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O Palmeiras venceu o Junior de Barranquilla por 3 a 1 e assim garantiu o primeiro lugar geral da fase de grupos da Libertadores, o que garante ao Verdão a primazia de decidir todos os mata-matas em casa atéo final da competição.

Os grandes nomes do jogo foram Fernando Prass e Borja, que, com atuações de gala, evitaram que a arbitragem nos tungasse a vitória e a vantagem. O paraguaio Enrique Cáceres e seus auxiliares estavam nitidamente dispostos a tirar a vantagem do Palmeiras, mas não conseguiram.

PRIMEIRO TEMPO

O Verdão entrou em campo com uma escalação alternativa, sobretudo na defesa. Chamou a atenção a braçadeira de capitão, que ficou com Fernando Prass, mesmo com Dudu em campo. E o Junior veio com tudo pra cima do Palmeiras, mostrando que queria definir o jogo desde o começo, fazendo marcação alta e tornando nossa troca de passes bastante difícil.

Aos 9, Emerson Santos errou um passe após quase dois minutos de paciente troca de bolas; Chará agradeceu, tocou para Barrera, que ligou com Téo Gutierrez, cara a cara com Fernando Prass, que abafou. Logo depois, Thiago Santos viu Mayke se projetando e fez um lindo lançamento; o lateral cruzou por baixo, depois que Borja já tinha passado da linha da bola; Guerra ainda tentou aproveitar e abriu para Dudu, que bateu fraco. O Junior respondeu rápido, com Chará levantando para González cabecear, mas Prass defendeu sem muitos problemas.

A pressão inicial do Junior foi para o espaço e o Palmeiras tomou o controle do jogo, mas a troca de passes era muito pobre e o time tinha enorme dificuldade para envolver a defesa colombiana. Aos 28, Guerra tabelou com Borja e quase conseguiu o chute, mas foi travado na linha da pequena área; Thiago Santos ainda tentou emendar o rebote, mas a bola subiu muito. Nosso camisa 5, mais uma vez, era o dono do meio do campo: bloqueava a maioria das tentativas do Junior e ainda ditava o tom das armações, com o auxílio de Guerra, bem mais móvel que Lucas Lima.

Aos 35, Willian Bigode aparou um chute de longe de Victor Luis, chegou a chapelar Arias dentro da área e se preparava para fazer um gol de cinema, mas acabou desarmado na hora H por Piedrahita. Aos 38, Barrera recebeu no meio e suspendeu para a área; Luan rebateu mal, para o meio, e Téo Gutierrez bateu no canto direito alto, mas Fernando Prass fez uma enorme defesa.

Um minuto depois, González fez o cruzamento por trás de Emerson Santos e Chará, que é menor que o Dudu, cabeceou de frente para o gol, mandando no cantinho, e Prass mais uma vez fez uma defesa monstruosa. O Palmeiras respondeu numa descida rápida que começou com Dudu, passou por Tchê Tchê, que tocou para Guerra, que pela segunda vez deixou um companheiro em condições de marcar: Dudu saiu na cara de Viera mas bateu mal, em cima do goleiro. Aos 42, Dudu deixou Guerra na cara de Viera, que abafou bem na saída do gol. O primeiro tempo  ficou muito aberto no final, mas acabou mesmo sem gols.

SEGUNDO TEMPO

Sem mexidas, os times voltaram atrás da vitória: o Palmeiras, porque jogava em casa, e o Junior, porque já sabia que o Boca estava vencendo o Alianza por 4 a 0. E o Verdão começou mais forte: Tchê Tchê, aos 4, soltou um canudo de fora que encobriu o goleiro e explodiu no travessão. Aos seis, o primeiro gol: Mayke tabelou com Borja e cruzou por baixo; Viera tentou segurar e deu rebote, aí Borja recolheu, girou e bateu prensado, a bola entrou sofrida, mas o gol valeu.

Aos 8, Emerson Santos permitiu a tabela entre Barrera e Téo Gutierrez, que disputou a jogada com Luan dentro da área e se desmanchou – o juiz não teve a menor vergonha de marcar pênalti. Barrera bateu e Fernando Prass voou no canto esquerdo para pegar sem dar rebote. O estádio pegou fogo!

Aos 10, Dudu cruzou para Mayke, que escorou de peito pra Borja, que pegou de voleio e faria um golaço,mas Viera fez uma defesa espetacular. Dois minutos depois,Dudu recebeu de Borja, de frente, e bateu rasteiro; a bola desviou na zaga e saiu.

Aos 13, González foi lançado em velocidade, mas Fernando Prass se antecipou e rachou, dando um chutão que pegou a defesa do Junior desatenta; Willian aproveitou e tocou para Borja, que invadiu, ameaçou dar uma patada mas esperou o goleiro se atirar para dar uma cavadinha, fazendo um golaço.

