A noite em que o time do Palmeiras foi mais bipolar que a torcida

Willian Bigode comemora
César Greco / Ag.Palmeiras

A bipolaridade que atinge freneticamente a torcida do Palmeiras nas redes sociais, ironicamente, justificou-se de forma plena na partida da última quarta-feira, quando o Palmeiras venceu de forma espetacular o Peñarol, em Montevideo. Depois de um primeiro tempo horrível em que o time tomou dois gols e foi amplamente dominado pelo time uruguaio, o time voltou com duas alterações do intervalo, fez três gols com certa facilidade – poderia ter feito mais – e conseguiu a virada épica.

Chega a ser engraçado ler a sequência de comentários de torcedores registrados durante o jogo, refletindo a situação no primeiro tempo, no intervalo, no segundo tempo e ao final da partida. A mudança da volátil opinião da torcida quase reflete o que o time produziu em campo. Uma diferença gritante – no caso, o time chegou a ser mais bipolar ainda que os próprios torcedores.

Eduardo Baptista entrou com o time num 5-4-1, que com a bola deveria se transformar em 3-6-1, e que na verdade não virou nem uma coisa, nem outra, proporcionando ao Peñarol dar um passeio em nosso time. Os sites uruguaios não conseguiram disfarçar a surpresa com que os aurinegros demonstraram no primeiro tempo, acreditando ter sido um grande mérito – não compreenderam que foi o Palmeiras, a exemplo do que aconteceu em Campinas, é que não havia entrado em campo.

As diferenças para o jogo de Campinas, no entanto, são claras: enquanto no Paulistão o erro do Palmeiras foi mental, de não ter conseguido virar a chavinha, ainda sob efeito da ressaca do jogo anterior contra o próprio Peñarol no Allianz Parque; o equívoco em Montevideo foi tático e técnico.

Tentativa e erro

Sob intensa pressão depois dos 3 a 0, Eduardo Baptista viu-se obrigado a tentar algo diferente. E tentou, ao ensaiar um esquema com três zagueiros no jogo de volta, deslocando Felipe Melo para a função e deixando Tchê Tchê como volante. Não funcionou mal, mas não foi suficiente para que o Palmeiras conseguisse reverter a vantagem campineira.

Nosso treinador, no entanto, deve ter visto alguma evolução diante do bombardeio imprimido sobre a área de Aranha e achou que valia a pena insistir para aprimorar o sistema. Podendo contar com a trinca de zagueiros, devolveu Felipe Melo ao meio-campo e sacou Tchê Tchê. No lugar de Dudu, suspenso, mandou Michel Bastos.

Na teoria, foi uma tentativa válida. É de se imaginar que nos treinos que aconteceram na segunda e na terça-feira, a despeito da viagem, o time tenha treinado para jogar nessa formação e tenha agradado ao treinador. Na prática, deu tudo errado.

Defensivamente, os três zagueiros não funcionaram como deveriam e a dupla de atacantes do Peñarol achou espaços livres para receber e finalizar. Na verdade, o esquema deveria prevenir até que as bolas chegassem a nossa área. Mas os jogadores pareciam não entender onde deveriam ficar e o que deveriam fazer. Com a bola, não conseguiam sair jogando e tentavam alcançar Borja de qualquer jeito, rifando a bola que invariavelmente e recuperada pelos uruguaios, que iniciavam um novo e perigoso ataque. Foi uma mudança muito radical para ser assimilada em tão pouco espaço de tempo e ser colocada em prática num jogo tão importante. A pressão explica – mas não justifica – a precipitação e as decisões erradas do treinador.

Tentativa e acerto

Eduardo, percebendo o equívoco, poderia simplesmente ter voltado para a configuração tradicional, colocando Tchê Tchê no lugar de Vitor Hugo. Mas o treinador foi além, puxando Michel Bastos para a lateral esquerda; sacando Egídio e mandando Willian a campo, que ora fez o papel do ponta esquerda, ora jogou como segundo centroavante. Bingo!

O encaixe foi perfeito e a virada veio de forma até suave – Roger Guedes ainda se deu ao luxo de perder um gol feito. Diante de um Peñarol razoavelmente relaxado pela ilusória vantagem (“2 a 0 é um placar perigoso”, dizem), o time voltou com muita garra, minou a confiança dos uruguaios com gols rápidos e esmagou o adversário.

