O efeito borboleta que culminou na saída de Cuca do Verdão

Maurício Galiotte
Divulgação

A saída de Cuca no início da tarde de sexta-feira marca mais uma ruptura no projeto técnico do Palmeiras. Entretanto, ao contrário das trocas anteriores, desta vez a diretoria acertou no momento.

Uma troca em outubro mantém o planejamento para o ano seguinte intacto. O mercado ainda está se aquecendo e os ajustes a serem feitos no elenco do ano seguinte seguirão o projeto técnico do próximo treinador – resta saber se a diretoria pretende manter Alberto Valentim na função, após um ótimo trabalho ontem em Goiânia, ou se vai recorrer ao mercado para preencher a lacuna.

A segunda passagem de Cuca

Cuca
Divulgação

Como se sabe, Cuca deixou o comando técnico do Palmeiras em dezembro, após a conquista do Brasileirão, para cuidar temporariamente de projetos pessoais, situação previamente acordada com a diretoria antes mesmo de sua contratação. O sucesso do time que contava com Gabriel Jesus voando resultou na criação da Igreja Cuquista em nossa torcida. Seu substituto, Eduardo Baptista, teve que lutar contra seu fantasma – um dos maiores obstáculos enfrentados pelo treinador, que também não se ajudou ao demorar para encontrar um padrão técnico aceitável em meio às disputas do Paulistão e da Libertadores.

O fantasma era real e Cuca acabou sendo recontratado em maio, com uma estreia avassaladora: 4 a 0 no Vasco, na estreia do Brasileirão, deixando a torcida nas nuvens. Mas nas rodadas seguintes a magia se desfez. O elenco não tinha peças importantes do ano anterior e alguns remanescentes já não mostravam a mesma exuberância técnica. Cuca não conseguia extrair a mesma intensidade dos atletas e o Palmeiras, embora tenha se mantido como um dos times mais fortes do país, falhou em todas as competições e tende a encerrar o ano sem nenhuma conquista.

O sistema de marcação de Cuca, que exige que atacantes acompanhem os laterais adversários, não encaixou como no ano passado. O treinador já provou que o sistema é factível, mas exige precisão suíça. Quando se está vencendo, os jogadores acabam se desdobrando para manter o esquema funcionando. Mas quando os resultados não vêm é bem mais difícil extrair a doação extrema, física e mental, dos atletas.

Felipe MeloA situação complica quando se tem no elenco jogadores capazes de bagunçar a harmonia. Roger Guedes ganhou a antipatia de boa parte do grupo com um comportamento por vezes mimado, como no episódio em que reagiu mal a um trote corriqueiro dos companheiros. Como correspondia em campo, ao menos nos números, com ótimos índices de participação em gols, manteve o prestígio com o treinador, o que acabou sendo interpretado por muita gente como “proteção”.

Por outro lado, a chegada de Felipe Melo, que com seu jeito marqueteiro, conquistou boa parte da torcida. Contratado após a saída de Cuca, não se encaixava no estilo de marcação idealizado pelo treinador e acabou perdendo a posição. Inconformado, vazou um áudio explosivo, no qual disse que beberia champanhe com a queda do treinador. Mesmo depois de ser afastado do elenco, seguiu em sua queda de braço pessoal. Venceu e viu sua profecia se concretizar.

Espiral negativa

Barcelona x PalmeirasCuca entrou na espiral negativa que o derrubou por ocasião das eliminações na Libertadores e na Copa do Brasil. Gols nos minutos finais em partidas contra o Barcelona e Cruzeiro, que foram muito mais frutos de desatenção e inocência dos jogadores do que do sistema tático, tiraram o Palmeiras das disputas, o que minou a confiança dos atletas.

Daí decorreu a queda na intensidade que destruiu as chances de sucesso no Brasileiro. O Palmeiras perdeu pontos inadmissíveis após a eliminação na Libertadores: tropeços contra Vasco, Galo, Chapecoense e Bahia, todos em circunstâncias em que a vitória estava em nossas mãos, nos tiraram pontos que estariam nos deixando pau a pau com o líder do campeonato.

Cuca afundou nessa espiral quando não conseguiu manter o elenco 100% motivado e com fé em seu sistema. Bombardeado por situações extra-campo, teve que desviar o foco muitas vezes para os outros problemas já mencionados – situação agravada pela falta de blindagem por que passa a Academia de Futebol. Falharam os jogadores, falhou Cuca, falhou a diretoria.

Efeito Borboleta

Não deixa de ser interessante imaginar que se o Palmeiras não tivesse tomado um gol de fliperama em Guayaquil, e não tivesse tomado um gol de cabeça do lateral-esquerdo no Mineirão a cinco minutos do fim, os jogadores teriam mantido a confiança em alta, a intensidade continuaria sendo máxima e talvez o Palmeiras, mesmo sem o brilho do ano passado, pudesse estar comemorando o quarto título da Copa do Brasil e brigando pelo Brasileiro e pela Libertadores.

Como o “se”, sabemos, não existe no futebol, a corda arrebentou e Cuca perdeu.

Rei morto, rei posto

Alberto Valentim
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

O Palmeiras desperdiçou mais uma vez a chance de construir um ciclo longo com o mesmo treinador, definindo um padrão tático e técnico diferenciado do que se pratica no Brasil. Ao demitir o treinador campeão nacional, o clube que se candidata a ser o principal protagonista do futebol no país nivela-se à mediocridade geral num cenário que descarta técnicos em média a cada cinco meses.

Enfim, é hora de olhar para a frente, porque a bola não para. Alberto Valentim assumiu provisoriamente e, como Cuca, fez um primeiro jogo muito bom. Sabemos, entretanto, que um jogo não qualifica ninguém para nada e que se o interino de fato quiser ser efetivado, vai ter que mostrar uma evolução rápida e consistente – e não sabemos nem se ele terá tempo para isso, já que a planificação do ano que vem não pode começar em janeiro.

A diretoria precisa definir logo quem será o treinador de 2018 e desenhar as trocas no elenco de acordo com seu projeto técnico. Seja Valentim, ou outro nome que venha do mercado – os nomes ventilados pela torcida passam por Abel, Roger, Mano, Rueda e até Luxa – o Palmeiras não tem tempo a perder se quiser voltar às glórias desperdiçadas este ano.

Que as lições, mais uma vez, sejam aprendidas.


O Verdazzo é patrocinado pela torcida do Palmeiras.

Aqui, o link para se tornar um padrinho deste site: https://www.padrim.com.br/verdazzo

150 comentários em “O efeito borboleta que culminou na saída de Cuca do Verdão

  1. Ouvi rumores que Felipão não renovará seu contrato na China, mesmo sendo campeão pelo terceiro ano consecutivo. Seria isso um prenúncio de sua volta ao Palmeiras? O que seria deste elenco sob às rédeas de Scolari?

  2. Aos que estão pedindo Abel Braga: aparentemente o sujeito nem participa dos treinamentos do clube que o emprega. Ontem, quando o tal do Robinho se preparou para bater um pênalti, as câmeras flagraram o treinador perguntando desesperado para a comissão técnica se o jogador sabia bater pênalti. Não dá para contratar um técnico que nem sabe quais jogadores de seu elenco são capazes de converter penais.
    Mantenham o Valentim!!!!

  3. Cuca bobeou. Vacilou. Procurou.

    Não era favorável à demissão, mas procuro ver sempre o lado positivo.

    O ambiente estava pesado sim.

    Espero que o Palmeiras entenda que sempre terá um elenco estrelado e que um técnico “linha dura”, nesse momento não é o mais indicado.

    Por isso, entendo que W. Mancini, Luxa e Mano, por exemplo, deveriam estar descartados.

    Sou favorável à contratação de um técnico estilo Abel Braga, Renato Gaúcho e Joel Santana, por exemplo, que são experientes, protegem o elenco e são muito bons psicologia de vestiário.

    Entendo que o A.Valentim é capaz tecnicamente, mas chegará uma hora que
    não suportará a pressão. O ideal é mantê-lo na comissão técnica
    permanente pelas suas qualidades e com qq um desses 3 técnicos, ele será sempre muito bem aproveitado.

    1. Sempre quis o Renato Gaúcho pra técnico. Há muito tempo falo isso. Pelo menos há 4 anos. Já fui xingado de tudo por causa disso. Entretanto, hoje vemos que ele é um dos bons técnicos do Brasil. Pegou o Grêmio e foi campeão da CdoB, está em segundo no Brasileiro-17 e nas semis da Libertadores. Deu outra cara o time, mostrou o poder de ataque do elenco, valoriza seus jogadores a cada entrevista, e percebe-se que os jogadores lutam por ele. É um excelente administrador de ambiente, diferentemente de Cuca, Mano, Luxemburgo, etc… Se o Grêmio estivesse até hoje na mão do Roger, acredito que estaria mal no Brasileiro e não tinha ganhado a CdoB do ano passado. Apesar de bom técnico, Roger não tem o carisma pra fazer os jogadores se matarem por ele, ou experiência o bastante para que o grupo abrace suas ideias.

