Mau aproveitamento nos pênaltis e substituição de Lucas Lima no lugar de Raphael Veiga também foram comentados pelo treinador
O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, lamentou bastante a falta de eficácia da equipe no duelo contra o CRB, que causou a eliminação do Verdão da Copa do Brasil. Em entrevista coletiva após a partida, o treinador enfatizou por algumas vezes a ineficácia do time, que chutou 35 bolas contra o gol adversário.
“A principal razão é que não tivemos a eficácia que deveríamos ter. Das 35 oportunidades que tivemos, quatro delas foram flagrantes e algumas, inclusive, em cima da linha do gol. O futebol se resume a isso. É uma desilusão para todos: jogadores, treinadores, diretores e torcedores, que sofrem o tanto quanto nós. Era um objetivo que queríamos”, lamentou.
“Agora estamos fora, não temos mais a possibilidade de lutar por ele. Mas hoje, na minha opinião, não há [a desculpa do] desgaste físico. Criamos oportunidades contra uma equipe que se fechou bem. Fica aqui evidente que o futebol não é somente estatísticas, muitos olham para isso, para a posse de bola, mas no final o que conta é a capacidade de colocarmos a bola dentro da baliza adversária”, acrescentou.
Além do alto número de chutes ao gol, o Palmeiras, de acordo com o aplicativo SofaScore, ainda levantou 52 bolas na área, com um aproveitamento de 21%.
“Nós não temos centroavantes altos ou pontas que são maiores. O jogo pelo alto não é a nossa forma de atacar. Fizemos alguns cruzamentos rasteiros, lembro de alguns que passaram à frente do gol, mas não conseguimos atacar. Muitos dos arremates que fizemos dentro da área rebateram sempre nas pernas dos nossos adversários, que jogou bem fechado e ganhou nos pênaltis”, disse Abel.
Questionado se a pressão sobre a equipe aumentará após a derrota, o português respondeu: “A pressão de quem joga no Palmeiras é diária. Já disse, entramos sempre para ganhar, seja contra quem for ou aonde for. Quando não ganhamos estamos sempre pressionados. Agora temos dois dias para recuperar, temos aí um bom jogo em casa para darmos uma boa resposta. A Copa do Brasil é uma competição que queríamos ganhar novamente, mas estar na Copa já não é mais para nós. Volto a repetir: hoje nos faltou o objetivo maior do futebol, que é fazer o gol”.
“É normal que hoje os nossos jogadores tenham algumas dúvidas. Mas podem ter certeza que amanhã todos nós faremos uma reflexão para voltarmos mais fortes. Espero que nosso próximo jogo tenhamos uma resposta positiva, de uma equipe que já ganhou e quer continuar ganhando”, finalizou.
Abel fala sobre pênaltis desperdiçados e substituição de Veiga por Lucas Lima
Desde que assumiu o comando do Palmeiras, Abel Ferreira ainda não viu o time ganhar uma disputa de pênaltis. Nas quatro oportunidades, foram quatro derrotas e um aproveitamento de apenas 50% nos acertos. Perguntado sobre esta dificuldade, Abel citou a parte mental.
“É um fato, são muitas que perdemos. Isso tem muito a ver em estar calmo e fresco, porque a pressão de quem bate pênaltis é muito grande, principalmente entre uma equipe que não tinha nada a perder contra o Palmeiras, que tinha tudo a perder”, disse.
Por fim, o treinador explicou porque substituiu Raphael Veiga, batedor oficial da equipe, e colocou Lucas Lima.
“Acreditei sempre que venceríamos o jogo ou pelo menos faríamos um gol no tempo normal. O Lucas Lima nos dá assistência, esta é a característica dele. Além de um arremate exterior, porque ele tem aprimoramento técnico. Infelizmente não tivemos a capacidade de fazer os gols. O Veiga jogou por 90 minutos no domingo e optamos por deixar o Scarpa que estava mais fresco. Foi por isso que tomei esta decisão”, finalizou.
Fora da Copa do Brasil, o Palmeiras volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro. No sábado, a equipe tem pela frente o clássico diante do SCCP; o jogo acontecerá no Allianz Parque, às 19h.