Atual temporada é a que mais o Verdão utilizou jogadores da base
Quando foi eleito, ao final de 2012, Paulo Nobre prometeu reestruturar a base palmeirense. Assumindo um clube reconhecidamente econômico em revelar jovens jogadores, o ex-presidente começou a mudança nas categorias inferiores logo no início do mandato: Erasmo Damiani foi contratado para coordenar o departamento. Em abril daquele ano, Nobre extinguiu o Palmeiras B.
Com a saída de Damiani para a CBF e a chegada de João Paulo Sampaio, em 2015, a reformulação seguiu sendo feita gradativamente. Na atual temporada, o Verdão colheu os frutos de todo o investimento feito.
Além de 12 jovens atletas que estrearam pelo Palmeiras nesta temporada, outro exemplo do ótimo e contínuo trabalho alviverde em suas categorias inferiores é o jogo contra o Ceará, para o qual cinco atletas campeões Paulista sub-15 em 2017 foram relacionados: Mateus, Renan, Ramon César, Gabriel Veron e Gabriel Silva. Além deles, Henri, Vanderlan e Garcia também estavam naquela equipe e hoje treinam com certa frequência no time de cima.
“Fizemos um trabalho de reestruturação nas categorias de base. Diante disso, temos de aproveitar esses meninos. Estamos com oito já treinando no profissional e vamos entender exatamente o comportamento deles. Em um segundo momento, vamos ao mercado, mas de maneira muito clara, identificando o que o Palmeiras realmente precisa”, disse o Mauricio Galliote em janeiro de 2020.
A ascensão das Crias da Academia no começo desta temporada era iminente. A necessidade de recorrer à base devido à crise financeira que ameaçou se abater sobre o clube acelerou o processo e hoje podemos ver o resultado.