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26/09/2018 - 21:45

O confronto como um todo foi bastante parelho e o Cruzeiro acabou se beneficiando da anulação do gol legítimo de Antônio Carlos no primeiro jogo. Num confronto com tamanho equilíbrio, qualquer time que se classificasse acabaria sendo merecido, a não ser pelo fato de que o que definiu a vaga foi um erro grosseiro de arbitragem.

Esta deficiência prejudica boa parte do esforço das equipes financeiras, de planejamento, da comissão técnica e dos jogadores. Com tudo correndo de forma quase perfeita, o Palmeiras peca num ponto crucial, que ameaça jogar tudo por terra: os bastidores. Ter recursos para investir, montar um elenco forte e um time competitivo acabam não sendo suficientes para chegar às conquistas. Nosso presidente não faz o Palmeiras ser respeitado nos círculos de poder.

O jogo do Cruzeiro encaixa bem com o do Palmeiras; o time mineiro acertou jogadas de muita precisão, sobretudo o gol de Barcos, e se defendeu muito bem quando precisou, além da malícia para travar o jogo e fazer o relógio andar, com a colaboração expressa do juiz.

O Palmeiras segue forte nas duas frentes que restam. O time volta a jogar no Pacaembu, contra o mesmo Cruzeiro; os dois times pensam na Libertadores e devem mandar times alternativos a campo. É uma ótima chance do Verdão tentar compensar um pouco a frustração desta eliminação – mas muito mais do que isso, é a chance de marcar três pontos fundamentais na busca pelo decacampeonato. Cabeça erguida e VAMOS PALMEIRAS!

Ficha Técnica

Escalação

Cruzeiro

Fábio
Lucas Romero
Dedé
Léo
Egídio
Henrique
Lucas Silva
Robinho
Mancuello
Thiago Neves
Bruno Silva
Rafinha
Barcos
Sassá
Mano Menezes
TÉCNICO


Primeiro tempo

1'
Palmeiras

O Verdão começou forte: boa tabela entre Moisés e Willian Bigode; o camisa dez foi ao fundo e cruzou por baixo na pequena área, mas Dudu não conseguiu chegar para a finalização.

Os dois times mostraram a força de seus sistemas defensivos; o jogo era muito pegado e os dois times tentavam criar chances, mas jamais descuidavam da recomposição defensiva – com isso, a bola só circulava entre as duas intermediárias e o relógio andava, como queria Mano Menezes.

O Palmeiras não forçava além do ritmo normal; paciente, o time de Felipão parecia se poupar para o segundo tempo enquanto tentava, sem sucesso, achar uma brecha na defesa do time da casa.

26'
Cruzeiro

Gol do Cruzeiro – Lucas Silva lançou Barcos, que conseguiu ficar em posição legal no último instante na disputa com Antônio Carlos; o argentino invadiu a área pelo lado direito e Weverton saiu para fechar o ângulo; Barcos tirou para a direita e, mesmo com uma pequena margem de sucesso, tocou com precisão e abriu o placar.

28'
Palmeiras

Dudu cobrou falta da direita; Antônio Carlos subiu no segundo pau e testou para o outro lado, onde Moisés fechava em posição legal – o Bandeira inventou impedimento enquanto Fábio abafava a finalização.

O Palmeiras sentiu o gol por cerca de dez minutos; nossos jogadores perderam a calma e passaram a errar tudo o que tentavam. Borja levou um cartão amarelo infantil.

39'
Palmeiras

Willian tocou para Moisés, que ajeitou e soltou uma bomba de fora da área, de frente para o gol; a bola ia no canto esquerdo de Fábio, que foi no rodapé e espalmou.

Depois de 48 minutos muito travados, o árbitro determinou o fim do primeiro tempo. O Verdão precisava de dois gols para forçar a cobrança de pênaltis.


Segundo tempo

Felipão voltou com Guerra no lugar de Bruno Henrique e Deyverson no lugar de Borja. O Verdão passou a jogar no 4-1-3-2, com Willian jogando enfiado e Deyverson bastante móvel.

O Palmeiras voltou com muito mais atitude e desde o início mostrou que ia encurralar o Cruzeiro em seu campo. O time mineiro deixou claro que voltou apenas para se defender, jogar em nossos erros e fazer o relógio andar, valorizando cada contato entre os jogadores.

4'
Palmeiras

GOL DO PALMEIRAS! Dudu cobrou escanteio da direita; Felipe Melo subiu no quinto andar e ganhou de Dedé para testar firme, no chão, vencendo Fábio e empatando a partida.