      1. Depois daquele jogo de ontem (4º ou 5º do gremio que vi esse ano), dá pra acreditar que o Renight é diferenciado mesmo. Que time limitado aquele que ele é técnico. Pelamorr

      2. Eu pedi ele no lugar do Kleina e ainda acho q ele teria conseguido … Mas, tbem não fui levado a sério.

      3. Acho que ele é um pouquinho melhor do que a maioria, mas também não é essas coisas todas. E repare que os únicos trabalhos dele com algum sucesso em mais de década na profissão, são com times que ele já tinha um laço emotivo da época de jogador.

        A ver ‘SE’ fora desse contexto ele consegue desenvolver algo e principalmente ‘SE’ o perfil dele se encaixaria na SEP, onde não canso de repetir, TUDO é diferente e peculiar.

        A SEP é quase um Universo Paralelo, tudo é amplificado, para o bem ou para o mal, são muitos poucos os que conseguem se adaptar a essa realidade e ter sucesso. Tenho minhas dúvidas se o Renato, sequer deseja esse tipo de desafio…

  4. O problema no futebol brasileiro é que todos querem muito respeito e seriedade, mas não agem dessa forma.

    Cuca com seus problemas particulares que me desculpe, mas é de uma irresponsabilidade profissional imensa abandonar um projeto pronto, vejam uma coisa, todos nós temos problemas particulares, dos mais diversos, nem por isso pedimos a conta e vamos pra casa, muitas vezes adequamos a forma de trabalhar e seguimos em frente, tenho certeza que a diretoria do Palmeiras entenderia algumas ausências do técnico..

    Esse ano Cuca aceitou um contrato para um time já montado, com peças que não lhe agradavam porque ELE ESCOLHEU descontinuar um trabalho, poderia estar hoje com um time voando, mas tinha outras coisas a fazer e somos obrigados a respeitar isso, só não pode o técnico por a culpa nos outros, sua escolha gerou isso.

    Com relação as eliminações, a da libertadores realmente não havia o que fazer, perdemos Guerra antes da partida, durante a partida perdemos “só” Dudu e Mina (dois possíveis batedores de pênaltis)..
    Q time no Brasil conseguiria manter o padrão de jogo perdendo seu melhor zagueiro e o seu líder em assistências? Fatalidade.. (lógico que fiquei muito puto na hora, mas hoje de cabeça fria dá pra entender)

    Outra coisa, perdemos GJ, VH, Jean, TTche, (Jean e TT não são nem sombra do que foram ano passado) e ainda perdemos Moisés por 6 meses, Mina e Dudu machucaram, Prass oscilou muito tbm, de 11 titulares em algum momento perdemos 8.. Então temos que ter calma.. o ano não foi bom por diversos fatores, alguns imprevisíveis.

    Tchau Cuca e que o Palmeiras pense em um técnico a longo prazo, que venha pra ficar, pra impor sua filosofia e que saiba adequar seu jeito de jogar com o que há no elenco, com contratações pontuais!

    1. Errou na conta Ralf, perdemos 9, pois o Zé, que voou na reta final do ano passado finalmente viu a idade bater na porta….

      De resto perfeito o comentário!!
      Quer dizer, prefiro não julgar como ‘irresponsável’ o cara ter se dedicado a família, sem saber exatamente as razões que o levaram a tal escolha, mas respeitando principalmente o fato de família vir em 1o lugar e principalmente ter sido combinado com antecedência. Como bem dizia minha Avó:

      “O COMBINADO nunca sai caro!!”

      …portanto se foi combinado, paciência!!

      Mas concordo que poderia ter sido feita de várias formas para manter a continuidade do projeto, permitindo a ele mais tempo com a família. Era tudo questão de se achar um meio termo de ‘acomodar’ tudo isso, era a situação ‘mais elegante’ que poderia ter dado certo. Ele dava um passo atrás pra se dedicar a família e apenas ‘coordenava’ o time à distância por uns meses, enquanto o Cuquinha e o Valentim iriam pra beira do campo. Mas também poderia ter dado errado… (Mas acho que a tentativa teria sido muito mais válida do que apostar num cara com pouco currículo que já de partida enfrentaria enorme resistência pela pouca bagagem, pelo histórico familiar e pelo ‘fantasma’ do trabalho anterior)

      Agora depois do rompimento do projeto ele voltar e ‘achar ruim’ que as coisas “estavam diferentes”, “que o time não fora escolhido por ele”, etc., realmente não tem cabimento. Ele largou porque quis, portanto, aceitasse as condições do seu retorno sem frescura, e se adaptasse a nova realidade, ao invés de ficar de mimimi….

      1. Como eu disse, irresponsabilidade PROFISSIONAL.. Aquela que sempre cobramos dos nossos diretores, conselheiros, presidentes..

        Por óbvio que a família sempre vem em primeiro, mas quem é profissional sabe que precisa saber conciliar as coisas, sem necessariamente abrir mão de um ou de outro, pois tudo o que é proporcionado às nossas famílias, seja conforto, segurança, até mesmo melhores tratamentos médicos, vem do nosso lado profissional.

        Concordo que o ZR não foi tão bem quanto ano passado, mas no caso dele já era até esperado.. Talvez se tivesse se aposentado, buscaríamos outro LE e hoje teríamos um LE titular.. Vai saber.

        1. Mas se foi COMBINADO desde o começo, não há como considera-lo irresponsável!!

          Ele já havia dito e deixado BEM claro que fária isso!!! Foi uma condição imposta por ele pra aceitar VIR em 1o lugar. Senão poderia ter dito, “obrigado, mas não posso!” Irresponsável seria NÃO cumprir com algo. Ele apenas cumpriu à risca o que se comprometeu à fazer!!!

          Quanto a fazer sacrifícios para proporcionar melhorias pra família, ele já passou dessa fase e não precisa mais se preocupar com isso, especialmente após passar alguns anos na china justamente pra resolver esse lado financeiro, além de ter outros investimentos, portanto, se preciso, pode se aposentar e não trabalhar mais com futebol.

          Irresponsável portanto foi quem acreditou piamente que conseguiria demove-lo do ACORDADO e convence-lo a ficar, SEM ao menos um plano B factível!!! Aliás deveria ter um plano B, um C e um D… muito melhores do que o que se decidiu após o “Não” definitivo do Cuca. Foi a grande falha do Mattos no Palmeiras.

          1. Pra mim, o maior erro do Palmeiras em 2016 foi ter Cuca como plano A, EB como plano B e Roger Machado como plano C. Roger fechou com o Patético/MG rapidinho. Cuca já está com “os burros na sombra” e cumpriu o combinado e vazou. Sobrou o estagiário gambá. Colocamos como opções, pessoas que não deveriam ser opções por uma situação ou outra. Isso sim é o cerne da falha de planejamento. Daí desencadeou outras cagadas que já cansamos de falar aqui.

  5. Para mim está bem claro.

    O Palmeiras, nós Palmeirenses, queremos sobrar aqui no Brasil???

    1º Então vamos pensar num modelo de jogo que tenha vários técnicos bons que utilizem e que tenham haver com nossas características históricas!

    2º Definido isso vamos escolher os melhores possíveis dentro da nossa proposta de jogo, contratar um e dar tempo de verdade para ele trabalhar no mínimo 2 anos!!! MESMO SEM TÍTULO!!!! Repito, mesmo sem título!!!(Exemplo, posse de bola e ofensividade o Barça usa até hoje isso como modelo; Ou defesa intransponível e contra-ataques, Diego Simeone no Atlético de Madrid conseguiu grandes feitos por lá assim)

    3º Aí não deu certo vamos aos próximos da lista que está dentro do nosso modelo de jogo.

    4º As categorias de base vão jogar como o modelo de jogo definido nos profissionais! Este será nossa
    cara como time dentro das 4 linhas!!!

    Enquanto o objetivo for conquistar todos os títulos não importando como vamos jogar bola estaremos
    no mesmo nível do Futebol Brasileiro!!! E seguiremos moendo técnicos a cada 5 meses!

    1. Ideia boa,
      na teoria…
      Na pratica é utópica pro futebol brasileiro:

      o torcedor não tem maturidade o suficiente, a imprensa não tem maturidade o suficiente e não temos material humano bom o suficiente.

      só o 1o item já mata toda a questão porque simplesmente NÃO TEMOS sequer um técnico bom o suficiente no país hoje, quanto mais “vários que utilizem determinado sistema”

      É possível se fazer pra daqui à alguns anos, mas teria que ser um processo paralelo, preparando todo o terreno, ‘criando’ e ‘adequando’ os profissionais necessários e vendendo a ideia aos poucos até mudar a cultura do público pra ‘aceitar’ essa nova realidade.

      TUDO isso teria que ser montado ‘por fora’ sem influência direta no ‘time do momento’ a princípio, pois se fosse colocado em prática antes de estar amadurecido, assim que passasse pelos 1os percalços a pressão pra abandonar o projeto seria insuportável, e mais uma boa ideia iria por terra…

      1. Rafael eu não me limitaria ao Brasil. Com 2 anos de Trabalho técnicos bons estrangeiros dariam muito certo aqui também.

        1. Com técnicos de fora, daria pra acelerar o processo, mas ai viria o outro problema, a falta de maturidade e paciência da nossa cultura.

