cristian. Alterações sem efeito; o Palmeiras ganhou o meio-campo de uma vez, ficando muito mais próximo do segundo do que de levar o empate.

Aos 27, Moisés cobrou lateral da esquerda, Tchê Tchê tentou o domínio e a bola ficou viva, sobrando para Gabriel Jesus, que tirou de Walter e já ia comemorando o gol, mas Yago conseguiu salvar em cima da risca quase sem querer. Raphael Claus marcou tiro de meta, de forma inacreditável. Um minuto depois, Tchê Tchê recebeu do lado direito e bateu rasteiro, mas a bola saiu raspando o pé da trave de Walter.

Aos 39, mais uma grande chance: Zé Roberto ligou o turbo, deixou Fagner na saudade e cruzou pelo alto; Gabriel Jesus teve que ajeitar o corpo para cabecear, mas a bola saiu por cima – fez o certo; se tentasse dominar com a perna poderia perder o controle.

A cada vez que o SCCP pegava na bola, uma vaia ensurdecedora era ouvida no Allianz Parque. Nossos jogadores se multiplicaram em campo. A vitória parecia garantida, até que Thiago Martins fez falta boba na intermediária, do lado direito de nossa defesa, aos 48. Uendel bateu, Edu Dracena deu sua 418ª afastada por cima, mas a bola caiu com Fagner, que levantou na área de novo; Felipe, impedido, disputou com Prass e fez falta; já com a jogada parada Bruno Henrique empurrou para o gol – claro, nada disso valeu. Mas o bandeira não deu o impedimento.

FIM DE JOGO

Raphael Claus encerrou o jogo e o Verdão venceu mais uma. A quinta vitória no campeonato; o quinto Derby seguido sem perder. São muito fregueses. Uma pena não ter aqueles dois mil de sempre lá do outro lado para os saudarmos calorosamente durante e após o jogo.

A vitória dá moral para a sequência do campeonato: na quarta, vamos ao Couto Pereira que está com a grama toda queimada, em estado periclitante, enfrentar o Coritiba, com dois pontos a mais que o planejamento proposto antes da primeira rodada. Estamos a um ponto do Inter, mas nossa tabela até agora foi bem mais complicada que a dos gaúchos. Precisamos agora ter atenção redobrada com essas pedras menores em nosso caminho; historicamente, é nelas que temos tropeçado e comprometido nossas campanhas. Mas esse nosso time parece muito, muito focado e a tendência é de manter a sequência positiva. VAMOS PALMEIRAS!

Ficha Técnica

39.935

R$ 2.763.659,36

Raphael Claus

Escalação

SCCP

Walter
Fágner
Felipe
Yago
Uendel
Bruno Henrique
Cristian
Maycon
Giovanni Augusto
Guilherme
Danilo
Marquinhos Gabriel
Luciano
André
Tite
TÉCNICO









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