10'
Palmeiras

Guerra cruzou por baixo e Dudu se esticou para tentar escorar, mas não alcançou.

Depois do empate, o Cruzeiro sentiu a pressão; a torcida se calou e o Palmeiras passou a mandar no jogo, controlando todas as ações. O Verdão, no entanto, sentia a mesma dificuldade do jogo de ida, no Allianz Parque, e não tinha facilidade para envolver a defesa mineira.

Mano Menezes mandou a campo Bruno Silva e Sassá nos lugares de Thiago Neves e Barcos, para fechar o lado direito da defesa e ter um jogador mais veloz para aproveitar os contragolpes.

20'
Palmeiras

Willian fez a jogada dentro da área pela esquerda e tentou cruzar; a bola desviou em Lucas Romero e foi em direção ao gol, pelo alto, mas Fábio estava atento e desviou a escanteio.

21'
Cruzeiro

Robinho puxou um grande contra-ataque, entrou na área, mas na hora de fazer o passe deu nos pés de Antônio Carlos.

29'
Cruzeiro

Robinho cobra escanteio e Dedé cabeceia firme, em lance muito semelhante ao de Felipe Melo, mas Weverton foi mais feliz e espalmou, fazendo grande defesa.

33'
Cruzeiro

Egídio bateu de muito longe; a bola entraria mas Weverton estava atento e desviou a escanteio, sem maiores sustos.

O Cruzeiro travou as tentativas do Palmeiras e soube fazer o relógio passar. Felipão então tentou a substituição mística: tirou Moisés e mandou jean a campo, tendo Hyoran e Lucas Lima no banco. Essa nem o Jean entendeu.

O Palmeiras foi para a pressão final, levantou  várias bolas na área, a defesa do Cruzeiro parecia assustada, mas acabou levando a melhor em todas. No final, após 8 minutos de acréscimos, Wagner do Nascimento Magalhães encerrou o jogo.

Após o fim do jogo, os jogadores se estranharam quando Léo deixou o braço em Felipe Melo por trás no lance do apito final. Muitos jogadores agitaram demais os braços e Sassá acabou acertando um soco em Mayke, que ficou possuído e foi seguro por Paulo Turra. No final,os dois, mais Diogo Barbosa, acabaram expulsos.



Notas


Jogador
Descrição
Nota
Weverton
Uma grande defesa na cabeçada de Dedé, e uma saída que já está gerando polêmica na torcida, no lance do gol. Ele fechou bem o ângulo e Barcos teve muito mérito, mas talvez ele pudesse ter abafado com mais decisão. Talvez o medo de fazer o pênalti tenha pesado - o ônus de se jogar no Palmeiras.
7
Marcos Rocha
Depois de um péssimo primeiro tempo, se recuperou um pouco no segundo, mas não foi suficiente para apagar tantos erros.
5.5
Antônio Carlos
Um erro de centésimos de segundo deu condição de jogo para Barcos abrir o placar.
6
Edu Dracena
O melhor do Palmeiras, mostrando muito tempo de bola e tirando tudo.
7.5
Diogo Barbosa
Partida ordinária, muito longe de ser importante, muito menos decisivo, como foi no ano passado, jogando pelo outro lado.
6
Felipe Melo
Além do gol, fez o possível para segurar os contra-ataques do time da casa no segundo tempo - e não se saiu nada mal.
7.5
Bruno Henrique
Discreto, longe de ser o apoio que os jogadores de flanco precisavam.
5.5
Guerra
Deu mais lucidez ao ataque, mas a falta de ritmo de jogo pesou muito.
6
Willian
Mesmo preso na marcação, sempre levou preocupação ao sistema defensivo de Mano Menezes.
6.5
Moisés
Se movimentou demais, foi o maestro do time, mas não teve a aproximação dos companheiros e acabou tendo que forçar muitos passes.
7.5
Jean
Substituição mística. Essa não deu pra entender.
s/n
Dudu
Discreto, não repetiu as partidas decisivas que protagonizou. Ficou devendo.
5.5
Borja
Errou quase tudo o que tentou. Mas a bola também chegou pouco.
5
Deyverson
Voluntarioso, deu força ao ataque nas bolas alçadas, mas atrapalhou demais ao se envolver em todas as discussões em campo, ajudando o relógio andar.
6
Luiz Felipe Scolari
Luiz Felipe Scolari
Não conseguiu dar compactação ao time e ainda queimou a última substituição, aquela para buscar a classificação, de forma absolutamente incompreensível.
4




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