          Não é fácil de se suportar a pressão. É MUITAaa encheção de saco, de todos os lados. É torcida que alimenta a imprensa que alimenta a torcida… é a ala aproveitadora política do clube que alimenta ambos e tenta se alimentar deles pra adquirir mais influência… aí entra nessa bagaceira toda as organizadas…. as federações e dirigentes atuais, fazendo de tudo pra não permitir nada que altere o status quo…

          1. Sim, com certeza seria uma baita de uma Briga. Mas, se a diretoria de futebol fosse amparada pelo Presidente num projeto desse e ele sustentasse por no mínimo 2 anos a ideia, duvido que o time não estaria voando no 2º ano de trabalho. Aqui quando você aplica o B-A-BA do futebol moderno e dá o encaixe um time mediano como os itakeras faz um primeiro Turno daqueles. Imagina um elenco como o nosso, acima da média no Fut BR, seria lindo de ver os jogos!!!

          2. Aí eu te pergunto: nosso elenco, infinitamente superior em qualidade (e quantidade) ao dos lixos, conseguiria jogar aquele futebol bizarro? Pergunto mais: nós ficaríamos satisfeitos com um anti-futebol de resultados e com diversos jogos ganhos de forma suja? Eu aprendi a amar o Palmeiras que joga pra frente, que sufoca o adversário no seu campo de defesa e que coloca a bola no chão e que, se tá ganhando de 3, busca o 4º, 5º, 6º gols e por aí vai…

          3. Brother tu leu o que eu escrevi lá em cima?

            “1º Então vamos pensar num modelo de jogo que tenha vários técnicos bons que utilizem e que tenham haver com nossas características históricas!”

          4. Li sim, irmão. A minha resposta foi referente ao último post. Abs

          5. Então Saulo, não mudei de opinião. Quando falo B-A-BA do futebol moderno não me refiro de forma nenhuma a Retranca. O Nápoli joga o futebol moderno e é muito gostoso de assistir, Guardiola quem é mais moderno que ele???

            Usar triangulações, toque de bola para atacar é futebol moderno. Nesse jogo com o Valentin usamos isso, Marcação por Zona toque de bola, ideias nas saídas de bola.

            Futebol moderno tem muitos conceitos. E respeitar nossas características históricas é pensar no Futebol Moderno e com Ofensividade, toque de bola técnica isso era a 1ª Academia, 2ª Academia o time de 1996.

            Quero futebol moderno aproximação, Marcação por Zona e velocidade para atacar, Toque de bola. Podemos definir isso e termos jogando bem ganharmos títulos.

            Falta dirigentes com Visão e com Colhão para aplicarmos isso!!!

          6. Perfeito!!! Só não aceito (rs) chamar aquilo que o gambá quis instituir junto com sua imprensa de papagaios repetidores como ‘futebol moderno’! Concordo plenamente e você deve concordar comigo que é muito mais bonito (ou menos feio) assistir à Alemanha de 2014 do que a Grécia de 2004. Ou o Palmeiras de 96 do que o campeão continental de 99.

            Gostamos de volantes como Sampaio e Mazinho, embora Galeano tenha sido campeão da Libertadores e os outros, tecnicamente infinitamente superiores ao último, não conseguiram tal título, embora tenham ganhado quase tudo por aqui.

            Acho que não me expressei bem, acho sua idéia phoda mas tbm acho utópica, como disse o Rafael acima. Enquanto tiver torcedor dando credibilidade às mídias gerais (uol, GE, lance, fofox, etc etc etc) somado a conselheiros que mais parecem remar para o lado oposto, será muito difícil sonharmos em um dia em que teremos paciência.

          7. se a gente tem guerra de egos aqui nos comentários do Verdazzo, imagina lá no clube…

      2. Aliás só complementando, em Portugal tem vários técnicos interessantes que com tempo de trabalho poderiam dar certo aqui.

    2. Essa proposta é muito boa, porém o caminho seria mais longo do que se imagina e exigiria o engajamento de várias pessoas em diversas esferas dentro do clube.
      Nas categorias de base por exemplo, teria que a acabar o apadrinhamento de jogadores. Não adianta ter uma filosofia de jogo nos times de base sem jogadores competentes para executá-la. Alguns que hj ali estão, infelizmente não possuem ao menos fundamentos básicos de futebol.

    3. Em todo clube deveria ser levado em consideração a sua história futebolística para definir este modelo de jogo e os colaboradores (comissão técnica) desse modelo.

      No Palmeiras sempre jogamos impondo o jogo, jogando ofensivamente. Não faz parte da história do clube uma proposta defensiva, independente dos resultados virem com esta proposta.

      Concordo plenamente com você, enquanto ganhar títulos estiver à frente da forma que jogamos para ganhar, continuaremos neste baixo nível técnico que se encontra o futebol brasileiro…

    4. Sua ideia é muito boa e gostaria que fôssemos o clube pioneiro nesse quesito aqui em terras tupiniquins. Porém isso demanda tempo. Muito tempo. Pra terra brasilis, algo em torno da eternidade, se comparado com gestões européias de sucesso. Vide Barcelona, o melhor exemplo no mundo todo, que implementou essa maneira de gerenciar e jogar o futebol na década de 70 com Cruijff e Mitchels e só começou a colher os resultados desejados na década de 2000 (hegemonia européia, pq o protagonismo espanhol sempre dividiram com o RM). Foram 25, 30 anos. Hoje todos sabemos que é uma cultura estabelecida do clube. Imagina uma torcida brasileira de massa esperar metade disso. 15 anos que seja pra que algo dê certo no seu clube. Simplesmente impossível. Somos fadados a esperar e suportar 15 anos de coisas erradas e resultados catastróficos, como passamos a primeira década desse século com o Palmeiras, do que apoiar um trabalho gigantesco desse nível, pois a desconfiança do resultado final é enorme, assim como a necessidade de ser campeão a cada 6 meses. Imagina a imprensa gambá fazendo chacota a cada campeonato perdido ou ano sem título (como exemplo, olha quanta alegria dos comentaristas sobre o Palmeiras 2017). Há pressão de todos os lados. Infelizmente é cultural, e por mais condições financeiras e estruturais que tenhamos acredito ser muito difícil um modelo desses dar certo por aqui.

      Outros ponto cruciais pra isso dar certo no Barcelona foram:
      – Hegemonia espanhola dividida com outro clube. Somente o RM. Portanto, não passaram mais de 2 anos sem ganhar nada. Ou uma Copa do Rei, ou um nacional o Barcelona beliscava durante esse período de 30 anos. Isso ameniza muito a pressão da torcida, pois ela começa a ver resultado positivo. Aqui são pelo menos mais 10 clubes com condição de ganhar algo. Só no estadual são pelo menos mais 3, fora os times do interior que de vez em quando aparecem pra encher o saco. A chance de encarar um jejum de 3 ou 4 anos sem título é grande, e a pressão da torcida só tende a aumentar com isso.

      – Imprensa: A imprensa de Barcelona defende e blinda o clube como nenhuma outra no mundo. Enquanto a imprensa de Madrid ataca os clubes da Catalunha, eles encontram suporte na imprensa local para amenizar muitas crises e situações que aqui, qualquer jornaleco jogaria mais gasolina na fogueira. Vide o tratamento que dão ao Borja e como trataram o caso FM x demissão do Cuca. Infelizmente, grande parte da torcida embarca no que “Netos” da vida vomitam no microfone e cobram o clube a qualquer tropeço…

      Portanto, acho que a ideia é boa. Porém pra times que tem dinheiro, estrutura e, principalmente, não tenha tantos adversários de bom nível dentro das suas pretenções locais e tanta rejeição da imprensa local.

      1. Muito bacana o seu comentário Penhaman!

        Só permita-me discordar, apesar de o Barcelona ter realmente um estilo de jogo sendo implementado há muitos anos foi na virada dos anos 2000 com uma gestão moderna que
        o clube realmente se equilibrou, organizou e a partir dali que começou com Ronaldinho Gaúcho ser o que é futebolisticamente na Europa.

        A questão aqui no Brasil eu penso que apesar das dificuldades iniciais, principalmente o primeiro grande período de Oscilação de um novo técnico, será mais fácil.

        Sabe porque os gamb4s ganharam títulos em sequência?? Porque sem querer estão há quase uma década com o mesmo estilo de jogo!!! É só isso que quero aqui.

        Para isso não precisaremos aguardar 15 anos. Pelo contrário sairemos atrasados só em relação aos itakeras pq os demais times não fazem isso nem aqui no Brasil nem na América Latina.

        Implantar uma filosofia de jogo é mais difícil manter após términos de ciclo do que implanta-lá a primeira vez. Por isso penso que deveria ser feito algo muito bem elaborado e depois passar até pelo Conselho e constar no Estatuto os princípios que nortearam a filosofia de Futebol da SEP.

        1. Entendi o seu ponto de vista e concordo, porém a urgência e a cobrança de resultados expressivos é uma cultura tupiniquim que, naturalmente, barra qualquer tipo de trabalho a longo prazo. Cuca poderia ser “o cara” pra começar essa implementação. Tinha credibilidade com a torcida e até bom tratamento com a imprensa, sabe montar times, com as peças certas faz o time jogar bem, etc… porém se mostrou desmotivado, sem a mesma garra do ano passado, sem a mesma inspiração e, após 6 meses de tentativa de “encontrar um time” com o melhor elenco do Brasil, fez todo mundo perder a paciência. Até mesmo eu, que sou um devoto da “igreja cuquista dos últimos dias” já tava vendo que ele não ia durar muito.

