O técnico do Palmeiras Luiz Felipe Scolari, após o empate em 1 a 1 no Dérbi e os rumores sobre um suposto pedido de demissão, concedeu entrevista coletiva para comentar a atuação da equipe, evitando se pronunciar a respeito das ameaças feitas ao elenco e à comissão técnica.
“Acho que foi um belo jogo; as duas equipes se apresentaram bem. Tivemos, acho, quatro oportunidades mais vivas de gol, mas, do outro lado, temos que saber que tem um Cássio que, além de uma pessoa íntegra, é um grande goleiro”, disse o técnico, aprovando o resultado final.
Questionado acerca das substituições, Scolari explicou mais detidamente a entrada de Gustavo Scarpa no lugar de Raphael Veiga.
“O Scarpa está bem. Já conversamos depois do jogo do Godoy Cruz e hoje pela manhã. Hoje fizemos uma reunião com os dez que saíram jogando, mais Scarpa, Mayke e Zé Rafael. O Scarpa vinha sendo um dos melhores jogadores do Palmeiras, mas teve a lesão séria e agora está recuperando”, explicou.
Além de Scarpa, o treinador falou sobre as escolhas por Zé Rafael e Thiago Santos, todas na segunda etapa da partida.
“O Zé Rafael entrou muito bem no jogo de hoje; vem crescendo nos trabalhos da semana e, ao ser substituído, trabalha mais e nos dá mais opções. O Thiago Santos foi porque o Felipe Melo não aguentava mais. Ele disse que tinha que correr atrás dos caras, tinha cartão e que não ia dar [para continuar]”, concluiu.
Felipão aproveitou, também, para contestar as críticas em relação ao time ter “perdido a identidade” no período pós-Copa América, colocando os erros incomuns como principal motivo pela sequência de resultados negativos.
“Entendo que vocês [imprensa] têm razão em algumas colocações, mas nos últimos três jogos eu discordo. Melhoramos novamente, temos a mesma identidade, embora cometendo um erro que não cometíamos, que é a bola aérea e marcação. Estamos tomando gols que não eram normais antes da Copa América, mas nos últimos três jogos voltamos a ter posicionamento, imposição física e parte técnica bem organizada”, ponderou.