Aos 19, Dudu recebeu deWillian e bateu cruzado; a bola passou muito perto. O Junior queimava seus últimos cartuchos e aos 20 Chará achou Téo Gutierrez livre e tocou; mesmo escandalosamente impedido o veterano tocou para o gol e a arbitragem validou. Um escândalo.

Com um gol roubado, o Palmeiras viu a vitória ameaçada e partiu para matar o jogo. Aos 22, Borja achou Willian livre pela esquerda, mas o chute saiu fraquinho e ficou fácil para Viera. E aos 23, Guerra bateu falta na área; Murillo cortou mal e Borja só teve o trabalho de empurrar para as redes. A bola procurou por seus pés.

Aos 26, Roger fez duas mexidas: Bruno Henrique entrou no lugar de Tchê Tchê e Hyoran substituiu Borja, que saiu consagrado. Aos 28, Hyoran entrou driblando na área e tocou para Willian, mas a zaga cortou em cima da hora; no rebote, Thiago Santos bateu de fora e Viera defendeu.

Aos 31, linda tabela entre Dudu e Willian; o camisa 7 recebeu dentro da área e tocou na saída de Viera, mas não teve sorte e a bola saiu triscando a trave esquerda do colombiano. Aos 32, Hyoran recolheu  um passe de Guerra e bateu por cima, com perigo. Era um passeio.

Aos 36, numa descida do Junior, a bola bateu na mão de Luan dentro da meia lua. Ruiz bateu mal, por cima. Com 3 a 1 no placar, os dois times diminuíram o ritmo e a partida caminhou para seu final.

FIM DE JOGO

Mesmo contra um time desesperado e desarrumado, nosso mistão aproveitou as chances e teve até momentos de brilho, fazendo jus ao placar. A arbitragem também complicou, mas nem assim nos tirou a vitória.

Guerra mostrou estar em condições melhores que Lucas Lima e pede passagem, assim como Thiago Santos, que fez tudo o que Felipe Melo faz, com muito mais vigor físico. E Roger que se vire para mandar o Prass de volta pro banco.

Miguel Borja engrossou algumas vezes, mas deixou os companheiros duas vezes na cara do gol em tabelas muito bonitas; fez três gols de NOVE-NOVE e só não fez o quarto, de voleio, porque Viera fez uma enorme defesa. Sem dúvidas, a melhor partida do colombiano com nossa camisa. Parece que ele nasceu para jogar Libertadores.

O Verdão segue numa rotina de virar chavinhas: sábado, pega o Bahia, pelo Brasileirão; no meio da semana, tenta passar de fase na Copa do Brasil contra o América; e no outro sábado encara o Sport, novamente pelo Brasileirão. Todas no Allianz Parque. Ótima sequência para embalar e recuperar o moral com a torcida. VAMOS PALMEIRAS!

Ficha Técnica

25.787

R$ 1.621.350,28

Enrique Caceres

Escalação

Junior de Barranquilla

Viera
Piedrahita
Ávila
Arias
Murillo
Perez
Pico
Cantillo
Chará
Ruiz
Barrera
González
Díaz
Téo Gutierrez
Julio Comesaña
TÉCNICO





Notas


Jogador
Descrição
Nota
Fernando Prass
Fez três grandes defesas no primeiro tempo e pegou um pênalti sem rebote. Como se não bastasse, até chutão de trás acabou em gol. Perfeito.
10
Mayke
Encaixou uma ou outra jogada, mas teve problemas com González.
6
Luan
Afobado, sem ritmo, cometeu erros típicos de quem está passando a temporada no banco.
5
Emerson Santos
Outro que sofreu demais com a inatividade, errando passes e sendo envolvido com muita facilidade.
4
Victor Luis
Sua extrema aplicação defensiva explica muito os pedidos da torcida por recolocá-lo no time titular.
6.5
Thiago Santos
Jogou demais; bloqueou, roubou, armou e finalizou. Parecia dois em campo.
9
Tchê Tchê
Correu e ocupou espaços, mas não converteu essa presença em efetividade, errando muitos passes. Mesmo assim quase fez um golaço de fora.
5.5
Bruno Henrique
Bateu cartão.
6
Dudu
A fase técnica é ruim. Tem gente pedindo passagem.
6
Guerra
Fez sua parte: jogou de cabeça erguida, buscou jogo,distribuiu, tabelou - pena que esteve boa parte do jogo isolado, sobretudo no primeiro tempo.
8
Deyverson
Bicho fácil.
s/n
Willian
Não participou efetivamente das jogadas mais importantes, mas esteve sempre presente distraindo a defesa e puxando a marcação. Sempre importante.
7.5
Borja
Três gols e por duas vezes deixou os companheiros na cara do gol. Só não leva dez porque deu aquelas engrossadas básicas.
9.5
Hyoran
Pegou poucona bola, mas nas vezes que apareceu,mostrou que está on fire. Tá merecendo mais espaço.
6.5
Roger Machado
Roger Machado
Mais uma vez administrou bem o elenco. Soube ler o jogo para corrigir o posicionamento do time no intervalo e explorar os espaços deixados pelo Junior.
7




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