          Será que Mano, ou qualquer outro técnico teria essse cacife e credibilidade com a torcida pra iniciar um projeto desta maneira? Sinceramente não sei.

          Um ponto chave pode ser o cara que gerencia o futebol. Alexandre Matos é o cara que contrata, que vende, que empresta, que tem que estar atento a nossa base. Se ele começar a seguir um critério em todos essses pontos e ter o discernimento na hora de contratar jogadores tarimbados e subir bons valores da base, pode ser que ajude muito. Porém não dá pra confiar um projeto desse tamanho a um cara que contrata Borja e Melo na mesma janela de transferências, kkkkkkk…. são estilos muito diferentes fora do campo. Diferentes maneiras de pensar, de agir, de se portar, etc… e que juntos não encaixariam num projeto tão grande.

          Pode ser que eu esteja viajando na maionese, mas é mais ou menos o que penso a respeito, kkkkkkkkk

          Grande abraço!

          1. Discussão muito boa, em alto nível como o Verdazzo tem proporcionado!

            Acho que o único grande defeito do Mattos é a escolha de projeto técnico. Ele não acertou um até agora aqui no Palmeiras, e até no Cruzeiro acho que foi mais sorte que juízo. Aqui no Palmeiras foi mais ou menos, esse técnico aqui? Ihh deu errado… Tá então vamos com esse?! Isso…vixeee esse tá esquisito!! Tá então que tal esse??!! Esse sim !!! Aí ganha título, depois o time oscila e aí manda embora e começa o ciclo de novo.

            Acho que o Mattos só tem esse defeito como Dirigente de Futebol, que é um defeito realmente grande e relevante, tem erros o que é normal.

            Mas o que nós esquecemos é que ele montou o elenco pensando no Eduardo Batista. Então Felipe Mello era muito útil para a saída de bola e
            também como liderança em Raça e Entrega, coisa que o EB não parecia
            ser mestre em cobrar. O Borja chegou com o EB e fez 3 gols nos primeiros 3 ou 4 jogos. Então as contratações só se tornam erros quando tu trás outro perfil de treinador que não gosta das características deles, no caso o Cuca. Aí voltamos no Defeito do Mattos contratar Técnicos, planejar projeto técnico de médio e longo prazo.

            Eu acho que não há melhor Diretor de Futebol que o Mattos, mas eu traria o Leonardo ex-lateral para ser o cara do projeto técnico do Palmeiras. Para isso teria que haver um Presidente que bancasse isso tipo o Paulo Nobre que não cedesse nem a mumu, nem a Torcida Organiza, nem a nada. Só assim daria certo. Se for para fazer para experimentar se vai dar certo?? Aí nem começa!!!

          2. Concordo plenamente, o Mattos precisa evoluir esse aspecto dele, porque é um passo muito importante do planejamento global que ele ainda não consegue fazer bem…
            Dou um leve desconto, pelo fato do material humano disponível realmente não dar grandes opções, nesse sentido.

            LEONARDO é um nome interessantíssimo, uma das melhores sugestões que ouvi, um cara com Inteligência, Cultura e Conhecimento de Futebol bem acima da média.

            Resta saber se conseguimos tirar o bambi de dentro dele. Esses vínculos afetivos muito fortes as vezes são bem difíceis de extrair, e atrapalham, pois pra vir da forma que você vislumbra, teria que mergulhar de corpo e alma no projeto!!!

  6. Gostaria de ver Valentim na montagem e no comando do time na próxima temporada. Cansei dos mesmos de sempre. Temos que dar oportunidades para que o novo venha.
    Mas, além disso, os dirigentes deveriam investir em continuidade e manutenção e não em imediatismo.

    1. Pergunta está disposto ao novo enquanto ele ganhar, ou se levar fumo em clássicos e cair nas quartas do Paulista já tem que ser mandado embora?

      1. Isso aí, nem precisamos falar de paulistão, se não nos classificar pra libertadores 2018, mantém pro ano que vem?

        Complicado isso..

        1. Ninguém disse que é simples, mas acho que as demissões/contratações de técnicos devem ser vistas de uma forma mais ampla pelas diretorias.

      2. Claro que não, desde que o técnico e a diretoria definam um projeto em comum acordo e que ambas as partes cumpram com seus papéis. Eliminações acontecem e temos que entender que são normais em algumas circunstâncias e que nem sempre são ocasionadas exclusivamente pela postura do técnico.
        Acho que manter um técnico considerado um bom profissional mesmo após derrotas é algo que transforma o ambiente e pode, muitas vezes, ser favorável.
        É lógico que uma série de fatores pesam e uma conjuntura de fatos levam às demissões, mas, com certeza, o imediatismo não é a solução para um bom futebol.

        1. Isso seria o ideal, o problema é que diretoria e principalmente torcida não sabem lidar com isso.

          Eu concordo em tudo com você, só tenho a dúvida se o AV tá pronto para um time do tamanho do Palmeiras, entende como? Ele nunca treinou ninguém (RB nem conta, até pq seu trabalho não foi muito bem lá), não tem um bom trabalho como técnico para sabermos se ele está pronto..

          Mas se diretoria decidir que ele está pronto, tem que ir até o fim.

          1. Agora, sim. Acho que entramos em um acordo.
            O que defendia era justamente uma mudança no modus operandi das diretorias dos clubes brasileiros, priorizando “grandes projetos” (parece papo do profexô, né?) e não apenas em resultados a curto prazo, DESDE QUE haja confiança no potencial do treinador, independente de quem seja, mesmo não sendo um “medalhão”.
            Isso sim seria saudável para o futebol nacional.
            Além disso, precisamos de novas figuras de qualidade no comando das equipes. Você não acha, Ralf? Precisamos de novos técnicos, assim como precisamos de novos craques e essa renovação se faz com planejamento e com uma dose de aposta é claro.

          2. Acho que seria muito bom uma nova leva de profissionais, sem ficar passando infinitamente sobre os mesmos de sempre..

            O problema é ver o “novo” técnico realmente fazendo algo diferente, veja bem, AV montou um time jogando simples, sem nada demais até agora, está funcionando, tá legal, mas vamos ver do que ele é feito contra as Marias..

            Tenho medo de efetivar um cara que ainda não esteja pronto, sem experiência, pra mim ele deveria mostrar um bom desempenho em clubes menores.. Mas, as vezes os caras pulam etapas e dá certo.. vai saber..

            Abçs.

  7. Esse Mano Menezes pra mim é horroroso, retranqueiro, visto os dois jogos nosso contra eles, passaram mas por pura incompetencia nossa no primeiro jogo levar 3 gols, mas no 2 tempo buscamos o empate graças a retranca dele. Pra mim o Valentim vai ser o Jorginho de 2009, deixa o cara ficar e trabalhar tranquilo, os jogadores vão abraca-lo e vamos terminar o ano bem

    1. Quando vejo um torcedor pedindo o mano gambanezes, o que vem a minha mente é: “O que um título não faz…”

        1. Seguindo essa lógica o MO, ainda está bem a frente do gambá (longe de querer tê-lo novamente). Mas daí o cara que faz lobby pelo Menezes usando esse critério vai dizer: “vc é louco”.

      1. Teve até um doido que pediu Celso Roth porque “já foi campeão da Libertadores”
        kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

        **detalhe que poucos lembram foi que ele assumiu o time já na semi-final… rsrsrs

  8. Sinceramente eu gostaria MUITO de ver o time jogando com Deyverson ou Borja como homem de área sem precisar recompor nada com a unica função de ficar dentro da área e pôr a bola pra dentro, acredito que é onde os dois sabem jogar de verdade e ainda não os vi jogando dessa forma. Hoje está na moda essa coisa de o centroavante ter que buscar jogo e marcar e os 2 não tem essa característica. Se o time quiser jogar com centroavante de movimentação como o Gabriel Jesus o único que temos com essa característica é o Willian, para mim se ele não jogar o time tem que mudar a formação para jogar para o 9 como jogávamos com o Oséas.

    1. Até porque um centroavante enfiado no meio da zaga rival automaticamente puxará pelo menos um zagueiro para acompanhá-lo. Geralmente ficam dois: uma na marcação e outro na sobra. Se a zagueirada subir desesperada para o ataque, o avante vai ficar sozinho e aí é só fazer como o Bahêa fez contra os lixos ou o que a Selenike fez contra o chi-chi-chi-le-le-le.