Tchê Tchê voltou a ser aquele do ano passado, com sua conhecida onipresença e passes precisos; Guerra jogou o fino da bola, fazendo o papel de um legítimo camisa 10; Borja se posicionou bem, sempre puxando um ou dois zagueiros e abrindo os espaços que foram fundamentais para que Willian brilhasse nos toques de Jean, que deitou e rolou em cima do fraquíssimo Hernandez. Uma virada sensacional.

E agora?

O esquema que funcionou como uma máquina no segundo tempo no Uruguai pode ser, mas não é necessariamente o que deve funcionar melhor com o elenco do Palmeiras – até porque, o rendimento de cada combinação depende do encaixe com o adversário.

Dudu estará à disposição contra o Jorge Wilstermann. O dono da braçadeira de capitão, com convocações recentes para a seleção brasileira e com o temperamento explosivo, é um jogador difícil de ser sacado, caso Eduardo resolva manter a última formação para aprimorá-la. Nosso treinador vai precisar usar todo seu tato e aproveitar o momento de união intensa no grupo causado pelos acontecimentos pós-jogo para promover essa mudança, se for sua vontade. Pode sobrar um banco para Roger Guedes, e isso não terá nada a ver com nenhuma teoria conspiratória. Afinal, nosso treinador deixou claro que é “homem pra caralho”, se alguém ainda não entendeu.

É fato que Willian joga bem melhor com Borja em campo, jogando aberto e entrando em diagonal, e não como centroavante enfiado. Michel Bastos encaixou bem demais na lateral e precisa reaprender a gostar da nova-velha posição.

O fato é que Eduardo vem justificando o voto de confiança dado a ele por parte da torcida. Ao contrário de Marcelo Oliveira, que esgotou o repertório de tentativas e não mostrava nenhuma reação, nosso atual treinador não descansa e segue tentando encontrar a melhor combinação, a química perfeita, a tal da “liga”. Às vezes ela aparece rápido, às vezes demora mais. Enquanto ele estiver evoluindo, enquanto o time der sinais de que pode engrenar de vez e se tornar consistente, a manutenção do técnico é mandatória para que o tempo investido nos primeiros meses da temporada não sejam jogados no lixo.


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57 comentários em “A noite em que o time do Palmeiras foi mais bipolar que a torcida

  1. Temos que continuar apoiando, pois o nosso fracasso é o que imprensa quer. Se isso ocorrer já surgem vozes de dentro (como o Mumu) que limpar A Matos e a profissionalização. Deixa o cara trabalhar que algum título vamos buscar nesse ano. Eu manteria a escalação final com a entrada do T Santos no F Melo e Dudu no Roger

  2. Por um lado o desabafo do EB foi bom por causar certo impacto na Midia em geral, tocou no ponto do jornalismo marrom, que solta seu veneno amparado na lei do direito

  3. A contratação do Michel Bastos me deixou tranquilo em relação a lateral esquerda. Achei que fosse uma compensação pelo fim de carreira do Zézão e um possível crescimento do Egídio. Ele viria pra ser o ponto de equilíbrio da posição e que, também, poderia jogar mais avançado, dependendo do jogo e da situação do elenco. Com a pretensão do EB de colocá-lo apenas pra jogar mais adiantado, essa minha preocupação na lateral esquerda se provou justa. Pensava até que deveria ir ao mercado buscar alguém, mas o elenco do Palmeiras é tão forte e o técnico atual do Palmeiras tem tanto potencial que enxergaram a solução mais eficiente.

  4. Vejam no Almanaque os números do Eduardo Baptista, são ótimos. Fomos eliminados no Paulista de maneira lamentável, e essa lição deve ser aprendida, mas foram por 30 minutos trágicos em Campinas. Fosse aquele jogo após qualquer outro que não o do Peñarol e estaríamos disputando a final nesse fds.

    O Cuca precisou de 4 jogos no ano passado pra fazer o time jogar, mas não considerem isso uma regra. No geral, um treinador precisa de muito mais tempo pra fazer um time engrenar. Demitir o Eduardo Baptista agora, além de injusto, é um atraso que pode nos custar caro.

