Em entrevista pós-jogo após a despedida do Palmeiras no estadual, o técnico Luiz Felipe Scolari revelou detalhes da partida que o deixaram irritado, os quais envolvem a utilização do árbitro de vídeo. O foco principal ficou no extra-campo, com poucas considerações ao futebol praticado. Abaixo, os principais trechos da entrevista.
Anulação do gol de Deyverson
O protocolo do VAR determina que todos os lances de gol sejam revisados, independentemente de manifestações ou apontamentos do árbitro (ou assistentes). Ao saber de que o gol de Deyverson foi anulado em função de impedimento, minutos após a conclusão, o treinador pensou em tirar o time de campo, literalmente.
“Sim, sim (queria tirar o time). Hoje o lance, depois que foi mostrado para todo mundo, tinha um pé do Deyverson [à frente]. Muito bem”, confirmou.
Questionamento sobre a postura da FPF para com o Palmeiras
O treinador aproveitou o assunto para ir além quanto a outras situações envolvendo o VAR e, também, o julgamento de Moisés no TJD.
“E o pênalti, deu o que, lá? E o julgamento do Moisés, a farsa que foi o julgamento? Sabe como foi? Já pesquisaram? Quem estava envolvido? Como foi o voto dos quatro jogos? É uma vergonha.”
Quanto à falta de autonomia dos árbitros de campo, Felipão não escondeu a sua insatisfação, entendendo que as decisões dos auxiliares não surtem efeito prático.
“Não sei mais por que precisa de bandeira hoje, não adianta de nada. Agora vamos esperar, trabalhar, ver o que vamos fazer nessa semana e no futuro, e esperar que a direção se manifeste”, completou.
Avaliação do futebol praticado pelo time
Sem muito a dizer sobre o confronto, Scolari afirma ter achado a disputa bastante equilibrada e, no geral, gostou do que os seus atletas produziram em campo, ainda que não tenha sido o suficiente para conseguir a classificação para a final.
A postura, obviamente, é um recurso que o treinador usa para manter o controle sobre o vestiário e não necessariamente reflete o que ele realmente pensa sobre o desempenho em campo. É o que, ao menos, esperamos.