      1. Esse grito chi-chi-chi-le-le-le está prestes a ser mudado em homenagem ao Valdivia:
        vai ficar:
        chi-chi-chi-ne-ne-ne-lo-lo-lo

        se bem que baseado no que disse a esposa do Bravo, poderia homenagear o time quase todo se fosse:
        ca-ca-ca-cha-cha-cha-ça-ça-ça ou ainda re-re-re-ssa-ssa-ssa-ca-ca-ca…

  9. A verdade é que, se vier o Mano, ele fica um tempo e se vai. Se vier o Ventura, ele fica um tempo e se vai. Se voltar o Cuca, ele fica um tempo e se vai. Nao haverá continuidade enquanto prevalecer essa logica dos resultados. O que fazer entao? Definir as premissas da SEP e contratar um manager. Mais ou menos como tentou o Atlético paranaense com o Autuori. Mais ou menos como foi o Parreira um dia. Vamos supor, apenas por um momento, que existisse o chefe do tecnico. O tecnico cai…mas o chefe do tecnico nao cai…ele fica…tipo Ferguson. O Mattos nao seria esse manager. Essa figura deveria zelar apenas pela manutenção de uma extensa cartilha que premiasse aspectos disciplinares, tecnicos e numericos. Quando o treinador caisse assumiria o chefe do tecnico…. é uma ideia interessante. Cara, é verdade, mas interessante. Um ex ,jogador? Um expert? Um tecnico aposentado que soubesse do riscado? Tipo Felipão…tipo Sampaio…tipo Autuori? Alguém que nao tivesse aspiração de ser o treinador…mas o esteio da cartilha…

  10. Eu fiquei com uma dúvida ao ler o trecho:

    Ao demitir o treinador campeão nacional, o clube que se candidata a ser o principal protagonista do futebol no país nivela-se à mediocridade geral num cenário que descarta técnicos em média a cada cinco meses.

    Na coletiva de sábado, o presidente alegou que o representante do treinador o tinha contatado visando o rompimento por “comum acordo”.

    Seria viável compatibilizar as duas falas?

    Abrazzo.

    1. A hipótese do trecho destacado, ficou evidente somente na demissão de Eduardo Baptista, isto é, se a demissão foi motivada devido a volta de Cuca ao mercado.

    2. eu duvido “peremptoriamente” dessa declaracao. Me parece muito mais um arranjo das partes para não desgastar o Cuca, que acredito que entrou 100% com bunda nessa história.

      Até porque, se formos puxar pela memória, o Cuca declarou firmemente há cerca de duas semanas que NÃO IA LARGAR, que IA ATÉ O FIM.

      abs

      1. Bom, não tenho as mesmas informações internas que você Conrado, portanto talvez você saiba de algo que nós não, mas apenas pelas informações públicas dos fatos, especialmente conhecendo o temperamento dos envolvidos e tudo o que se passou, não consigo ter toda essa ‘peremptoriedade’ não.

        Acho que seu argumento faz enorme sentido, mas não duvido nada de ‘não ser bem assim’.

        Não acharia nada estranho o Cuca dizer: “basta, pra mim já deu!”, até porque, que ele estava desgastado e desgostoso é bem óbvio e acredito que boa parte desse desanimo tem a ver com a diferença de postura entre Nobre e Galliote, especialmente o fim da blindagem e respaldo ao trabalho.

      2. Tbm não acredito no papinho do Galinhote. E vou além: o Cuca tava de saco cheio já! A questão FM deve ter sido muito dolorida para ele. A Direção intervir e recolocar o jogador nos treinos e ele “ter” que relacionar o cara que o ameaçou e falou aquele monte. Aí, num jogo truncado, no qual o Bahea estava melhor, Bruno Henrique pede pra sair e ele manda a campo FM… Ali ele jogou a toalha, pq era o momento para matar o jogo e não para correr os riscos e aumentar a marcação (que não aumentou). Veio o empate e quase a virada… Jogou a toalha descaradamente! Não sei se ele agiria assim com Paulo Nobre, até porque PN resolveria tudo de outro jeito, talvez nem trazendo FM. Sei lá…

      3. Mas dois dias antes de declarar isso firmemente deu uma declaração bastante dúbia quanto à sua permanência, bem como já havia colocado seu cargo a disposição outras duas vezes em coletivas após eliminações, e supostamente uma terceira quando do caso Felipe Melo.
        Concordo com o que o Saulo sugeriu quanto ao fato do Cuca ter sido obrigado a engolir o FM ter sido a gota d’água para o treinador, mas por outro lado esse Cuca de 2017 em momento nenhum me lembrou o profissional focado e motivado do ano passado.

  11. Se existe algo bom nessa demissão, é que o ode ao Cuca acabou, e o próximo técnico vai poder trabalhar sem a sombra dele.

    Sobre o time, eu iria de Valentim até o fim do ano tranquilamente. Existem outros casos de sucesso recente nesse modelo de efetivação de interinos. Vale a aposta.

  12. Temos dois centro-avantes que juntos, custaram quase 50 milhões de reais. Temos dois dos piores laterais do campeonato. A diretoria aqui, insiste escalar jogador que não rende, e ainda trouxe um ex-volante em atividade que só presta para arrumar confusão e ficar suspenso. Qual a solução encontrada? Demite o técnico atual campeão, que voltou com o bonde andando após as lambanças do incompetente Eduardo Batista (!!!)
    Desperdiçamos nossa chance de nos consolidarmos como o time mais forte do Brasil, com patrocínio vultoso e boa administração (até ano passado). Agora, curtam aí os gambás serem campeões nacionais, e parte da torcida celebrando ter a porcaria do Felipe Melo no elenco.

      1. Acho que me expressei mal. Não disse que o Verdazzo compactua com esse percentual de nossa torcida, que idolatra Felipe Melo sem nenhum motivo plausível. Contudo, há que se verificar ser expressivo o percentual de torcedores palestrinos, que insistem nessa bobagem de “nem precisa ter técnica, basta ter raça” que endossa a permanência de jogadores como ele.
        Para mim, FM não tem nem uma coisa nem a outra. É somente um bufão metido a valentão que se acha líder. Para quem teve líderes como Zinho, Marcos e Ademir da Guia, chega a ser deprimente uma hipotética comparação.
        No mais, me desculpe se pareceu que eu condenei o Verdazzo em relação à postura quanto ao respectivo jogador. Mas a crítica vale para muitos dos nossos.

    1. Amigo, não se esqueça que o técnico campeão brasileiro largou mão do campeonato NA SEGUNDA rodada.

  13. Só um adendo, o ano não acabou ainda, não estamos classificados para a Libertadores de 2018 e ficar de fora seria um desastre completo. Infelizmente não dá para ficar só planejando 2018 e esquecer 2017, melhorar não dá, mas dá pra piorar e muito, muita atenção nas últimas rodadas.

  14. O Cuca não gostava do Felipe Melo, olhando do âmbito pessoal e do profissional também. Uma coisa respingou na outra e no fim das contas ele não queria mais ficar aqui. Que seja feliz onde ele estiver, mas menos feliz que a gente, claro.

    Com relação ao novo técnico, seja ele o Valentim, Mano ou qualquer outro: será que não existe como sentar com um cara pra falar dos planos dele e ouvir um planejamento de verdade, ouvir de um técnico que ele sabe o que fazer com cada peça que o Palmeiras possui? Eu acho que isso ultrapassada esse clichê de 442, 433 ou 451, o imediatismo acho que ainda vive porque ninguém consegue sustentar suas ideias, não porque não obtém resultados, mas porque não consegue mostrar que o caminho por onde o time vai o levará a conquistas e mais que isso, a incessante mudança de planos mostra que o time está à deriva e que o técnico é só mais um apostador com as fichas na mão.

    Se esse cara for o Valentim, que mau há nisso? Só que ele tem que ser rápido e preciso, ele só tem 2 meses pra mostrar que sabe o que quer.

    1. Essa papagaiada de 4 2 3 1 ou 4 4 2 é muito chato. O que importa MESMO é como vai marcar, quais serão as movimentações ofensivas, quais jogadores participam do ínicio, quais do meio e quais do fim das jogadas. Quais as alternativas? Posso jogar com bola na área mas qual a movimentação para criar melhores espaços para cruzar e ter mais jogadores na área? Aqui os técnicos não sabem nada disso.

  15. E os gamba ontem Fagner e Cassio, o empatite mostrou que ta no esquema da CBF, em convocar esses caras, sempre foi tecnico meia boca, nunca vez trabalho bom em time algum, nos gambhas deu sorte de o time encaixar, alias sorte não, sempre jogaram com 14 ai qquer tecnico é bom. e na selenike, com GJ,coutinho,Neymidia, Marcelo,e tantos outros bons jogadores fica facil ser tecnico

    1. O problema do Cassio não é o Cassio e sim o Vanderlei, do Santos, que ta pegando mais que ele se fosse ver bem merecia a vaga do frankenstein, mas dai sim a gente olha e vê que o relacionamento dele serviu como critério. O que da dó é do Gabriel Jesus, porque seria engraçado ver o Tite encher a seleção de gambá e ver eles serem eliminados por uma Suécia da vida ou então levar outro 7 a 1 da Alemanha. Mas o cara tá de boa né, tem Jesus no time comendo a bola, pode até levar os parças dele que o palmeirense da conta de resolver a parada.

          1. Mas o Neymídia NUNCA esteve nem aí pra nada à não ser ele próprio.

            E mexeu um pouco com ele sim, lembra do papelão que ele fez na Copa America logo a seguir, totalmente descontrolado!!

            Já o menino Jesus é muito mais empático, sentiria o peso e a responsa muito mais.