    1. Eh aquilo, nao olhe apenas resultados pq apenas por eles não justifica a saída do técnico, mas se analisarmos desempenho a coisa muda de figura.
      Mas parece que jogo passado chegou o técnico que foi contratado, um tal de Eduardo Paulista, Batista, eh Batista mesmo. vamos ver se vai fazer variações táticas como no ultimo prélio, se corretamente treinadas e executadas pode dar liga. vamos esperar mais um pouco.

    2. Técnicos na europa demoram uma ou até duas temporadas para ajeitarem o time e começar a conquistar algo, basta ver que o Guardiola não vai ser campeão da Premier League…

      1. Perfeito. Hoje assistindo o jogo do City vi um time muito mal escalado no primeiro tempo, que tomou um gol do décimo nono colocado do campeotato. No segundo tempo o Guardiola voltou com Sané e Sterling, e o time melhorou. Se até o melhor técnico do mundo erra escalação, pq o Eduardo Baptista não erraria?

  5. Minha opinião em relação ao EB não mudou, continuo achando fraco e o Palmeiras não consegue regularidade com ele, e pelo elenco que tem em mãos, apresentou bom futebol em pouquíssimas oportunidades. O temor de que ele vai espanar (de novo) em momentos decisivos, permanece. A entrevista épica me fez respeita-lo mais como pessoa: mas como técnico, parece que vem piorando a cada partida. Não achei que o Palmeiras fosse fazer um primeiro tempo tão horrível quanto o de campinas de novo: e uma semana e meia depois, ele conseguiu. Realmente gostaria de acreditar que uma hora ele vai engrenar e me surpreender, mas esses pensamento é apenas wishful thinking, já que nenhum de seus trabalhos anteriores justifica essa crença.

    Não fui bi-polar quarta. E nem estou casado com a ideia: defendi ele nos primeiros jogos do paulista, estava empolgado, mas ele mesmo tratou de sepultar essa confiança.

    Graças a ele, domingo agora vou assistir a final para torcer para a ponte, e não para o Palmeiras.

  6. Não vejo MB como solução pra lateral. Se for pra jogar como ele jogou no segundo tempo, sem avançar, prefiro o ZR. E mesmo sem avançar, foi pelo lado dele q o peñarrola atacou com mais perigo. Além do q, o cara não quer mais jogar por ali e isso tem q ser respeitado. Numa emergência tudo bem, mas direto não vai rolar. Já q tamos falando de laterais, a Udinese quer o JP. Vende logo!

    1. Quanto tempo o cara não joga naquela posição? Quantas vezes ele treinou? Cobre dele após 5 jogos na mesma posição. Por favor.

      1. O cara já disse repetidas vezes q não quer mais jogar de lateral! Além do mais, não é nenhum garoto pra ficar correndo atrás de atacante. Fixar ele ali seria uma solução meia-boca.

  7. A Batalha de Montevideo – na minha opinião o jogo mais sanguenozóio do Palmeiras do século, pau a pau com o 3×4 contra o Santos na Vila – trouxe uma série de insights e reflexões para Eduardo Homem PKRL Baptista e comissão técnica:

    – 3 zagueiros exige muito treino. O Chelsea líder do Inglês aperfeiçoou o esquema ao longo de 1 ano, assim como a seleção pentacampeã em 2002. Dois dias de treino para 3-5-2 que precisa flutuar para 3-6-1 e 3-4-3 no decorrer das partidas não existe;

    – Michel Bastos é o único LE do elenco que tem condições de segurar uma temporada dura como essa. Eu sinceramente pensaria no Zé como 2o volante, no banco. E talvez trazer mais um da posição para a sequência do ano;

    – Todo gringo que chega pra jogar no Brasil, com exceção do andróide Mina, precisa de um tempo de adaptação para apresentar seu melhor futebol. Borja e principalmente Guerra estão crescendo e quando mais precisarmos deles, estarão no ponto;

    – Tirando goleiro que precisa do ritmo na marra, banco faz bem pra todo mundo. Tchê Tchê precisou sentar no banco para voltar a jogar a bola que todos sabemos que ele tem;

    – Devemos perder Felipe Melo na Libertadores por no mínimo 2 jogos (pensando com otimismo). Thiago Santos deve estar pronto pra uma responsabilidade gigante e Arouca precisa ser recuperado, é bem capaz que precisemos dele;

    – Em relação ao time do 2o tempo, nem precisa queimar fosfato: Dudu no Guedes resolve o “time titular” pra sequência da temporada.


