Após consultar o VAR, Andrés Matonte assinalou corretamente o pênalti para o Verdão
A Conmebol publicou em seu site oficial, na tarde de ontem, a conversa entre o árbitro uruguaio Andrés Matonte e a equipe do VAR na marcação de pênalti para o Palmeiras no confronto contra a Universidad Católica, pelas oitavas-de-final da Libertadores.
O lance aconteceu aos 35 minutos da primeira etapa: Gustavo Scarpa cobrou falta para área e a bola sobrou para Deyverson na segunda trave; o camisa 9 dominou e em nova tentativa de cruzamento, a bola bateu na mão de Lanaro. Matonte não assinalou a marcação de pênalti.
Na cabine do VAR, Carlos Benítez observa a bola na mão: “A mão está um pouco aberta, mas pega no corpo primeiro e depois na mão. A bola muda de direção, é uma mão de bloqueio. É uma mão de bloqueio”, e logo em seguida pede para que Matonte vá à cabine rever o lance.
Veja o vídeo:
Minutos depois, o juiz reviu sua opinião e optou por assinalar a penalidade máxima sem a aplicação do cartão amarelo.
A entidade tem por costume publicar o diálogo entre o árbitro principal e a equipe do VAR em lances capitais. De acordo com a Conmebol, a divulgação deste material “serve como esclarecimento e descrição de situações relacionadas ao futebol”.
Pênalti foi assinalado corretamente após a consulta ao VAR
O lance que ocasionou o pênalti para o Verdão gerou muitas polêmicas nas redes sociais entre torcedores e também jornalistas. Contudo, diante da regra estabelecida pela IFAB (International Football Association Board) e das orientações da Conmebol para lances de bola na mão, a decisão de Matonte foi acertada.
A IFAB determina que mão na bola é falta, se: “Toca na bola com a mão/braço, quando ela deixa seu corpo maior de maneira não natural. Isto é, quando a posição da mão/braço não é uma consequência do, ou justificado pelo, movimento do corpo do atleta nesta situação específica. Tendo a mão/braço nesta posição, o jogador assume o risco de tocar na bola e ser penalizado”.
A comentarista de arbitragem dos canais ESPN, Renata Ruel, afirmou que, pela orientação passada pela entidade, este tipo de lance é caracterizado como falta: “a Conmebol passou um material para os árbitros nos últimos dias, que contém um vídeo de uma jogada muito parecida. Ela diz exatamente que quando é entendido que o jogador está ampliando o espaço corporal no movimento antinatural, mesmo que a bola desvie em outra parte do corpo e bate no braço que já estava em situação de bloqueio, tem que ser marcada a infração”, disse no programa SportCenter.