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14/02/2021 - 18:15
Sem a pressão enfrentada nas últimas semanas, o Palmeiras contou ainda com um adversário bastante frágil no primeiro tempo, com um meio-campo cheio de espaços – um prato cheio para uma nova formação experimentada por Abel na partida.
Com três zagueiros de origem, o time se posicionou num 3-6-1 – ou talvez um 3-2-4-1, com dois triângulos no meio, cada um formado por um ala, um volante e um meia. Do lado esquerdo, Esteves, Danilo e Gustavo Scarpa; do direito, Marcos Rocha, Gabriel Menino e Lucas Lima.
Tendo ainda Breno Lopes circulando bastante, a faixa ofensiva ficou bastante povoada. Os toques saíam rápidos, curtos, e a intensa movimentação de todos tornava o time muito difícil de ser marcado por uma defesa que tinha problemas de proteção.
Assim, os gols saíram com muita naturalidade – e outras chances surgiram para construir um placar ainda maior no primeiro tempo – o número de lances criados pelo Verdão na primeira metade do relato do jogo demonstra o tamanho da superioridade alviverde.
Tudo isso só foi possível porque, mesmo com o corpo ainda cansado diante do esforço físico das viagens e da sequência de jogos, a cabeça dos jogadores parecia estar bem solta e o futebol mostrou alegria – algo ausente diante da tensão das últimas semanas.
No intervalo, Enderson Moreira corrigiu o lado esquerdo com a entrada de Carlinhos no lugar do fraquíssimo Bruno Melo, e ao sacrificar um construtor (David) para posicionar Derley mais retraído, preencheu um espaço que estava sendo importante para o Palmeiras no primeiro tempo.
O Verdão tentou manter o ritmo no início do segundo tempo, mas logo entendeu que o adversário não apenas estava mais fechado e protegido, mas que também estava farto de levar gols. Se houvesse uma insistência, a represália seria física e isso ficou claro após algumas disputas de bola.
Assim, os dois times se deram por satisfeitos com os 3 a 0 e o segundo tempo transcorreu sem maiores emoções.
O sinal mais claro que o jogo desta noite deixou foi que o Palmeiras, com a cabeça leve, consegue ser criativo e letal, e o oposto se verifica na mesma intensidade quando a tensão se faz presente. A dificuldade extrema que tivemos diante do Santos talvez não fosse tão grande se não fosse uma final de Libertadores.
Um time cheio de meninos que até outro dia jogavam o Paulista Sub-20 tem essa característica; não se pode esperar que mostrem maturidade da noite para o dia; isso virá com o tempo. Por isso, por mais que com a bola no pé, nossas crias se mostrem muitas vezes superiores aos mais velhos, talvez seja importante elevar a média de idade do time que entrará em campo contra o Grêmio.
E não é apenas a idade o fator primordial para essas turbulências emocionais. Mesmo entre os mais experientes, é preciso identificar os mais suscetíveis a cair diante da pressão e trabalhar esses pontos com profissionais da área.
De concreto, a partida de hoje não nos trouxe nada. Os três pontos nos ajudaram, no máximo, a almejar talvez o terceiro lugar da competição – o que renderá uns trocados a mais na premiação em relação ao quinto ou ao sexto lugar, mas que na prática, para o torcedor, não significam absolutamente nada.
Mas observar os diferentes rendimentos do time em situações diversas podem render insights importantes a serem trabalhados individualmente e coletivamente no grupo de jogadores.
Isso tudo sem falar que ganhar é sempre bom, e de 3 a 0 ainda – é muito, muito bom. VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Fortaleza
Primeiro tempo
Romarinho bateu falta da esquerda e Paulão testou para o chão, em cima de Weverton, que defendeu com facilidade.
Marcos Rocha bateu lateral rápido na área; Gustavo Scarpa estava sozinho e ajeitou, mas Paulão chegou dando o tranco e desarmou o camisa 14. O VAR checou a jogada e não chamou o árbitro para conferência.
