Mano Menezes explica mudança tática que ajudou o Palmeiras a prevalecer no clássico

Coletiva Mano Menezes
Reprodução

Na noite de futebol desta quarta-feira, o Palmeiras construiu excelente vitória no clássico contra o SPFC pelo placar de 3 a 0, isolando-se ainda mais na vice-liderança. Em coletiva pós-jogo, o comandante Mano Menezes falou sobre suas escolhas e estratégia para enfrentar o time de Fernando Diniz.

O técnico do Verdão explicou as mudanças de posicionamento do time, mais “encorpado” no meio-campo, com as presenças de Zé Rafael e Gustavo Scarpa, que deixou o Dudu livre para se movimentar. “Hoje a gente fez um posicionamento um pouco diferente, demos mais liberdade ao Dudu. O Reinaldo [lateral adversário] apoia com muita insistência, não dá para recuar o Dudu toda hora, então dei essa tarefa ao Scarpa. Aí sim, tivemos dois ou três jogadores no setor porque tivemos posse e controle para fazer isso”, disse.

Um fator importante para o encaixe do jogo, também, foi a investida do SPFC ao ver o Palmeiras abrir o placar aos 11 minutos, deixando mais espaços que foram bem explorados pelos atletas do alviverde.

“A equipe fez um bom jogo; com a liberdade, o SPFC se jogou um pouco mais, tivemos muitos contra-ataques no segundo tempo, mas construímos uma grande vitória para manter o histórico da casa”, disse o treinador, bem humorado.

Mano Menezes falou sobre a sua confiança em Deyverson, que fez hoje a centésima partida pelo Palmeiras, e revelou que as características do centroavante já chamavam a sua atenção na época em que treinava o Cruzeiro.

“Quando estava do outro lado e vinha jogar com o Palmeiras, sempre achei que o Deyverson incomodava muito o adversário; ele não dá descanso para o zagueiro, aperta a marcação, ajuda a equipe… Depois, veio um pouquinho de glória, aí se perdeu no sentido de tomar muitos cartões. O treinador quer um jogador confiável que entre e entregue aquilo que se espera dele; é o que ele está fazendo nos últimos jogos com a ausência do Luiz Adriano.”

Zé Rafael, novidade na escalação, na visão do treinador, se encaixou no sistema de jogo para dar mais velocidade e ganhou elogios. “Hoje, o Zé foi muito melhor que nos outros jogos. Estamos trabalhaando com essa questão do posicionamento. Tanto o Scarpa quanto o Zé podem fazer o jogo por dentro ou pelos corredores. O Lucas Lima, por exemplo, não tem valência física para fazer”, explicou.