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Em partida de grande desempenho técnico de quase todo o time, o Verdão venceu o Bahia pelo clássico placar de 3 a 0 no Allianz Parque e voltou ao G4 do Brasileirão – agora seca o Grêmio e o SCCP para se manter entre os quatro primeiros. A distância para o líder permanece em dois pontos.

PRIMEIRO TEMPO

Lucas Lima voltou à titularidade e iniciou o jogo como a grande esperança de que o Palmeiras vencesse a dura disputa pelo meio-campo, contra um adversário com dois volantes de pegada. O Verdão começou muito forte, abrindo o placar aos 3 minutos: Keno lançou Borja, que disputou com Everson, entrou na área, podia ter tentado cavar o pênalti no choque com Lucas Fonseca mas insistiu – ele rolou para Willian Bigode, que só escorou para o gol.

Aos seis, Jailson jogou uma bola no fogo para Felipe Melo; Júnior Brumado se antecipou, roubou e tocou para Vinicius, que bateu forte – Edu Dracena desviou a bola que levaria perigo, mas saiu em escanteio. Aos nove, depois de rebote de escanteio, Léo Pelé recolocou na área; nossa defesa dormiu e Lucas Fonseca escorou livre, de frente, e a bola bateu na forquilha esquerda de Jailson.

Aos 14, Zé Rafael recebeu no meio do campo, ganhou de Marcos Rocha e avançou sem ser incomodado, invadiu a área e bateu cruzado, para boa defesa de Jailson. O Bahia teve três boas chances por erros sucessivos de passes que o Palmeiras cometia. Apesar da vantagem no placar, o Palmeiras jogava mal e não conseguia organizar as jogadas.

Aos 24, depois de bom centro de Lucas Lima, Keno rachou com Douglas, que afastou no soco; a bola caiu nos pés de Willian, que limpou o marcador e bateu forte, de curva, e Douglas fez uma defesa pra sair na foto. Após um início sonolento, nosso camisa 20 despertou, passou a ser mais participativo e o jogo voltou a pertencer ao Palmeiras.

Aos 32, Marcos Rocha bateu o escanteio curto com Lucas Lima, que podia suspender para a área, mas preferiu devolver para o lateral, livre; ele invadiu, percebeu Antônio Carlos se aproximando e tocou no meio de três defensores do Bahia, que só olharam nosso zagueiro-artilheiro ir mais uma vez às redes. Foi o terceiro gol do camisa 25 no ano.

O visitante não desistia e aos 34 construiu uma linda jogada: Zé Rafael acionou Júnior Brumado e se projetou, o novo passe achou Vinicius na área e ele tocou de primeira para a chagada de Zé Rafael, que improvisou uma puxeta e quase fez um golaço – a bola encobriu o gol de Jailson.

Aos 41, um gol com a facilidade que todos sempre desejamos: bola de pé em pé, de Felipe Melo para Bruno Henrique, daí para Lucas Lima, tudo pela faixa de dentro do gramado; o camisa 20 deu um passe de cinema para Borja, que fez o facão por trás de Lucas Fonseca e tocou por baixo de Douglas, para fazer o terceiro gol, enlouquecer e atirar a camisa para a torcida – e levar cartão amarelo.

Aos 43, Keno foi lançado, matou no peito, chapelou Everson e tocou para o excelente apoio de Bruno Henrique, que foi ao fundo e cruzou por baixo, para a chegada de Borja, que escorou mal, perdendo gol feito – mas depois do belo gol, da assistência e com o placar folgado, só recebeu aplausos. O primeiro tempo acabou com três gols de vantagem, o que não foi bem o que aconteceu no jogo – mas o que interessa é quem coloca pra dentro as chances que cria.

SEGUNDO TEMPO

Os dois times voltaram sem mexidas para o segundo tempo e o Verdão seguia em ritmo forte, ao menos nos minutos iniciais. Aos três, Diogo Barbosa apoiou bem pela esquerda e cruzou para a chegada de Borja; Willian não percebeu e tentou aproveitar e os dois se embolaram, desperdiçando boa chance.

Aos 8, Lucas Lima controlou bem a bola pela direita, esperou a movientação na área e cruzou para Borja, que se atirou na bola – Douglas fez grande defesa. Um minuto depois, mais uma vez Lucas Lima ligou com Borja, que bateu da entrada da área,por cima. Douglas sentiu a virilha no tiro de meta e deu lugar a Anderson.

O placar definido fez os dois times naturalmente diminuírem a intensidade e o jogo ficou bem menos interessante. Aos 21, Nino Paraíba aproveitou uma bola na direita e bateu direto, quando todos esperavam o cruzamento – Jailson fez uma grande defesa. Aos 26, Borja saiu para a entrada de Hyoran e recebeu uma salva de aplausos impressionante. Boa Copa, Miguelito!

