Palmeiras e FAM investem no marketing em ação de benefício mútuo

Fernando Prass em comercial da FAM
Reprodução

A Faculdade das Américas desenvolveu em conjunto com o Palmeiras um plano de marketing a ser executado no ano de 2018 cuja primeira ação é a veiculação, a partir de hoje de uma peça publicitária em TV aberta, cujos “atores” principais são atletas do Palmeiras.

Como todos sabem, a FAM é do mesmo grupo da Crefisa, patrocinadora do Palmeiras – as empresas dividem os espaços disponíveis nos uniformes do clube. As receitas advindas dessa relação chegam perto de 20% do orçamento do clube.

A Crefisa/FAM, com essa iniciativa, torna-se de fato uma parceira do Palmeiras, indo além do mero patrocínio. Os jogadores do Verdão entrarão nas casas de milhões de brasileiros caracterizados como profissionais formados nos cursos ministrados pela FAM, usando conceitos de neuromarketing importantes para chamar a atenção do espectador para as duas marcas: Palmeiras e FAM.
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A FAM se aproveita da imagem de atletas importantes e divulga seus cursos e sua marca. O Palmeiras promove a imagem de seus atletas de forma simpática e inspiradora para milhões de espectadores, inclusive crianças que ainda estão na idade de escolher o time por que irão torcer. É uma ação de benefício mútuo. Ganha-ganha.

Tudo só para “ajudar o Palmeiras”

Lamacchia, Mustafá e Leila PereiraLeila Pereira, dona da FAM e da Crefisa, não esconde de ninguém seu desejo por aumentar sua já grande influência política no Palmeiras para um dia se tornar presidente do clube. Sua importância nos bastidores do futebol é notória, mesmo sendo uma neófita no meio. E usa esse poder para se promover, dispondo do sagrado ambiente da Academia de Futebol para gravar vídeos pessoais publicados no Instagram, entre outras atitudes que não coadunam com a postura de quem quer “ajudar o Palmeiras”, como gosta de dizer.

Não há nada de errado em ter ambições políticas no clube. Mas para se sentar naquela cadeira, é mandatório percorrer todo o caminho, sem atalhos, algo que demanda um tempo que, ao que parece, Leila não quer esperar. Para encurtar a trilha, aliou-se a Mustafá Contursi – e rapidamente percebeu que o preço dessa proximidade é muito alto. Rompeu o vínculo, depois de já  tê-lo usado para um passo importantíssimo na abreviação da trajetória: a polêmica associação retroativa a 1996 que jamais foi provada documentalmente e que gerou rachas políticos profundos.

Leila diz querer ser presidente para “ajudar o Palmeiras”. Despreza o fato de que, na condição de patrocinadora, fica evidente o conflito ético. E seu posicionamento pessoal alterou de forma substancial a evolução da política do clube. Com exceção do vultoso volume de dinheiro que despeja no clube, não parece ser a melhor forma de “ajudar o Palmeiras”.

É isso que esperamos de um patrocinador

Ações de marketing onde o benefício é mútuo é exatamente o que Leila Pereira, através de suas empresas, pode fazer a mais do que fornecer 20% do orçamento anual em troca da exposição de suas marcas. Se o objetivo é mesmo “ajudar o Palmeiras”, planos inteligentes como esse, onde as duas instituições saem fortalecidas, é claramente o caminho correto.

Ao levar Fernando Prass, Dudu, Moisés, Willian, Lucas Lima e Keno aos lares de milhões de espectadores, associando a imagem do Palmeiras a conceitos nobres como educação, Leila Pereira alavanca a imagem de sua empresa e deixa milhões de palmeirenses, inseridos ou não na política do clube, mais satisfeitos ainda com a relação de patrocínio.  Desta forma, consegue aumentar naturalmente sua influência, sem atalhos, de forma positiva, sem ferir nenhum princípio ético e sem implodir a política do clube. Parabéns ao Palmeiras e à FAM pelo projeto, cujo primeiro passo já planta a curiosidade pelas próximas ações.


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