Abel Ferreira agradece a todos os jogadores e cita trabalho feito por Vanderlei Luxemburgo

Treinador explicou também o porquê do choro ao final da partida

Coletiva Abel e Breno
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

Aos 42 anos, Abel Ferreira conquistou seu primeiro título na carreira e chorou bastante após conquistar a Copa Libertadores. Enrolado em uma bandeira de Portugal, era visível a emoção do treinador no gramado do Maracanã após o apito final de Patrício Loustau.

Na entrevista coletiva, o comandante alviverde fez questão de citar o trabalho realizado por Vanderlei Luxemburgo, no começo da temporada, e revelou também a conversa que teve com Gallardo, no final da partida de volta entre Palmeiras e River Plate.

“Foi o Vanderlei quem começou esse trabalho. Não escondo, a verdade é essa. Depois de fazer um trabalho, tivemos que resgatar alguns jogadores, mas quem começou o trabalho foi ele e nós todos que fechamos. Muita gente perguntou o que tinha dito ao Gallardo. Eu disse que ia ganhar essa competição e dedicar uma porcentagem a ele, porque seria melhor treinador graças a ele. E ele disse para eu ganhar. Se sou melhor treinador, devo também ao Gallardo”, afirmou.

O técnico também agradeceu muito aos atletas palmeirenses.

“Sinceramente, a palavra que mais me passa na cabeça é ‘obrigado’. Agradecer a todos os jogadores que eu treinei, de forma muito especial e carinhosa aos do Palmeiras, porque não há bons treinadores sem bons jogadores, bons líderes. Quem começou a caminhada foi o mister Luxemburgo e ele tem trabalho feito na competição. Quando peguei o Palmeiras, estava em todas as competições, há um trabalho dele, também”, ressaltou.

Há cerca de três meses no Brasil e vivendo longe de seus familiares, Abel voltou a se emocionar na entrevista coletiva.

“Conquistei muito aqui, mas quantas vezes eu chorei sozinho. Chorei muito e saí do campo para ninguém ver o quanto estava chorando. Muito difícil, sou de família, adoro minhas filhas e esposa e atravessei o Atlântico, acreditando em uma coisa antes de acontecer. Vim para um clube que tenho a certeza que pode me proporcionar títulos. Sou muito melhor treinador hoje, mas sou pior pai, filho, marido, irmão, tio. Infelizmente há sempre algo que temos de sacrificar pela nossa profissão”, completou.