    Eduardo Baptista deu uma entrevista épica. Bateu em toda a imprensa, não apenas na futebolística. Botou o pau na mesa e mostrou que ser educado não basta, brasileiro gosta de tomar porrada. Mas a melhor parte de todas é que ele mostrou ali que, ao contrário do que todos pensavam, reúne todas as condições pra motivar um time e arrancar lágrima de jogador no vestiário sim. Foi o maior Breaking Bad da história recente do Palmeiras – que Walter White continue dando suas aulas e Heisenberg siga no comando do time. Afinal de contas, temos uma Libertadores da América pra vencer.

    1. Samson: só acho que ele vai ganhar mais se expuser esse lado enérgico — o da baqueta fálica a que você se referiu no último parágrafo — com mais freqüência e de maneira mais dosada. Quero dizer, ele pode agregar um pouco de “muricismo” a seu estilo natural e, com isso, manter os “jornalistas” no seu lugar sem precisar de explosões. Ele ganhará na relação geral com o público e, estimo, também no dia-a-dia com os comandados.
      abrazzi.

  8. Belo texto. Importante rebater as criticas constantes feitas a Eduardo Baptista, que usam como argumento que o técnico tem em mãos um elenco milionário, que este elenco possui um buraco na lateral esquerda. Reparem of gols tomados contra a Ponte Preta e o Penharol. Mattos errou ao confiar na genética de Ze Roberto e na amizade com o Egidio dos tempos de cruzeiro. Estamos ponderando usar a terceira opção para a vaga, o Michel Bastos, entrando quinto més da temporada. Acho muito interessante a fala do Eduardo a uns tempos atras sobre o Egidio:
    “trabalhamos para ele evoluir defensivamente, ser um jogador completo, virar titular. Ele tem um potencial muito grande e é uma luta minha diária para ele evoluir”
    Uma luta diária para o reserva virar titular porque o Ze não aguenta o calendário brasileiro. Pensou em aposentar depois do título da copa do Brasil, sabe que por mais incrível que seja o corpo dele, nada na vida dura para sempre.
    Entao, Eduardo tem sim um elenco milionário, uma Ferrari. Mas não adianta ter uma Ferrari na F1 com o pneu traseiro esquerdo furado. Em vez de ajustar o esquema tático, aproximar as linhas, treinar jogadas de bola parada, o técnico fica tendo de inventar esquema pra cobrir o buraco no elenco. Ensinar jogador a marcar. Partimos agora para a terceira e ultima solução com o Michel.
    Que sejamos justos com o técnico e um pouco mais exigentes com a diretoria. Apostaram errado, tinham que ter contratado um lateral esquerdo titular.
    Olha a diferença que faz o Jean, com ritmo de jogo. 3 assistências.

  9. Pode parecer besteira minha mas reparem que após a saída do Nobre as fofocas e vazamento de informações vide ” fontes confidenciais ” que nós da torcida do Palmeiras sabemos que são os ” conselheiros” voltaram a aparecer, quando o Nobre estava lá pouca coisa saia e se não me engano ele chegou até a propor punições a conselheiros que gostam de servir de fonte confidencial e o resultado foi dois títulos nacionais mesmo com problemas entre técnico e jogadores que viemos a saber só depois das vitórias. Temos que ficar de olho pois hoje é o Eduardo mas amanhã conhecendo os métodos do Mustafá o próximo a sofrer com fofocas que denigrem o seu trabalho pode ser o Mattos e como consequência desestabilizando o time e essa historia é velha já sofremos bastante com estes métodos do Mustafá.

  10. O texto deste post está excelente — “pra variar”.

    Mas, o ponto que mais me chamou atenção é a foto ilustrativa da home: William sendo festejado por Borja! a foto captura uma sintonia que diverge profundamente dos “fuxicos” de desunião tramados pelos “jornalistas”,

    Principalmente por que, na coletiva pós eliminação no AllianzParque sábado passado, ao dar aquela resposta sobre o Borja, o nosso treinador exaltou muito o William. Isso poderia gerar algum ciúme do primeiro contra o segundo.

    A foto dá pouca esperança aos fuxiqueiros!

