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O Palmeiras não passou nem perto de jogar uma grande partida, mas fez o suficiente para vencer o Sport por 2 a 1 no Allianz Parque e chegou a 67 pontos na tabela. Com mais um tropeço do vice-líder, a diferença subiu para largos seis pontos, a seis rodadas do fim. Não dá para relaxar a esta altura, mas é inegável que o passo foi gigantesco e que ficamos muito próximos do objetivo.

PRIMEIRO TEMPO

Cuca armou o time de forma bastante ofensiva, com Barrios no comando do ataque, Jean deslocado para a meia e apenas Moisés na contenção, mais retraído. Com isso, o Sport achou um espaço que não costuma ter em quase nenhum jogo no campeonato e soube aproveitá-lo muito bem com seu trio de meias, sobretudo Diego Souza.

Assim, o jogo ficou franco dos dois lados, com a bola rondando as duas áreas com frequência. Quem mais aproveitou esse aspecto no início do jogo foi o Sport, com três boas oportunidades. Aos 4, Rogério roubou a bola de Mina na saída, abriu para Rodney Wallace que cruzou; Diego Souza chegou um pouco atrasado e não conseguiu concluir. Aos 6, Vitor Hugo fez falta em Diego Souza dentro da meia-lua; ele mesmo cobrou, mas pegou na barreira. E aos 19, Samuel Xavier apoiou em contra-ataque pela direita e cruzou por baixo; Rogério escorou mas não pegou em cheio na bola, que mesmo assim ia no cantinho – Jailson se esticou e fez ótima defesa.

O Palmeiras encaixou o primeiro contra-ataque aos 20, e foi mortal: bola ligada de Allione para Moisés, que girou o corpo e fez um lindo lançamento para Dudu, em velocidade; ele invadiu a área e tocou forte, na saída de Magrão, colocando a bola no canto esquerdo. O Sport reclama que antes desse lance teria havido um pênalti de Mina, após cobrança de escanteio. De fato, a bola resvala em seu braço, mas no movimento natural – e o desvio foi suave, mal desvia a trajetória da bola. Nada a marcar.

O Sport continuava aproveitando o espaço na frente de nossa zaga e tinha ótimo volume de jogo. Nosso time, com inteligência, aproveitava os contra-ataques e o jogo era muito agradável de se ver. Aos 32, pegou fogo de vez: após escanteio pela direita, Rithely no primeiro pau cabeceou no travessão; quase embaixo do gol Rogério aproveitou o rebote e empatou o jogo. Logo depois da saída, Moisés cobrou lateral na área e Mina cabeceou; a bola entraria no cantinho direito de Magrão que se esticou e salvou o time pernambucano. E o Sport armou um belo contra-ataque aos 33, com Everton Felipe ganhando na velocidade de Zé Roberto, e de frente para Jailson, bateu mal, para fora – “mérito” do pasto do Allianz Parque, que fez a bola quicar de forma irregular bem no momento do chute.

O Verdão assimilou o gol de empate e, novamente precisando do gol, tomou as rédeas do jogo. O Sport perdeu a iniciativa e deu o espaço que nosso time queria. Aos 37, Zé Roberto puxou o contra-ataque pela esquerda e cruzou; Tchê Tchê escorou, a zaga rebateu e a bola se ofereceu para Jean, que bateu de primeira, mas a bola saiu. Aos 39, Fabiano cobrou lateral rápido pela direita, para Moisés, que bateu forte para o gol mesmo com pouco ângulo; Magrão rebateu e Dudu bateu forte, por cima.

Aos 42 Allione puxou um belo contra-ataque, a bola foi enfiada para Barrios que bateu forte, mas a bola foi travada por Renê. Mas aos 45, saiu o segundo, e foi de Cucabol: Moisés bateu lateral na área, Barrios desviou e Dudu tentou escorar para o gol; a bola foi bloqueada e sobrou para Tchê Tchê, que bateu firme no canto direito de Magrão, fazendo o segundo e fechando o primeiro tempo.

SEGUNDO TEMPO

Se o jogo foi muito aberto no primeiro tempo, o panorama mudou totalmente na segunda etapa com uma mexida de Cuca: tirou Fabiano, puxou Jean para a lateral e posicionou Thiago Santos para trancar o meio. A mudança travou o futebol dos dois times e a bola passou a ficar muito mais na parte central do gramado.

Depois de 18 minutos sem maiores emoções, Daniel Paulista fez duas substituições: mandou a campo Apodi e Ruiz, nos lugares de Everton Felipe e Rodney Wallace, tentando explorar o lado esquerdo de nossa defesa. Cuca, por sua vez, trocou Barrios por Alecsandro. E foi Alecsandro que, sem querer, proporcionou a primeira chance de gol do segundo tempo: aos 23, ele espirrou o taco e a bola que tentou estourar foi para trás, se oferecendo para Apodi que emendou um chute de fora, de primeira, mas a bola saiu à esquerda de Jailson.

Depois da entrada de Cleiton Xavier no lugar de Allione, o Sport conseguiu enfim exercer alguma pressão: aos 29, Diego Souza tabelou com Ruiz e bateu forte, de esquerda, e Jailson fez uma defesa importantíssima. Na batida do escanteio, Matheus Ferraz subiu bem e testou firme, para mais uma defesa de muito reflexo de nosso goleiro.

Os ataques do Sport fizeram nosso time acordar e a partir daí o Palmeiras controlou o jogo, ligado, e ainda perigoso nos contra-ataques. Aos 38, Cleiton Xavier engatilhou de fora, sem marcação, mas não pegou bem na bola. Aos 44, Cleiton Xavier bateu falta da direita no segundo pau; Alecsandro desviou para o meio e Mina surgiu como centroavante, mas estava marcado e não conseguiu concluir a jogada de forma limpa. O Palmeiras cozinhou o final do jogo e garantiu mais três pontos.

FIM DE JOGO

Apesar do gramado ridículo, o Palmeiras conseguiu fazer valer sua maior superioridade técnica. Com muita confiança no controle do jogo – até demais, porque Jailson teve que nos salvar por duas vezes num momento crítico do relógio – nosso time segue enfileirando vitórias e somando pontos, enquanto os perseguidores vão ficando pelo caminho.

Apenas seis rodadas nos separam do título, sendo que podemos tropeçar até duas vezes. Se o time vencer o Santos na Vila Belmiro, na próxima rodada, colocará uma mão na taça – mas para isso, precisa jogar com mais intensidade do que hoje. A boa notícia é que teremos o reforço de ninguém menos que Gabriel Jesus. Então foco, sem salto alto, e VAMOS PALMEIRAS!

Ficha Técnica

Escalação

Sport

Magrão
Samuel Xavier
Matheus Ferraz
Ronaldo Alves
Renê
Rithely
Paulo Roberto
Rodney Wallace
Ruiz
Diego Souza
Éverton Felipe
Apodi
Rogério
Vinícius Araújo
Daniel Paulista
TÉCNICO









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