Os quatro jogos preocupantes da reta final do Paulista passaram relativamente alheios às críticas, pelo caráter decisivo que tinham. O time venceu o estadual e a alegria mascarou os problemas.
Seguiram-se mais três jogos muito ruins na largada do Brasileiro e não teve mais como tapar o sol com a peneira. Afinal, não eram apenas três jogos, e sim toda uma sequência, desde a volta da paralisação, em que o time tinha feito apenas um jogo realmente bom – justamente o que perdeu, no Itaquerão.
Nem a vitória arrancada no último lance contra o Athletico-PR aliviou a preocupação com o futebol pobre de recursos, de inspiração e de proposta.
Na coletiva pós-jogo, em Curitiba, Luxemburgo piorou a situação ao revelar que de fato proibiu que Marcos Rocha descesse ao ataque, configurando uma covardia inaceitável que explica em muito a falta de pegada no ataque.
Tudo mudou, e rápido
No clássico contra o Santos, tudo mudou. O time, mesmo enfrentando um adversário com atacantes velozes como Marinho e Soteldo, não se furtou a usar os laterais para atacar. A cobertura funcionou e o time permaneceu equilibrado.
A atitude dos jogadores, que passaram a dividir o foco entre ataque e defesa, e não só em não levar gols, também mudou. E com isso veio a inspiração para produzir. Bruno Henrique e Lucas Lima fizeram suas melhores partidas no ano e responderam às justas críticas que vinham recebendo.
Dois dos quatro pontos perdidos nos empates contra Fluminense e Goiás foram recuperados na inesperada vitória em Curitiba. O Palmeiras está em quarto lugar na classificação geral, com um jogo a menos; está em terceiro em pontos perdidos, com os líderes a uma rodada de alcance.
O time que há dez dias não ganhava de ninguém da Série A e que tinha que se preocupar com o rebaixamento porque não estava dando o menor sinal de reação é hoje um real aspirante ao título.
O que melhorou
A mudança na proposta de jogo de Luxa e da comissão técnica foi fundamental para a melhora na atitude de jogadores que vinham jogando amuados.
O estupendo rendimento técnico de Patrick de Paula é um diferencial à parte. O moleque está voando e certamente é um dos melhores, se não o melhor, jogador do campeonato.
Vamos torcer para que ele também saiba tirar a badalação de letra, como o fez com o peso da camisa e com a pressão de jogar clássicos e decisões.
A força do elenco começa a ser notada. Perdemos Marcos Rocha no primeiro tempo e entrou Mayke, que mesmo sem ritmo conseguiu segurar a barra. Do outro lado, Marinho precisou sair e o poder ofensivo do Santos minguou.
O que não teve nada a ver
A pressão estúpida feita em aeroporto e nas redes sociais certamente não influenciou em nada na mudança de atitude.
Jogador gosta de contato, real ou virtual, e aceita a cobrança quando ela é feita com respeito. Essa, feita com as mesmas palavras que seriam usadas num encontro casual, funciona.
Xingamentos e ameaças funcionam exatamente ao contrário e só desmotivam a performance. Dá para dizer que o Palmeiras reagiu APESAR dessas cobranças, jamais POR CAUSA delas.
Com a comissão técnica reajustando a proposta, com os jogadores renovando a motivação, tudo melhora. Se a torcida ajustar o tom da cobrança, que pode e deve ser dura, mas sem perder o respeito, teremos uma harmonia difícil de ser batida.
O que ainda pode melhorar
Este primeiro passo na reação nos anima a pensar nos próximos.
Nosso time ainda precisa de uma série de ajustes. A bola parada defensiva tem sido um problema. A ofensiva também não tem sido lá grande coisa.
Se as roubadas de bola no campo ofensivo têm rendido ótimos lances, a puxada de contra-ataques ainda parece muito descoordenada. Não conseguimos aproveitar as roubadas de bola no campo de defesa, com espaço no campo adversário.
Com o resultado na mão, é preciso saber segurar a vantagem. A bola ficou demais no pé do Santos nos 15 minutos finais. O mesmo aconteceu na final do estadual. O Palmeiras precisa reaprender a segurar a bola, colocar o adversário na roda, cavar faltas e fazer o relógio andar.
Preocupa também a sucessão de lesões musculares recentes. Nos últimos 30 dias, foram quatro (Luan Silva, Gabriel Veron, Felipe Melo e Marcos Rocha). No ano de 2019 inteiro, foram dez.