    #ValeuVerdazzo
    #ForzaEduardo
    #AvantiPalmeiras

  11. Torcida do Palmeiras herdou a grandiosidade dos tempos das academias. Por isso é tão azedo nos dias atuais. A minha curiosidade fica por conta de saber como seria o mundo do futebol se naqueles tempos tivesse rede social.

  12. Então…eu gostaria muito de entender dessas variações táticas todas e acreditar mais nelas. No fundo eu acho que o William Bigode resolveu o jogo no Uruguai com um golaço sensacional que abriu o caminho psicológico para aquela virada impar. Nao vi o Michel Bastos acabar com o jogo e nem o Borja jogando bem. O importante, no entanto, é que o Eduardo Baptista pode ter achado o time e “pau que bate em Chico bate em Francisco também”…trocando em miudos.. o Dudu deveria esperar fora… dificil…mas seria o mais correto!!

  13. No jogo de quarta o Ibope do jogo do palmeiras chegou a 26,3
    marca mais alta até que da própria seleção, é muito gigantismo envolvido

  14. Conrado, mas no caso de time grande, será que existe torcida que não seja bipolar?

    Fez M, tem que ser criticado mesmo, pq somos um gigante do futebol, não podemos aceitar resultado medíocre, ainda mais com o melhor elenco do Brasil.

    E não pode deixar de elogiar quando vence e convence.

  15. Eu ainda prefiro a volta do Zé Roberto na lateral com o Vitor Hugo cobrindo, é o que sempre deu certo !
    Bastos é uma melhor opção para o ataque

  16. Eu no lugar do Michel Bastos aceitava a Lat. Esq. Numa boa, afinal é sempre melhor jogar do que ser banco.

    O Palmeiras ganha em muitos aspectos com ele nessa posição, cruzamentos melhores por esse lado do campo, vitalidade maior, melhor sai da de bola, variação tática, mudanças na formação sem alterar peças, chutes de fora da área, bola parada de melhor qualidade. Enfim… de alguma forma a comissão técnica tem de convencer o rapaz a jogar pela Lateral.

  17. Agora é confiar no T. Santos. Porque o Melo deve pegar uns 4 jogos…
    Quem sabe fazer um dupla Guerra/Tche²

    1. Acho que pegará 3 jogos, o T. Santos é bom mas parece sempre pilhado em jogos grandes, me preocupa mais o temperamento dele do que o do próprio F.Melo

      1. Eu acho que ele pega um jogo, o vídeo feito pela TV palmeiras, mostrou claramente, o quão ameaçado ele foi, não tomou princípio a briga, foi puxado, segurado, ameaçado, saiu da briga correram atrás dele, quer mais o que ? ele vai pegar no máximo 1 jogo

          1. Sempre foi uma grande palhaçada, e palco para roubo, porém agora parece que mudou. para nosso azar

      2. É muita vontade, ele é contenção(a principio) e essa vontade se traduz em cartões amarelos kkk. Mas é relativamente normal acontecer isso nessa posição.

    2. Eu, particularmente, confio no Thiago Santos.

      Chegou em meados de 2015 e conseguiu superar todos os volantes (Arouca, Gabriel e Matheus Sales) pela qualidade na marcação. Ganhou a posição com méritos.

      Ano passado, quando perdemos duas seguidas no final do primeiro turno do Brasileirão, Cuca resolveu o problema colocando Thiago Santos em praticamente todos os jogos fora de casa. A partir deste momento, não perdemos mais nenhum jogo.

      1. Ele vem melhorando muito saída de bola, passes e lançamentos. Os últimos jogos que ele fez deram para perceber sua evolução. Agora é hora de se firmar como uma opção(boa) para a posição.
        Com o peso de uma Libertadores, terá que mostrar se merece continuar no time e ameaçar a vaga do Melo.

        1. Não existe no elenco jogador com as características do Felipe Melo, ele realmente é completo para as funções. Marca bem e saí jogando melhor ainda.

          Thiago Santos é um marcador, que mesmo não tendo qualidade na saída de bola, se faz necessário. O time precisa de um especialista na marcação.

          Se colocássemos Tche Tche junto com Guerra, nosso time ficaria muito exposto. O nosso poder de marcação inexistiria.

          1. Verdade Valter, Moisés tem características bem parecidas com a de Felipe Melo, havia me esquecido do nosso principal jogador do Brasileirão do ano passado. Que, se Deus quiser, voltará muito bem em setembro.

