Técnico detalhou dois motivos que o fez escolher viver dentro do clube
Logo que chegou ao Brasil e concedeu sua primeira entrevista coletiva como técnico palmeirense, Abel Ferreira deixou claro que não havia cruzado o Atlântico para tirar férias, mas para trabalhar. A prova disso é que o treinador, desde que firmou contrato com o Verdão, vive na Academia de Futebol.
Em entrevista à revista GQ, o português falou sobre morar no CT palmeirense e o porquê desta escolha.
“Quando desembarquei no Brasil, avaliei que ganharia tudo morando no Centro de Treinamento do Palmeiras: conhecimento profundo do clube e também ter companhia o tempo todo. Às vezes, por volta das 23h30, dou uma volta com os seguranças do clube, que fazem a ronda pelo CT, para relaxar um pouco e ver as estrelas quando há. Ou seja, não me ia faltar nada. Ter o quarto limpo e a cama feita todos os dias: o que mais poderia querer?”, explicou.
“Nos primeiros dias, ficamos em um hotel que seria pago pelo clube, mas disse que não seria preciso. Falei que eu e meus adjuntos passaríamos a viver no CT. As pessoas dizem que sou maluco. Maluco? De dois em dois dias estamos a competir. E outra, se eu chegar do CT às duas da manhã, vou fazer o que em casa? Não vai ter ninguém lá”, acrescentou.
Abel Ferreira e o reconhecimento
Com apenas cinco meses de clube e dois títulos conquistados (Copa do Brasil e Libertadores), Abel falou também sobre a relação com os jogadores.
“Eu li em algum lugar que nós gostamos que as pessoas nos elogiem. Digo sempre aos meus jogadores: ‘Você joga pra c…’. Mas também gosto de ouvir um Veiga, um Felipe Melo ou um Weverton passando por mim e dizendo: ‘Tu treina pra c…’. Às vezes nós queremos que os outros digam o que nós não dizemos”, disse.
Nesta quarta-feira, o comandante alviverde tem mais uma oportunidade de levantar uma taça pelo Verdão. A equipe joga a finalíssima da Recopa Sul-Americana contra o Defensa Y Justicia, no Mané Garrincha, às 21h30; no jogo de ida, o Palmeiras venceu por 2 a 1.