A comissão técnica pode pensar mais para a frente em tentar desenvolver – se o calendário permitir – um sistema mais desenvolvido e menos previsível de jogo. Mas antes precisa resolver o que é simples e seguir ganhando pontos.
Estamos numa posição interessante na tabela, com um dos elencos mais profícuos do campeonato e em evolução. A comissão técnica voltou a ficar firme no cargo. Vemos os principais adversários acumularem problemas. Hoje, só há espaço para otimismo, algo inimaginável há poucos dias.
No futebol, como sempre, as coisas mudam muito rápido.
O Verdazzo é um projeto de independência da mídia tradicional patrocinado pela torcida do Palmeiras.
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Foda é querer vender o Patrik de Paula justamente agora…inacreditável!
Não é por nada não, mas eu falei por aqui que devíamos mudar o esquema tático pra um 4-4-2… Ou seja, o Luxa me ouviu e deu certo.
kkkkkkk
eu >>>> Luxa
Hoje minha principal preocupação é um eventual negócio do Patrik. Existe algo que possamos fazer pra mostrar que precisamos dele?
Que precisamos dele, está claro. Difícil é conter o presidente de vendê-lo a preço de banana.
Uma vigília na frente da casa dele.
Eu acho que temos totais condições de ser campeões, o Luxa parece que pegou a mão do elenco, acho que vamos ter dificuldades em furar retrancas mas contra times que jogam e deixam jogar podemos sair triunfantes como foi o caso do clássico contra o santos que veio pra cima e deu espaços , os grandes concorrentes ao titulo brasileiro são flamidia e inter, o inter perdeu o principal jogador e o flamidia tem um professor pardal no comando que duvido que continue no comando até o final do ano.
As cobranças foram gerais da torcida, quando lançou a camisa nova nas redes sociais a maioria dos comentários faziam alusão ao futebol feio do time, se essas críticas mais lúcidas tivessem tanta repercussão quanto as agressivas feitas por uma minoria, os jogadores teriam “entendido” como o torcedor estava se sentindo
Gustavo Scarpa ainda tem que acordar, rony ainda parece um Maykon Leite…
A carência por promessas e talvez ídolos tem potencial de terminar com Patrick de Paula e o Gabriel Menino
William e Luiz Adriano são ótimos, se o lucas lima realmente acordou nós temos time
No futebol as coisas mudam muito rápido. Tomara que não mudem após os 2 próximos jogos.
Boa tarde. Tambem estou confiante! Acho que nosso elenco pode fazer novamente toda a diferença neste calendario muito apertado! Como foi dito no post, futebol tudo muda muito rapido. Até semana pasada estava no face cuspindo fogo nos jogadores kkkkk
E ainda dá para somar a tudo isso o fato do técnico não ter perdido a mão do elenco.
Os jogadores estão visivelmente atentos às instruções, sem intrigas e melindres via imprensa, colocando muito empenho quando estão em campo.
Curiosamente o único jogador que recebeu um “recado” do Luxa foi Alanzinho. O professor disse que o garoto precisa mostrar nos treinamentos que deve ser escalado. Ou seja: não está mostrando (neste momento, pelo menos).
Por isso chega a ser risível o nonsense da turba ensandecida gritando para demitir todos os meias e escalar….. Alanzinho.
E nesse Luxa – interessado, aguerrido – eu tenho fé.
no meu entendimento:
1. treinador estava experimentando uma ideia e percebeu que não haveria tempo de rotar a experiencia inteira (seria demitido antes).
2. pôs em campo conceitos já mais consolidados e de comprovada eficácia.
3. mesmo com a falta de fluência de jogos anteriores, fomos roubados contra TAP e contra Goiás: ambos os gols de empate nasceram de irregularidades.
4. Nosso treinador é um dos melhores de todos os tempos em todo o mundo.
— No ranking de treinadores com mais jogos dirigindo nosso time, ele é 2o colocado, perdendo só para OSWALDO BRANDÃO.
— E ele é o treinador que mais vezes dirigiu nosso time em conquistas de canecos.
— Tudo isso tem de ser levado em conta.
#ForzaLucsemburgo
#VamosPalmeiras
corrigindo: Lucsemburgo é o terceiro que mais dirigiu o Palmeiras, atrás de Brandão e de Felipão, segundo o Almanaque Verdazzo!
“Dá para dizer que o Palmeiras reagiu APESAR dessas cobranças, jamais POR CAUSA delas.”
Melhor frase do texto!!!