Treinador comentou ainda qual o peso desta derrota para a sequência na temporada
O Palmeiras enfrentou o SPFC na tarde deste domingo, no Morumbi, pela decisão do Campeonato Paulista e saiu derrotado por 2 a 0. Ao final do jogo, o técnico Abel Ferreira concedeu entrevista coletiva, algo que não vinha fazendo nas últimas partidas do torneio, e fez uma análise do duelo.
De acordo com Abel, o Palmeiras foi melhor em campo e o jogo foi decidido por detalhes:
“Se formos analisar a primeira parte de forma séria, honesta intelectualmente, iremos ver que na primeira parte nós fomos melhores. E o futebol é isto: um chute que vai na direção da bandeirinha do escanteio, mas bate no nosso jogador e entra no gol. Portanto, no primeiro tempo fomos melhores num jogo que sabíamos que seria decidido por detalhes. Nosso adversário não foi melhor que nós em nada, a não ser na eficácia e na sorte no primeiro gol. Não criou mais oportunidades, não transitou e não teve ataque posicional melhor que nós. Volto a repetir: foi um jogo decidido por detalhes”, lamentou.
A única mudança na escalação em relação ao jogo de ida, foi colocar Danilo Barbosa no lugar de Patrick de Paula. Sobre esta alteração, explicou: “o que queríamos com o Danilo Barbosa era um jogador que chegasse mais à área, e foi isso que aconteceu na grande primeira chance do jogo, em que ele recebe do Rony e arrematou para fora. Nós já conhecemos o Danilo e sabíamos o que ele podia entregar”, disse.
Já sobre a substituição no intervalo, em que voltou a colocar Patrick no jogo e tirar Danilo, Abel prosseguiu: “o Patrick, diferente do Danilo, é um jogador que volta, pega mais na bola e tem o arremate de fora da área, que foi o que ele nos deu no segundo tempo. Nosso adversário ia se fechar, como o fez, deixando a gente sem espaço para atacar as costas, e por isso coloquei o Patrick, para ter mais dinâmica e um atleta para tentar chutes de longe.”
Questionado sobre a manutenção do esquema com três zagueiros, o comandante fez algumas ponderações.
“Veja como a equipe jogou com bola. No ataque formamos um 4-3-3. Quando se faz uma análise devemos olhar para o posicionamento dos jogadores. Não venham falar de três zagueiros novamente porque o nosso adversário sim joga com a linha de três e não muda nunca. E com a bola nós atuamos com o Renan encostado na esquerda, o Victor Luis mais a frente para dar largura, o Rony à direita e o Veiga mais o Danilo para tentar ganhar as costas. Foi isso que procuramos”, descreveu.
Para Abel Ferreira, insucesso na final não afeta sequência do time
O treinador ainda foi perguntado se os três recentes vice-campeonatos (Recopa, Supercopa e Paulista) podem afetar o trabalho da equipe para o restante da temporada.
“Não. Isto é olhar o copo meio cheio. Claro que quero ganhar as finais, mas para chegar às decisões é preciso trabalhar, ter foco e sequência. Nós temos estado em todas as finais. Quem quiser valorizar o processo até a final, valoriza. Agora, quem quiser criticar, que os faça”, declarou.
“Para conseguir chegar à final, tivemos que ultrapassar um período difícil, que não sabíamos se avançaríamos ou não [de fase]. Depois que passamos, nós eliminamos o Bragantino e o SCCP na casa deles. Nosso caminho até a decisão, penso eu, foi mais complicado que o do SPFC, mas não podemos tirar os méritos deles”, finalizou.
O Palmeiras volta a campo na próxima quinta-feira para enfrentar o Universitário, pela Libertadores. Já classificado e garantido como o primeiro do grupo, a partida será o último compromisso do Verdão na primeira fase de grupos da competição continental. O jogo acontece no Allianz Parque, às 19h.