    2. Perfeito cara. Não vejo essa genialidade toda no Tite! Assim como você, é um cara aumentado excessivamente pela imprensa e por resultados manipulados e nem sempre ganhos no campo! Lembro no ano passado quando foi engolido algumas vezes para nosso time, sem reação nem soluções geniais. Aí vem com a ‘titibilidade’ na entrevista e tem gente que ainda acha que o cara é culto. hahaha

    3. Não quero defender o Tite até porque acho ele superestimado também mas Dunga e Felipão tiveram esses mesmos jogadores em mãos… O que interessa é que dá pra ser campeão mesmo com a ajuda que o SCCP sempre teve só ver ano passado. Eles serem ajudados não melhora nossa situação, é só uma muleta.

  16. Se fosse eu a decidir, manteria o Valentim até o final do ano. Neste período seria avaliado o seu trabalho, juntamente com o desempenho do elenco .
    Tiraria toda esta pressão insana, gerada principalmente pela imprensa louca pra caçar assunto.
    Daria toda a tranquilidade para a sequência do trabalho sendo o objetivo maior até o final do ano a evolução do time, os resultados têm que vir naturalmente .
    O ano já foi pro saco mesmo, mas pode-se aproveitar a situação para um reinício diferente de trabalho, sem toda aquela ansiedade criada no começo deste ano.
    Ganhamos a Libertadores em 99, mas o trabalho teve início em 97 com o vice do Brasileiro com o Felipão .
    Antes de termos a tal obsessão, temos que ter um time e organização interna.

    1. Valentin vai ser mantido até o final do ano. Fato. Porém, na minha opinião, já deveria ter sido efetivado há muito tempo.

      1. Acho que é numa hora muito boa, pois o cara vai trabalhar até o final do ano sem toda a pressão sofrida, principalmente, pelo EB .

        1. Amigo, Cuquinha teve inter-temporadas pra treinar o time, mas manteve Deyverson como referência… Será que era tão difícil perceber que atualmente o melhor ataque seria Dudu/Bigode/Keno?

          1. Pois é ….. torço para o Valentim se dar bem e ficar por um bom tempo.
            Trocar técnico toda hora é amadorismo .

    2. Concordo com você. Manteria o Valentim até o final do ano. Se os resultados forem bons ele seria efetivado. Já tem conhecimento dos jogadores e do clube. Participou da campanha vitoriosa em 2016 e já externou sua vontade de ser o técnico. Só optaria pelo Mano se ele já chegasse na próxima rodada.

  17. Só espero que o próximo técnico termine 2018 e comece bem 2019. Sou muito a favor de continuidade e trabalhos de médio prazo(no mínimo).

  18. Pela entrevista do Galiote foi o Cuca quem pediu para o seu representante procurar a Diretoria e dizer que ele estava desgastado e chegando no seu limite. Inclusive na entrevista, ele diz que novamente o Cuca alega problemas familiares.
    Junta-se o fato de que o Palmeiras não pagará a multa recisória, entendo que a iniciativa de acabar com o ciclo foi muito mais por parte do Cuca do que pelo Palmeiras.

    1. Vi que ele “largou mão” quando pôs o FM e o Borja em campo na quinta. Mas só entendi quando ouvi a notícia.

  19. – Nosso presidente afirmou que a vaga na libertadores é obrigação ……. Só ser for dele certo ????
    – Esta obrigação não pode cair nas costas de um técnico, por mais experiente que seja, que está chegando agora Cazzo …. são apenas 10 jogos com pouco tempo para treinamento.
    – Também não pode ser obrigação do Valentim que assumiu a bronca agora, mas como ele no comando acho menos difícil conseguir o objetivo, já que ele conhece bem o elenco .
    – Acho que um projeto sério manteria o interino até o final do ano, pelo menos, ajustes pontuais no elenco para o ano que vem, independente de jogar ou não a Libertadores .
    – Se o Valentim for bem até o final do ano, não vejo porque não efetivar o cara com o objetivo de ser Campeão Brasileiro, esta besteira de obsessão por Libertadores já deu no saco e pode esperar até 2019 .

    1. O Palmeiras precisa entender que não é porque tem bastante dinheiro disponível que precisa sempre recorrer ao mercado, muitas vezes gastando muito. Uma possível efetivação do Valentim, no caso do time apresentar evolução nessa reta final de temporada, depende muito da revisão dessa política.

        1. Com certeza! Um blogueiro da rgt foi cirúrgico quando disse que contratar da forma que o Palmeiras contrata não é profissionalismo, é amadorismo milionário.

    2. Discordo, acho que ser campeão todo ano não pode ser obrigação NUNCA!!! time nenhum no mundo é!

      Agora: VAGA na Libertadores é o minimo que pode ser tolerado da camisa mais vencedora do país, independente do investimento!!! É OBRIGAÇÃO SIM!!! SEMPRE!! Independente das situações ou circunstâncias, ainda mais agora que são 6 vagas!!!

      Claro que uma ou duas vezes por década até da pra admitir falhar, mas considerando que o ano foi MUITO RUIM e encarando como TEMPORADA FRACASSADA!!! O que sendo ocasional, podemos admitir, afinal ninguém pode corresponder sempre!!

  20. O Valentim tem de mostrar um esquema tático vencedor rápido e essas rodadas seguintes será crucial para seu futuro.
    Se até a partida contra os gambás for vencedora, Valentim cravara a sua permanência para 2018 com Palmeiras na libertadores assegurada.
    Caso contrário, Celso Roth poderia ser chamado, já ganhou a libertadores, tem experiência.
    Luxemburgo pode iniciar o proxeto do Paulistão já que o Palmeiras está na fila desde de 2008 mas ganhar a libertadores com Luxa é tirar leite na pedra.
    Abel é um bom nome e Mano mostrou que é o melhor técnico da atualidade ao lado do cavalo paraguaio Carile.

      1. Ainda bem que parou no Roth, pois depois vem a desgraça do Luxemburro mercenário que, para um palestrino, não é digno nem de passar na Rua Palestra Itália.

  21. O grande problema no Palmeiras e na maioria dos clubes é que grande parte dos torcedores analisam apenas o resultado e não o desempenho do time.

    No returno do brasileiro do ano passado não estávamos jogando bem mas os resultados estavam vindo. Nós todos aprovamos o trabalho de Cuca.

    Neste ano, novamente não estávamos jogando bem, mas os resultados não vieram e sobrou para o técnico.

    Não sei até que ponto esta forma de avaliar trabalho é a correta, pois desta forma não se consegue fazer um bom trabalho à médio e longo prazo.

    Eu torço muito para que Valentim consiga fazer o time ter um bom desempenho atrelado aos bons resultados para que assim consiga ter vida longa no Palmeiras. Mas infelizmente sei que à primeira derrota, as cornetas soarão…

    1. Se é para contratar Roger Machado, Abel ou Luxa, melhor manter o Valemtim. Aliás, nem sei se vale a pena apostar no Rueda. Meu preferido é mesmo o Mano Menezes, que faz tempo vem tendo fazendo bons trabalhos.

      1. Dos 6 mencionados em seu coment, Mano é de longe o pior.

        Se não tivesse ganho a Copa esse ano (e teve uma vontade enorme de perder: poderia ter sido eliminado por nós, mesmo após abrir 3×0 em 45 minutos, deveria ter sido eliminado pelo Gaymio, e deu toda a chance do mundo ao Flamimimi de levar, ainda bem que faltou-lhes competência…) ninguém estaria sequer cogitando-o como possibilidade.

        Ele tem um certo entendimento tático, mas seus defeitos se sobressaem muito mais (especialmente as negociatas e o mal-caratismo),ainda mais quando chegar aqui, onde tudo funciona diferente e a pressão é bem maior. Chances de dar certo, beemmm pequena!!

        1. Cara, sinto um asco tão grande por esse pseudo treineiro que não tenho nem comentado aqui quem apóia a chegada dele, puramente por respeitar a fratellada!

          Na boa, Abel, Roger, Luxa, Valentim ou até o Ventura, a MEU VER, estão à frente desse gambá maldito!

          Quantas vezes o vi comemorando provocando nossa torcida. Dá pra ver que o cara sente tesão em ser um babaca completo contra nós. E tem gente que o quer aqui. Depois vão reclamar qdo abrirmos 3×0 e ele quiser “fechar a casinha” e tomarmos um calor infernal! Totalmente ultrapassado. Que é extremamente bem assessorado nunca vou discutir, mas isso é pouquíssimo para treinar o maior de todos.

          1. Lembrando que ele ‘conseguiu’ jogar fora uma vantagem de 0x3 em MENOS de 20 minutos, e só não tomou uma invertida federal porque o Palmeiras após empatar o jogo, ao invés de ir como um touro pra cima pra concluir a virada, nitidamente tirou o pé, no melhor (ou seria PIOR) estilo “Missão Cumprida”. ‘Se’ tivéssemos um pouco mais de FOME, mantido a forte pressão, o ritmo alucinante e soubéssemos nos aproveitar do abalo psicológico, dava pra ter enfiado uns 6×3 naquele jogo tranquilamente…

          2. É aquela velha fanfarronice do pofexô que cansamos de ouvi-lo falar: “tem que ir pra bola como se fosse um prato de comida”. Se tivéssemos jogado aquele jogo dessa forma, na hr que o boxeador do lado de lá balançasse, 2 ou 3 golpes encaixando, seriam fatais, de fato!

