Em grande momento no Verdão, Raphael Veiga explica subida de produção

Camisa 23 revelou também como a Covid-19 atrapalhou sua sequência no clube

Raphael Veiga
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

Um dos principais nomes da vitória palmeirense no clássico de segunda-feira (18), com dois gols na partida, Raphael Veiga vive seu melhor momento com a camisa alviverde. Adquirido pelo Palmeiras no começo de 2017 junto ao Coritiba, o meia concedeu entrevista ao SporTV e comentou o porquê de só conseguir brilhar com a camisa do Verdão nesta temporada.

“Eu não estava tão maduro em 2017, era tudo muito novo para mim. Então acredito que por isso não joguei tanto. Agora, em 2019, quando eu voltei do Athletico, acredito que não rendi tanto por falta de sequência, mas não transfiro a responsabilidade para ninguém. Em 2017 e 2019 tinham muitos jogadores, não é que eu não queira competitividade, porque é importante para elevar o nosso nível. Mas eu entrava com uma responsabilidade comigo mesmo (nos jogos) e pensava ‘tenho 10 minutos, preciso fazer um gol, dois gols, dar uma assistência’, e quando você entra assim, as coisas não saem naturalmente. Hoje, com sequência, eu amadureci, faço as coisas mais leve e tranquilo”, afirmou.

Infectado pela Covid-19 em novembro do ano passado, Veiga também fez relatos importantes sobre como foi conviver com o vírus no corpo e seu retorno ao time depois de se recuperar da doença.

“Eu estava em um momento bom. Peguei o vírus logo após fazer dois gols no Ceará. Fiquei muito chateado por ter pego, porque estava me cuidando muito. E quando eu volto pra São Paulo, fiquei em casa sozinho, trancado por 10 dias. O Palmeiras que mandava para mim as refeições. Quando você não faz nada em casa e os dias vão passando, comecei a perder a fome e o olfato. Sem exercícios você já não come como antes. Voltei ao clube mais magro, me sentia mais fraco. Nos primeiros treinos senti bastante, inclusive no jogo contra o Inter eu passei mal, vomitei no intervalo”, relatou o camisa 23.

Perguntado sobre a utilização da força máxima do Palmeiras no Brasileirão, mesmo estando na final da Copa do Brasil e da Libertadores, o atleta revelou que o time não priorizará nenhuma competição e seguirá na briga das três competições.

“Já passamos por momentos complicados. Treinar em casa durante meses, perder mais de 20 atletas por surto de Covid e, mesmo assim, mantivemos um nível legal e ganhando jogos importantes. Então agora não dá para escolher um campeonato, vamos jogar e vai ter que dar, não tem desculpa. Temos de resolver o problema dentro de campo. Falta pouco para acabar a temporada, então até o final vamos com o pé no acelerador. O que estamos vivendo este ano é para entrar na História do clube. Nosso foco é esse”, finalizou.

Um dos artilheiros do clube nesta temporada com 18 gols, Raphael atingiu a importante marca de 100 jogos com a camisa alviverde no jogo de segunda-feira.