Breno Lopes foi lançado por Lucas Lima pela direita, abriu o ataque enquanto Scarpa se projetou por dentro; o cruzamento veio por baixo mas a zaga afastou; Esteves pegou o rebote livre de marcação e encheu o pé – Bruno Melo conseguiu salvar.
Lucas Lima bateu de fora, de muito longe, e mandou por cima.
Gustavo Scarpa recebeu por dentro, engatilhou e soltou a bomba; a bola pegou um belo efeito e Felipe Alves colocou a escanteio.
GOL DO PALMEIRAS! Gustavo Scarpa bateu falta da meia direita, sofrida por ele mesmo, e a bola foi no cantinho esquerdo de Felipe Alves, que ficou pregado.
Lucas Lima pegou uma sobra de frente para a área e tocou para Gabriel Menino, que ajeitou e bateu forte – por cima. A jogada começou em outro lateral rápido batido por Marcos Rocha.
De novo jogada de lateral: Breno Lopes foi acionado, fez o pivô para Lucas Lima que tocou rápido para Gabriel Menino, que acionou Scarpa na área; o camisa 14 girou rápido e obrigou Felipe Alves a fazer boa defesa.
GOL DO PALMEIRAS! Gustavo Scarpa tabelou com Lucas Lima e inverteu para Marcos Rocha dentro da área; o cruzamento veio por baixo, para a chegada de Lucas Lima, que colocou no canto direito do gol do Fortaleza.
Ronald bateu escanteio da direita e Paulão ganhou outra por cima, mas mandou sobre o gol de Weverton.
GOL DO PALMEIRAS! Linda troca de passes entre Lucas Lima, Gabriel Menino e Gustavo Scarpa; a bola foi tocada para trás, para a chegada de Breno Lopes, que soltou uma sapatada de fora, rasante, no canto direito de Felipe Alves.
Gabriel Menino articulou com Gustavo Scarpa por dentro; ele soltou mais uma patada e a bola passou lambendo a trave direita de Felipe Alves, que saltou, mas não tinha o que fazer.
Esteves recebeu por trás da zaga, impedido, tirou do goleiro e bateu cruzado; a bola rolou de mansinho e bateu na trave antes de sair. Aí o bandeirinha resolveu levantar o instrumento.
Esteves arriscou de fora, rasteiro – a bola passou perto do canto esquerdo de Felipe Alves.
Segundo tempo
Marcos Rocha ligou com Lucas Lima na meia-lua; ele ajeitou de costas para a batida de Gustavo Scarpa com liberdade – a bola tinha o endereço mas desviou na zaga.
Romarinho fez um lançamento despretensioso; Kuscevic rebateu errado e deu no pé de Wellington Paulista, que bateu forte – a bola desviou no chileno e saiu em escanteio.
Breno Lopes sentiu o posterior da coxa direita e deu lugar para Willian Bigode.
Patrick de Paula e Raphael Veiga entraram nos lugares de Esteves e Lucas Lima.
Raphael Veiga achou um excepcional passe para Patrick de Paula, por trás da zaga; o camisa 5 podia ter dominado mas preferiu dar o tapa de primeira – e fez certinho, colocando no canto direito – mérito total de Felipe Alves, que mergulhou com muito reflexo e impediu o quarto gol do Verdão.
Mayke e Felipe Melo entram nos lugares de Marcos Rocha e Danilo.
Depois de um segundo tempo modorrento, o juiz encerrou após três minutos de acréscimo.
O último gol do Lucas Lima foi no Paulista do ano passado, aquele gol contra o Ituano que o Snoopy Dogg compartilhou…
Vitória boa pra acalmar os inexplicáveis, inadmissíveis, cornetas.
O Margarida vai apitar o jogo ? Esse aí gosta de aparecer e chamar uma atenção…
Por que escalar ucas Lima ? Deveria estar sendo negociado, não quer jogar está acomodado, melhor por o Pedro Acácio.
Voltei para dizer que queimei a língua , e que estou muito feliz com isso.