          2. Ótimo jogador não é mesmo ? pode atuar de primeiro ou segundo volante, e até de armador, um meio campista completo ! voltará a os batentes em agosto, e em setembro já estará jogando em alto nível de novo !!!!!

  18. Em algum Periscazzo passado eu comentei sobre a utilização do Michel Bastos na lateral esquerda. Será que ganhamos um reforço nessa posição?
    A mudança tática do 1o para o 2o tempo foi gritante. E só 2 jogadores foram alterados. Méritos do Eduardo e da variedade/qualidade do elenco,

  19. Acho que EB deveria manter a formação do segundo tempo com apenas a alteração do Dudu no Roger.
    O time jogou bem demais e não acho que foi somente devido ao “encaixe conforme o adversário”, como dizem. Esse time vai jogar bem todos os jogos, seja cotra quem for.
    O Michel Bastos na lateral esquerda solucionou nosso principal ponto fraco e ao mesmo tempo deixará de concorrer a uma vaga no ataque que já temos muitos candidatos. Eu gosto muito de ver os melhores jogadores em campo, mesmo que não sejam em suas “posições originais”. O MB na lateral é infinitamente melhor que o Fabiano (Egídio, o inseto, eu não vou comentar).

    1. “Esse time vai jogar bem todos os jogos, seja cotra quem for. ”

      Queria muito saber como voce pode ter tanta certeza

      1. Digo jogar bem dentro do que o elenco pode entregar. Os reservas desta formação não têm características diferentes das dos que estão jogando e não poderão alterar o panorama do jogo porque são piores tecnicamente.

  20. Concordo com tudo mas não devemos esquecer que o Peñarol é ruim de doer e que, se fosse uma Ponte contra a gente quarta, seria de 3 pra lá o prejuízo do 1º tempo… Esse costume do time não entrar em campo é que deve ser extirpado pra ontem, sob risco de por um excelente projeto por água abaixo. Se o time começar demonstrar regularidade, não terá factóide amparado por lei de proteção à fonte que dê jeito: ninguém segurará o Verdão.

  21. Acho que a maior virada de todos os tempos que eu já vi foi do Eduardo Baptista.
    Os comentários no intervalo eram de que ele deveria ser demitido no vestiário mesmo e colocar uma pedra no lugar. A mesma conversa nos jogos anteriores contra a ponte.
    Eu estou incluso nessa, pedi a cabeça dele no Paulistão e achei que seria mais uma goleada na cabeça e o fim da linha naquele intervalo.
    O cara me volta, não só conserta o erro como acha um esquema perfeito pra ocasião e ainda mostra que é homem PRA CARALHO.
    De virtual demitido a estrategista cheio de moral.

    1. Menos, BEeeemmmm menos!!! rsrsrs

      Pra ser um “estrategista” ainda FALTA muito mas muito feijão.
      Está começando a melhorar este atributo que até agora se demonstrou bem frágil.

      Um verdadeiro “estrategista” com quinze minutos do 1o tempo, percebendo o time atordoado, teria tentado mudar e corrigir ali já. Não necessariamente com substituição, mas mudando posicionamento. Chamando um ou dois atletas na lateral e combinando deles pegar a bola e tentar alguma coisa diferente pra no minimo quebrar o ritmo do adversário que poderia ter saído do 1o tempo com 3 gols tranquilamente.

      Um grande “estrategista”, no jogo de sábado, após a Ponte ter entendido nossa formação alternativa e encaixado a marcação, teria mudado de novo, já que precisávamos de 3 gols…

      Assim como não gosto das críticas exageradas, também discordo dos elogios excessivos.

      O Importante é que ele está evoluindo pessoalmente!!
      Que continue assim, mas que cresça cada vez mais rápido, pois jájá começam as fases críticas das copas, e aí, se não souber adaptar a estratégia com o jogo andando pode botar tudo a perder esperando o intervalo, ou o jogo da volta, como fez ridiculamente em Campinas…

        1. O problema do Brasileirão é que nos pontos corridos, principalmente no primeiro turno, dá pra ‘mascarar’ muita coisa. São jogos geralmente sem aquela ‘urgência’ ou ‘imediatismo’**, com vários times ainda se ajustando, sem definição do que realmente estarão pleiteando durante a temporada. É uma coisa mais ‘de momento’.