          3. Uma hora dessas ele deve estar louquinho pra vir para cá com o pojeto dele.

          4. Sem falar que é um mal educado, que sempre trata os repórteres com uma arrogância sem tamanho.

          5. Concordo, mas não é porque merecem que tem que se rebaixar ao nível deles e de fato ser mal-educado mesmo.
            Qualquer um do meio sabe que aturar os malas da imprensa faz parte, e portanto não deveria se portar dessa forma, à não ser é claro dar AQUELA patada ocasional, quando os caras extrapolam demais.

      2. Se o Valentim não for bem, tem 3 opções. A primeira opção é ABEL BRAGA, a segunda é o TREINADOR DO TAPETENSE, a terceira é o ABELÃO.

        1. kkkk, como eu convivi com um tapetense doente durante algum tempo na época da UNIMED e acompanhei, por tabela, ‘de perto’ o trabalho e o estilo dele, posso garantir que o Abelão não leva nem um mês pra deixar nossa torcida estressada e irritada com sua ‘filosofia de jogo’ rsrsrsrs.

    2. Essa questão de ganhar jogando mal é relativo. O GAM provavelmente será campeão jogando o pior futebol de todos os campeonatos por pontos corridos. Sem falar que estão devendo até a grama da “arena” deles. Quem está jogando praticamente sozinho nesse time é o Jô, vulgo Sem Sensibilidade No Braço. 2018 brigarão para não cair.

      1. Rubens, o ganhar jogando mal só é aceitável até o momento em que você continua vencendo.

        A partir do momento que você começa a perder, todos os problemas veem à tona.

        Se o Gambá for campeão, o que eu duvido muito, irão exaltá-lo, apesar do péssimo futebol.

        Se perder, todos os problemas do péssimo futebol aparecerão…

  22. Para mim o pior é que nem Torcida, nem Dirigentes(Incluindo Mattos), nem a maioria da Imprensa sabe distinguir momento de oscilação de um trabalho de não haver evolução nenhuma.

    Para saber isso é necessário entender muito de futebol e saber se os treinamentos mostram evolução e avaliar se os jogos não encaixaram(não aparecendo o resultado) por motivos diversos.

    Exemplo Eduardo Batista. Se ele foi demitido por causa da disponibilidade do Cuca no mercado e não por falta de comando dentro do Grupo de jogadores, foi um erro.

    Se ficássemos com ele muito provavelmente perderíamos a Libertadores e a Copa BR, mas no BR provavelmente estaríamos melhores colocados. Porque o estilo de jogo estaria mais consistente desde
    o inicio do BR, com menos oscilações como as apresentadas por Cuca nas 10 primeiras rodadas.

    Isso óbvio são suposições, mas como os Dirigentes não tem essa convicção no Trabalho dos técnicos que contratam não lhes dão o tempo necessário, que para mim seria de uma temporada inteira, mesmo sem resultados(títulos), mas se o time apresentar melhoria de desempenho isso importa.

    City contratou Guardiola!!!! Isso o Guardiola e não ganhou nada temporada passada! Não houve nem cogitação da possibilidade de demissão do técnico. Mas, o Futebol BR ainda falta muito para chegar a isso.

    1. Creio que este aspecto que vc apontou é fundamental: o único “indicador” a que a maioria de nós está habituada é o resultado, i.e. “se ganhou é porque tá bão” e vice versa.

      A análise que se vê mais frequentemente constitui-se de seguir o cara com a bola e, no fim do jogo, se tivermos visto vários bons lances individuais, concluiremos que “o time jogou bem”.

      Focar a movimentação dos jogadores, esforçar-se por distinguir as linhas que se formam e/ou se recompõem ao longo dos jogos, identificar a rota da bola cruzando as linhas, discernir preferência por bola longa ou bola no chão e outras tantas variáveis que compõem o tal padrão tático.

      Todos esses acima e outros que podem ser adicionados são aspectos de difícil detecção e que, na verdade, ao longo de uma temporada, determinam o desempenho de um time. E a maioria de nós — torcida, dirigentes e “emprensa” — não consegue ver, mas ainda assim, arroga-se o direito de espinafrar, pressionar e, no final, conseguir forçar a saída de treinadores.

      1. Muito interessante a sua análise. Eu por exemplo vi o ápice do estilo de jogo com o EB na curta passagem dele no empate contra o time argentino, primeiro jogo da Liberta. E ali não houve resultado. O resultado veio no jogo seguinte clássico contra SPFWeek.

        A partir dali o time variou oscilou muito e teve outro bom jogo contra o Santos na vila, mas lá também apresentou problemas de desempenho apesar do bom resultado.

        Ontem por exemplo a primeira coisa que me chamou a atenção foi a linha de 4 homens a frente dos zagueiros durante a saída de bola. Se puder pegar alguns lances do jogo veja. Os dos zagueiros ficaram recuados em linha e tinham 4 opções de passes, as vezes 6 opções, pois voltavam jogadores da frente ajudar na transição. E lógico a marcação por Zona que é taticamente mais moderna em geral que a Individual usada por Cuca.

        1. eu não consegui enxergar com a lucidez q vc externou, mas o que me chamou atenção mesmo foi a parte da marcação não ser individualizada e não haver um esforço tão intenso de retomada da bola, algo que desgasta menos o time. vou buscar mais lances do jogo pra identificar os outros pontos.
          abrazzo.

          1. Cara acabei de ver uma declaração do B. Henrique em entrevista de hoje que
            o Valentin se inspira no Nápoli. É a coletiva de hoje.

            E veja que a acima te falei a saída de bola é tipo um 2-4-4.
            Cara to assistindo reprise agora City x Napoli na Champions, o Time do Sarri se comporta exatamente desta forma para sair jogando em vários momentos do jogo. Um 2-4-4.

            O Valentin vai aplicar algumas táticas do Sarri aqui no Verdão, acho que assim que
            ele tiver tempo para treinar o time veremos melhor ainda a evolução!!!

          2. valeu pelo toque. não tive oportunidade de ver a entrevista do BH. vou rever este tape a que você se refere. Abrazzo.

    2. O problema é acreditar na avaliação de uma imprensa “viciada”… Ano passado não jogamos um futebol vistoso em todos os jogos, mas em alguns poucos. Em outros, tínhamos o resultado. Éramos taxados de “não convincente”, “futebol e estratégias fracos” e até amplificaram o tal cheirinho até cansar – e virar chacota – o que impulsionou árbitros a errar cada vez mais e repetidamente a favor dos mesmos de sempre, que “incomodaram” até as últimas rodadas.

      Nesse ano, com um líder que praticamente só se apóia em resultados e joga por uma bola, num futebol mil vezes mais feio que o nosso de 2016, temos uma imprensa que rasga elogios para esse anti-jogo baseado na retranca, cera e porrada! Basta dar uma rápida olhada nas manchetes e na “seleção do campeonato”.

      Se não fizermos nós mesmos a nossa avaliação, alinhada à mídia Palestrina, teremos dificuldades de seguir acreditando e até apoiando nosso amado Palestra. Assim, nunca teremos um elenco ideal, um técnico “estrategista” e questionarão até a qualidade dos cantos da nossa torcida (já teve mimimi até pelo “nosso hino nacional”)!

      1. Saulo a diferença que vejo dos itakera para nós, fora a torcida da ItakeraNews. É a forma de jogar. Os alvinegros usam táticas modernas de “retranca”, ou seja, linhas compactas, marcação por zona. E atacam também usando conceitos modernos, como triangulações.

        Já o nosso time em 2016 só usava um dos pilares do futebol ATUAL a marcação pressão no homem da bola. Que obteve mais sucesso no primeiro turno, por coincidência quando jogamos melhor. Fora isso nos baseávamos em Marcação Individual e bola parada, que é sim arma importante no Futebol Moderno. Mas, não apresentamos os conceitos que o “Futebol Moderno” ama que são triangulações, Marcação por Zona. Enfim, além de muitos da imprensa não terem a mínima vergonha de mostrar a antipatia pelo Palmeiras ainda fizemos eles engolirem seu tatiquês com o Título com conceitos ditos “ultrapassados” e que de certa forma sim precisam de atualização, vide o atual trabalho do Cuca.

        Ontem só para não deixar passar, apresentamos a marcação por Zona. E outra coisa que me chamou atenção foi a linha de 4 a frente dos 2 zagueiros, então para a saída de bola tínhamos de certa forma um 2-4-4, para dar mais opções de passe vertical a quem estivesse com a bola. Achei muito legal isso é dedo do Valentim.

        1. Gostei da sua avaliação da mudança com o Valentim. Realmente vi isso ontem. Mas sobre as táticas deles, vc se esqueceu da “triangulação” Juiz>Bandeiras>Adicionais>Cera. Vou chutar baixo: esse “quarteto” tem, no mínimo 15% dos pontos deles no brasileirão.

          Ainda acredito e acho que essa compactação é uma das mais fortes armas que uma equipe pode ter, mas exige um preparo físico, comprometimento e encaixe monstros.

