Capitão da equipe, Felipe Melo fala sobre liderança sobre os garotos do Palmeiras

Felipe Melo
Conmebol/Divulgação

Atleta ainda comentou sobre a conversa com os jogadores no intervalo do jogo contra o River Plate, no Allianz Parque

Um dos mais experientes do elenco, o volante Felipe Melo é conhecido por ser um líder dentro e fora do campo. Em entrevista à ESPN, o jogador de 37 anos falou sobre esse papel principalmente com os garotos.

“No começo da minha carreira, eu passei por clubes que tinham atletas que me ajudaram muito, e hoje eu faço esse papel. Lembro que no Flamengo tinha o Vampeta e no Cruzeiro tinha o Zinho e o Rivaldo, dois campeões do Mundo. Por isso, hoje, é muito fácil ajudar os meninos e fazer com que eles escutem um pouquinho mais e falem menos”, afirmou.

Um exemplo da liderança de Felipe aconteceu na partida de volta da semifinal da Libertadores contra o River Plate. Na ocasião, o técnico Abel Ferreira comentou que o volante “foi um verdadeiro guerreiro que deu aquilo de que precisávamos”. Questionado sobre este jogo e sua conversa com os jogadores no intervalo, o camisa 30 respondeu:

“Eu quis mostrar para eles a minha vontade de estar dentro do campo, de dar um carrinho, um passe, ganhar uma bola no alto, e que eu não poderia estar ali. Naquele momento, eu tinha uma melhor visão do jogo do que eles, pois estava vendo de cima [no camarote]. Então, houveram algumas situações e decisões equivocadas que só quem está vendo de cima consegue observar”, explicou.

Felipe Melo acha que no futuro será visto de outra forma

Aos 37 anos, o atleta sofreu uma séria lesão no fim do ano passado (fratura no tornozelo esquerdo), mas mesmo assim recuperou-se a tempo de entrar em campo na final da Libertadores contra o Santos, vencida pela Verdão por 1 a 0.

“Vi muitos falando do jogo, mas final de campeonato você não joga bonito, você ganha e levanta o troféu. Uma final de Libertadores, jogando com o clima a 40 graus, é muito complicado. Foram dois times que se estudaram bastante e não queriam deixar escapar a vitória, mas no final fomos abençoados com a cabeçada do Breno Lopes”, disse.

“Não tenho dúvida de que as pessoas irão enxergar o Felipe Melo de uma outra maneira. Vão ver um cara que se machucou, que disseram que voltaria em 4 meses, mas mostrou a todos que o trabalho, força de vontade e a palavra fazem a diferença. Quando saí daquela partida [contra o Vasco], sabia que voltaria antes e, graças a Deus, consegui atuar na Libertadores e levantar o troféu”, finalizou.