Aos 29, Lucas Lima enfiou para Keno, em impedimento; livre, o camisa 11 puxou a jogada e rolou para Willian, livre, sem goleiro – mas o camisa 29 bateu a bola no travessão, de forma inacreditável. No fundo, foi até bom que o gol não saiu, pois seria irregular. Aos 33, Felipe Melo deu lugar a Thiago Santos e passou a braçadeira para Edu Dracena. Dois minutos depois, Guerra rendeu Keno.

Aos 38, Elber recebeu um bom passe pela esquerda, invadiu a área e bateu com pouco ângulo – Jailson fechou as pernas pra não levar entre as canetas e tirou do gol com o calcanhar; Zé Rafael pegou a sobra do outro lado e tentou bater de novo, e Jailson foi lá e colocou a escanteio. Na batida, Everson cabeceou forte e a bola triscou o travessão.

Aos 45, Guerra fez um lindo passepor elevaçãopara Willian, que tentou bater mas foi travado; Guerra ainda teve a chance de pegar o rebote mas não conseguiu equilibrar o corpo para bater bem e Anderson defendeu. Dois minutos depois, nova tabela entre Willian e Guerra, e o camisa 29 bateu por baixo para mais uma defesa de Anderson. Na última chance do jogo, Lucas Lima isolou uma bola rolada por Guerra, depois da bola passar por toda a nossa linha ofensiva de pé em pé. E assim o jogo acabou.

FIM DE JOGO

Não houve nenhum grande movimento tático; o Palmeiras jogou no automático e contou com noites inspiradas de quase todo o time. Lucas Lima demorou um pouco para acender, mas após 20 minutos de jogo pegou no tranco e o time deslanchou.

Todos jogaram muito bem e as jogadas saíram com naturalidade. Foi um jogo perfeito para a torcida perceber como é bom ter jogadores com boa condição técnica em todas as posições.

Uma pena perder Borja, justo agora. O colombiano atravessa, seguramente, sua melhor fase no Palmeiras, mas deixa o time para servir a sua seleção. Uma coisa fica clara: Willian, à sua moda, deve dar conta do recado. A próxima missão é ratificar o avanço na Copa do Brasil, contra o América. Vira de novo a chavinha, e VAMOS PALMEIRAS!

Ficha Técnica

26.351

R$ 1.517.906,22

Rafael Traci

Súmula

Borderô

Escalação

Bahia

Douglas
Anderson
Nino Paraíba
Everson
Lucas Fonseca
Léo Pelé
Edson
Gregore
Élber
Vinicius
Flávio
Zé Rafael
Júnior Brumado
Régis
Guto Ferreira
TÉCNICO





Notas


Jogador
Descrição
Nota
Jailson
Pegou duas bolas boas e teve muita sorte em outras duas - e isso é muito importante.
6.5
Marcos Rocha
Uma bela assistência e bastante solidez em seu flanco.
7.5
Antônio Carlos
Meteu uma pra dentro e foi bem em quase todo o jogo - ficou um pouco perdido nos 20 minutos iniciais pegando o ataque do Bahia de frente o tempo todo.
7.5
Edu Dracena
Em seu terceiro ano de clube continua sem marcar gols. Mas segue exercendo sua liderança positiva sem sobressaltos.
6.5
Diogo Barbosa
Fez a melhor partida pelo Verdão, está se assentando no time e jogando cada vez com mais naturalidade.
8
Felipe Melo
Arrancou aplausos da torcida em jogadas de raça; conseguiu se transformar numa liderança positiva.
7
Thiago Santos
Deu tempo de roubar duas ou três bolas.
s/n
Bruno Henrique
Eficiente, joga fácil e surpreende arriscando até jogadas de ponta.
7
Willian
Atormenta qualquer defesa sempre; até o gol incrível que perdeu foi bom - afinal, a jogada era irregular.
8
Lucas Lima
Reagiu - e olha que não parecia que ia conseguir até os 20 minutos, quando ainda era um peso morto. Acordou e coordenou todo o time, fazendo um grande jogo.
8
Keno
Partida normal "de Keno", fazendo boas jogadas e enchendo o saco da defesa.
7
Guerra
Mesmo com pouco tempo em campo, mostrou que está a fim e reacendeu um jogo que estava morto.
7
Borja
Gol, assistência, tabelas e só uma engrossada em 73 minutos. Mais uma grande partida!
9
Hyoran
Teve tempo, mas desta vez não conseguiu o destaque das outras entradas.
6
Roger Machado
Roger Machado
Se tivesse ficado em casa jogando videogame não mudaria nada. O time jogou o automático.
6




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