Abel explica escolha por meio-campo mais ofensivo

Abel Ferreira concede entrevista coletica após jogo com o Flamengo no Maracanã
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Treinador afirmou também que sente “orgulho” de seus atletas

Com muita propriedade, o Palmeiras bateu a Chapecoense por 3 a 1, no Allianz Parque, e conquistou seus primeiros três pontos no Campeonato Brasileiro. Para esta partida, Abel Ferreira optou por escalar um meio-campo mais ofensivo, com Patrick de Paula, Raphael Veiga e Gustavo Scarpa. Em entrevista coletiva, o treinador explicou o porquê desta formação.

“Quando olhamos para os atletas que estão disponíveis, temos sempre que levar em conta as características dos jogadores para procurar sempre um time competitivo. Portanto, nós acabamos o último jogo com o Patrick de 5, sabemos que não é a posição dele, embora tenha uma ótima saída; quando é para proteger os dois zagueiros ele tem mais dificuldade. O Scarpa e o Veiga são jogadores que nos dão bola, saída. Com todo o respeito pela Chapecoense, nós temos mais qualidades e podemos arriscar”, declarou.

“Ter mais posse, oportunidade, depende muito do adversário. Há de reconhecer também que a primeira grande chance no jogo foi deles. Eles jogaram bem fechadinhos, com os pontas acompanhando os nossos laterais. Acho que apesar das muitas ausências que temos, os jogadores foram muito bem: os três do nosso meio-campo, os dois pontas, o Luiz na frente. Portanto, acredito que fizemos uma grande primeira parte e poderíamos ter feitos mais gols e ter resolvido a partida”, acrescentou.

Questionado novamente sobre o esquema tático da equipe, que hoje contou com dois zagueiros, o comandante reafirmou que não se prende a apenas um sistema de jogo.

“As minhas intenções não mudam em função do esquema tático. Eu posso atuar com dois ou três na defesa, dois volantes, três na frente… os nossos comportamentos são sempre os mesmos. Nós vimos a equipe fazendo a saída com três, não abdico disso. É uma das características do nosso time. Portanto, não é o sistema que muda os comportamentos dos nossos jogadores, nós não nos guiamos pelo esquema e sim pelo que a equipe quer. Quando tem a bola, é procurar circular a bola o mais rápido possível, escolher as nossas três rotas de ataque: direita, esquerda ou centro”, falou.

“Agora, vocês sabem que temos uma série de lesionados, convocados e estamos esperando o que vai dar da situação do Alan [Empereur]. Por muito que eu quisesse atuar com três zagueiros hoje, eu não podia. Repito: não sou treinador de sistemas”, concluiu.

Abel sente “orgulho” do grupo

Por fim, o treinador relatou a dificuldade que vem enfrentando para montar a equipe devido aos desfalques e enalteceu todo o esforço do grupo.

“Eu estou sentindo muito orgulho de ser treinador destes jogadores, dos guris, dos mais experientes, todos. Porque até hoje nós tínhamos 19 disponíveis, temos muitos fora por lesão e convocação. O Michel e o Veron testaram positivo para Covid-19. Mas apesar destas dificuldades todas, estes guerreiros sabem transformar a dificuldade em força e é isso que vamos procurar fazer”, disse.

“Falaremos com o nosso Núcleo de Saúde e Performance, infelizmente hoje acredito que perdemos mais um jogador, o Patrick. O treinador está aqui para arranjar soluções, assumir quando não ganha. Todos juntos vamos procurar o melhor para continuar a arrancar alegrias dos nossos torcedores. E também a nós próprios, porque ninguém sofre mais que a gente, podem ter a certeza”, finalizou.

Após o primeiro triunfo no Brasileirão, o Palmeiras volta suas atenções à Copa do Brasil. Na próxima quinta-feira, no Allianz Parque, a equipe joga contra o CRB para tentar ratificar a classificação à quarta fase. Na ida, o Verdão ganhou em Maceió por 1 a 0.