          Já nas copas, com jogos de ida e volta, gol fora, etc, tornam CADA MINUTO da disputa essencial. Por isso que ele tem que aprender a ajustar a estratégia ‘com a bola rolando’ e não ‘apenas no intervalo’ ou ‘resolver pro jogo da volta’.
          Por exemplo, se ele tivesse conseguido dar uma ‘sacudida’ no time antes da Ponte fazer o 3o em Campinas, a história do confronto poderia ter sido outro, ou se tivesse voltado pro segundo tempo com outra tática e ido pra cima (ou se encolhido de vez, cedendo a bola e apelando pros contra-ataques, ao invés de só ficar rodando a bola improdutivamente no meio-campo), poderia ter feito 1 ou 2 gols e o jogo da volta seria outro…

          Agora não adianta ficar lamentando, mas pensar no futuro (e como os mata-matas estão já virando a esquina; no FUTURO PRÓXIMO).

          Se ele quiser realizar as conquistas que tanto ele quanto o time estão amplamente qualificados pra conseguir, precisa ENTENDER que TEM que APRENDER a trabalhar a ESTRATÉGIA durante os 90 minutos. Estratégia, diferente de Tática, é dinâmica e pulsante, e não estática.

          **Erroneamente, pois se os 3 pontos da 1a rodada valem o mesmo da última, TODO jogo deveria ser tratado com urgência

  22. Porque nao o Michel Bastos como lateral, mas nao necessariamente pelos 90 min do jogo. De repente um caminho seria o Michel comecar o jogo na lateral, aos 10/15 do segundo ele sobre pro meio (provavelmente para sacar o Guedes e ou Guerra) e ai entra o Ze pra jogar 30/35min. Acho que o Ze aguenta manter um nivel muito alto na lateral, mas nao nos 90 minutos do jogo.

    1. Não concordo. Temos um ponto fraquíssimo na lateral esquerda e o EB parece ter encontrado a solução. Acho que agora deve-se repetir a formação para pegar entrosamento. Além disso o Guerra faz muito melhor a função de meia do que o MB e no ataque já temos concorrentes demais , todos bons (Dudu, Roger, Keno, Bigode…).

  23. Acho salutar a mudança de esquemas táticos e jogadores conforme os adversários que jogamos. Nosso treinador tem feito isso e utilizado o elenco.

    Apesar de nāo ter dado certo o esquema tático no primeiro tempo, treinaria mais e tentaria implantá-lo dependendo do adversáro e da necessidade.

    Gostaria que mudássemos essa cultura de time titular, ainda mais quando temos um elenco como o nosso.

    Vou enfatizar uma parte do texto do Conrado que eu achei perfeita e diferencia bem o nosso treinador de mutos que passaram no Palmeiras nos últimos anos:

    “…nosso atual treinador não descansa e segue tentando encontrar a melhor combinação, a química perfeita, a tal da liga”

  24. Ótimo texto, minha preocupação é com esta bipolaridade do time.
    Logo vamos entrar no mata da Liberta e copa do Brasil e o time não pode de forma alguma fazer um jogo como foi a da Ponte em campinas e primeiro tempo contra o penarol.
    Ainda estou com pé atrás com EB, mas torço muito que ele encontre a formação e entenda bem o elenco que tem nas mãos e o que é ser treinador do Palmeiras.

  25. É isso. Michel provisoriamente como lateral, Willian e Borja juntos e o Guerra (que é craque) se afinando com os companheiros cada vez mais. Sobre o Dudu, ele que volte a ser o Dudu que nós conhecemos. Mas me agradaria demais Borja, Dudu e Bigode juntos. Agradaria demais mesmo – com Roger e Keno entrando no segundo tempo naquela correria insana em cima de um adversário cansado.

  26. Ótimo texto, como sempre. O Bigode de fato parece muito mais a vontade sem ser o centro das atenções dos zagueiros. O que podia acontecer era o Borja fazer uns 3 gols num jogo, se não fora contra o JW, que seja no Tucuman em casa, pro Allianz Parque vir a baixo.

    E o Bastos na lateral seria muito bom mesmo, nem que seja temporário, porque andei lendo uns absurdos da nossa torcida contra o Zé. Ele tá mal, mas não podemos ser ingratos com ele que foi fundamental na reconstrução do time em 2015.

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