  23. Perguntas a serem respondidas, ASAP:

    1 – Se o desempenho do time deslanchar com boas soluções táticas e comunhão dos jogadores, Valentim poderá ser efetivado? Ou não fará diferença alguma?

    2 – Considerando que FM está todo pimpão e ciente de seu poder de minar ambientes e derrubar técnicos, o próximo treinador – seja lá quem for – terá que se submeter aos caprichos do volante?

    1. o que derrubou o técnico foram os péssimos resultados; tem que parar com esse negócio de que o fm manda no Palmeiras, porque ele não é nada além de um funcionário do clube..

      1. São coisas diferentes e cada uma delas deve ter sua respectiva solução.

        De um lado vieram os resultados ruins.

        Do outro, vejo o seguinte cenário: uma empresa com um funcionário que se acha no direito de desrespeitar a hierarquia a ponto de ameaçar fisicamente seu superior causando ruídos que não são silenciados pela direção por pura incompetência. Isto é aceitar que qualquer um desrespeite a instituição Palmeiras. Esta situação abre precedentes inaceitáveis e tem TUDO para acontecer novamente.

        Ah, e também não vou parar de dizer que, a despeito de sua boa capacidade técnica, FM desagrega MUITO mais do que agrega.

      2. FM não manda em nada, mas tem uma incrível capacidade desagregadora no elenco. Tem que ser neutralizado ou descartado (com ou sem multa). Infelizmente, por causa desta “capacidade” ele tem que ter uma atenção especial do novo técnico.

        1. Quanto ao tema “desagregação” não podemos colocá-lo como bode expiatório (mas também longe de quer tê-lo no elenco do ano que vem). Afinal os jogadores percebiam que o Cuca há muito insistia em um padrão de jogo que não dava resultado, e em jogadores que estavam jogando mal. Querendo ou não isso vai gerando questionamentos internos quanto ao modo como o comandante toca o barco

    2. Com ou sem FM, o trabalho do Cuca deu pouquíssimo retorno. O próprio treinador acabou entrando em consenso com a diretoria após o brochante empate contra o Bahia. Restou apenas a sensação do “já deu o que tinha que dar”. FM apenas conseguiu aparecer mais com aquele estardalhaço todo (é disso que ele gosta), e a torcida (generalizo mesmo) acabou dando mais atenção a sua “existência” do que deveria (em diferentes reações e opiniões).
      Foi FM derrubou Eduardo Baptista? Não. Qual a grande diferença entre o Palmeiras do Cuca e o Palmeiras do EB?

  24. Eu gosto demais do Cuca (foi ele o verdadeiro protagonista do enea), mas o técnico confiante e corajoso de 2016 sumiu este ano. Não apenas pelo aproveitamento pífio de pontos, mas pela falta de atitude, vibração e ousadia. O Palmeiras é um time que pulsa como coração de adolescente em festa de formatura e simplesmente não sabemos ser de outro jeito.

    Sua ideia de time em 2017 jamais deixou de emular o de 2016, mesmo já estando manjado por todos e contando com gente diferente e qualificada no elenco: Luan, Felipe Melo, Michel Bastos, Hyoran, Raphael Veiga, Guerra, Keno, Borja, Willian Bigode. Nas mãos do Cuca, sempre fomos a banda de uma música só a ponto de muitos sentirem falta do “padrão” que havia com Eduardo Baptista.

    – Todo mundo tava vendo que o Jean passa por péssima fase física e técnica;
    – Todo mundo tava vendo que o Moisés ainda não aguenta jogar 90 minutos;
    – Todo mundo tava vendo que o Deyverson, voluntarioso, era um Egídio da frente;
    – Todo mundo tava vendo que o Guerra, até outro dia meme jogando de terno e gravata, passou a ser utilizado pouquíssimo;
    – Todo mundo viu que as entradas de Borja e FM afundaram o time do Bahia e só aconteceram porque Cuca, teimoso como uma zebra, resolveu “ouvir a torcida”e jogou a toalha com a bola rolando.

    Não acho que o CAG seja péssimo – está entre os 8 melhores do returno e tem bons jogadores como o goleiro e os meio campistas Ronaldo, Andrigo e Luiz Fernando. Se não fosse pelo Prass e por uma tarde possuída do Keno (muito mais jogador que R. Guedes), poderia ter complicado o jogo. Não complicou também porque jogamos com confiança e jamais deixamos de dizer em campo e na bola: se vierem pra cima vai ter goleada.

    Ao Valentim, repito o que disse no pré-jogo de ontem: entre sem centroavante, ou se achar melhor entre logo com 3. Desde que tenhamos quem dê a maldita bola para eles empurrarem pra dentro. Deixe Nossa Sra. e todos os santos em paz, eles estão ocupados demais com furacões, tiroteios e orações bambis. Comemore muito os gols e as vitórias – se elas vierem. Abrace o grupo, fuja das desculpas, encare os problemas de frente e grite para ninguém duvidar: o Palmeiras é gigante.

  25. EXCELENTE texto. JAMAIS veremos um texto tão analítico e equilibrado vindo dos “famosos” sites que cobrem o dia a dia do Palmeiras. Por essa e outras que apoio o trabalho do Verdazzo. No grupo de wapp a discussão é nesse nível. Parabéns Conrado!

  26. Eu acho que dificilmente no futebol de hoje um time perde injustamente, principalmente em partidas mata-mata em dois jogos. A causa do Palmeiras ter sido eliminado da Copa foi 1 gol no fim do jogo de lateral esquerdo e na Libertadores a causa foi um fliperama no fim do jogo, mas o que deu a esses gols o poder de serem decisivos, foi o fato de o Palmeiras ter jogado muito mal. Contra o Cruzeiro saiu do primeiro tempo tomando de 3 em casa, contra o Barcelona, não conseguiu fazer 1 mísero gol fora de casa e, em casa, fez somente um. Não fosse isso, poderia ter tomado gol de fliperama ou de lateral esquerdo no fim do jogo
    tranquilamente, que não faria diferença.

  27. Acho que se em vez de ficar preso ao ano passado,o Cuca tivesse usado as peças que tinha corretamente,teria conseguido,ele queria usar seu velho esquema de jogo,mas com os jogadores que tinha não deu,devia ter mudado o esquema,parado de escalar jogadores fora de posição,tem horas que tem que deixar a teimosia de lado,lembro no primeiro jogo contra a Chapecoense,ali ele perdeu o brasileiro ao entrar com time reserva,e jogado três pontos fora, depois começaram as experiências,e por aí foi,agora vamos começar tudo de novo, Valentim até fim de ano,depois técnico novo, jogadores novos,e volta o mesmo discurso,de ter tempo que é início de trabalho,enfim aquilo que estamos acostumados,torcer que dessa vez de certo,e pelo menos um título venha em 2018,sabemos que os campeonatos são difíceis, concorridos,mas o Palmeiras e oque mais investiu e tem pra investir,então pelo menos um é obrigação.

    1. Com o elenco que o Palmeiras tem à disposição, o Cuca ficar com papinho de montagem de elenco foi ridículo. Até porque a espinha dorsal de 2016 foi plenamente mantida e jogadores que arrebentaram em 2016 foram trazidos como reforço.

      1. Exatamente,o elenco e bom,o Cuca foi endeusado,e logo na primeira entrevista já foi falando que o time era fraco e precisava de reforço,já chegou deixando jogadores com moral baixa e desunindo a galera.

      2. Isso eu também critiquei. Nas últimas entrevistas, vinha com esse papo de montar o elenco pra 2018. A espinha dorsal de 2016 foi mantida, muitos reforços chegaram (alguns, inclusive, foram acertados ainda em 2016, com o aval dele) e agora o cara ficava com essa conversa mole?

  28. Sobre possíveis nomes, o site Lancenet divulgou nesses últimos dias que o Instagram do Carlo Ancelotti foi “invadido” por nossa torcida convocando-o a ser nosso treinador. A notícia alega que, por ele estar momentaneamente desempregado, acabou sendo considerado opção viável por uma parte de nossa torcida.

    1. Que coisa mais bizarra….

      Eu acharia ótimo.

      Mas em pouco tempo o Google Translate seria bombardeado com solicitações de tradução da palavra “burro” do português para o italiano.

  29. “Não deixa de ser interessante imaginar que se o Palmeiras não tivesse tomado um gol de fliperama em Guayaquil, e não tivesse tomado um gol de cabeça do lateral-esquerdo no Mineirão a cinco minutos do fim”.
    Não consigo imaginar um desfecho diferente:

    Contra o Cruzeiro no Mineirão, o Palmeiras fazia uma partida terrível e teve uma sorte monstruosa de achar um gol, após isso simplesmente parou de jogar tanto que não teve nem forças para atacar depois de tomar o gol.

    Contra o Barcelona o primeiro tempo foi bom, mas o segundo foi patético, de novo o time simplesmente desistiu de jogar futebol.

    1. Correto. O gol do Keno contra o Cruzeiro também foi de fliperama. O time não jogou nada.
      Já contra o Barcelona foi um time sem ambição de no mínimo jogar por um gol qualificado.

Deixe uma resposta