Abel Ferreira chega a 7 títulos pelo Palmeiras e ultrapassa Luiz Felipe Scolari

Abel Ferreira comemora a conquista da Supercopa do Brasil 2023 pelo Palmeiras contra o Flamengo em partida válida pela final, no Mané Garrincha.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Com a conquista da Supercopa do Brasil, Abel Ferreira ultrapassou Felipão e empatou com Oswaldo Brandão em número de títulos pelo Verdão

O técnico Abel Ferreira segue fincando cada vez mais seu nome entre os maiores técnicos da História do Palmeiras. Com a conquista inédita palmeirense da Supercopa do Brasil neste sábado, sobre o Flamengo, o comandante chegou a sete títulos e se tornou o segundo treinador com mais troféus pelo Verdão, empatado com Oswaldo Brandão e ficando atrás apenas de Luxemburgo (8).

Abel ultrapassou Luiz Felipe Scolari em número de conquistas pelo Palmeiras, onde está desde outubro de 2020. Felipão, considerado por muitos torcedores o maior da História do clube e o segundo que mais vezes dirigiu o Verdão, tem seis troféus.

Ao todo, a comissão técnica de Abel Ferreira soma 60% de aproveitamento em decisões disputadas – são seis conquistas em dez finais. Os títulos vieram na Copa do Brasil e Libertadores (2020); Libertadores (2021); Recopa Sul-Americana e Paulistão (2022); Supercopa do Brasil (2023). Os reveses foram para o Flamengo (Supercopa de 2021), Defensa Y Justicia (Recopa de 2021), SPFC (Paulistão de 2021), e Chelsea (Mundial de 2021). Vale destacar que o outro troféu é o Brasileirão, disputado em pontos corridos.

Ao todo, os portugueses acumulam 185 partidas à frente do Palmeiras, com 107 vitórias, 44 empates e 34 derrotas. Destes 185, 165 jogos foram comandados por Abel, 18 por João Martins e 2 por Vitor Castanheira.

Com Abel Ferreira, confira a lista dos técnicos com mais títulos pelo Palmeiras:

  1. º – Vanderlei Luxemburgo: 8 títulos;
  2. º – Abel Ferreira e Oswaldo Brandão: 7 títulos;
  3. º – Luiz Felipe Scolari: 6 títulos;
  4. º – Ventura Cambón e Humberto Cabelli: 4 títulos.

Veja aqui a lista completa de treinadores do Palmeiras e ordene pelo critério que desejar, usando os cabeçalhos das colunas.

Na História: Oswaldo Brandão é o personagem do dia 28 de dezembro

Na História: Oswaldo Brandão é o personagem do dia 28 de dezembro.
Reprodução

Com Oswaldo Brandão no comando, o Palmeiras conquistava seu 1º título nacional há 62 anos; há 75, o ex-técnico levantava seu primeiro troféu no comando do clube

A torcida palmeirense celebrou em 2022 o 11º título Brasileiro da História do clube após grande campanha de Abel Ferreira e seus comandados, que foram derrotados apenas três vezes durante toda a competição e dominaram as principais estatísticas. Para chegar ao 11º, no entanto, é preciso dar o pontapé inicial; e, nesta quarta-feira, comemora-se 62 anos da primeira conquista nacional do clube.

Em 28 de dezembro de 1960, o Palmeiras de Oswaldo Brandão recebeu o Fortaleza para o segundo jogo da final da Taça Brasil e não tomou conhecimento: aplicou um sonoro 8 a 2 visto por 40 mil espectadores, no Pacaembu. Até o momento, esse é o maior placar de uma decisão nacional da História do futebol brasileiro. Chinesinho e Cruz marcaram dois gols cada, enquanto Zequinha, Romeiro, Humberto Tozzi e Julinho Botelho também foram às redes.

O Verdão chegou à decisão após eliminar o Fluminense na semifinal. A Taça Brasil de 1960 reuniu 17 campeões estaduais do ano anterior.  O Palmeiras ingressou diretamente nas semifinais por conta do regulamento imposto pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos, atual CBF) à época, no qual ficou decidido que as Seleções Estaduais que chegaram à final do Campeonato Brasileiro de Seleções de 1959 dariam ao clube de seu estado o direito de entrar automaticamente nessa fase da competição – a Seleção Paulista foi a campeã.

Com o título, o clube também se classificou para a Copa Libertadores de 1961, torneio em que terminou como vice-campeão.

O primeiro de Oswaldo Brandão

Além dos 62 anos do primeiro troféu como campeão nacional, o Palmeiras também celebra nesta data, os 75 anos do primeiro título de Oswaldo Brandão como técnico do clube – segundo treinador mais vencedor da história do Verdão, com 7 conquistas, atrás apenas de Vanderlei Luxemburgo (8), e o que mais vezes dirigiu o Palmeiras, com 574 partidas.

A conquista foi o Paulista de 1947, sobre o Santos, a 13ª taça estadual do Verdão. A competição foi disputada em formato de pontos corridos, em turno e returno. Melhor equipe do torneio, o Palmeiras chegou para enfrentar o rival na penúltima rodada precisando de uma vitória simples para comemorar o título.

Mesmo jogando fora de casa, na Vila Belmiro, o Verdão venceu o adversário por 2 a 1, com gols de Turcão e Arthurzinho. Ao todo, a campanha palmeirense foi de 17 vitórias, 2 empates e 1 derrota.

Além das partidas disputadas no calendário, você pode conferir todos os jogos realizados pelo Palmeiras nesses gloriosos 108 anos de história, seja através da linha do tempo ou detalhando ainda mais pelos filtros do almanaque de jogos. O Almanaque do Verdazzo é o maior banco de dados do mundo sobre um time de futebol específico e o tira-teima definitivo para qualquer discussão em redes sociais ou mesa de bar. Acesse e aproveite!

Abel se torna o técnico com mais títulos internacionais da História do Palmeiras

Abel Ferreira comemora conquista da Recopa Sul-Americana após jogo do Palmeiras contra o Athletico-PR, durante segunda partida válida pelas finais da Recopa Sul-Americana 2022, no Allianz Parque.
Cesar Greco

Há pouco mais de 1 ano e 4 meses no Palmeiras, Abel superou Luiz Felipe Scolari em conquistas internacionais pelo clube

Zé Rafael e Danilo foram às redes e o Palmeiras levantou o troféu da Recopa Sul-Americana no Allianz Parque. Com o título sobre o Athletico-PR, Abel Ferreira alcançou mais um recorde em sua trajetória como comandante do Verdão: superou Felipão e tornou-se o técnico com mais títulos internacionais na História do clube.

São três conquistas no total (Libertadores de 2020 e 2021 e Recopa 2022) do atual comandante, ante duas do histórico treinador palmeirense (Libertadores de 1999 e Copa Mercosul de 1998) – além deles, outro técnico que também conseguiu um título internacional pelo Palmeiras foi Ventura Cambon, que foi o técnico na Copa Rio de 1951.

No Palmeiras há pouco mais de um ano e quatro meses, Abel Ferreira acumula outros feitos importantes. Ele é o treinador com mais jogos (45) e vitórias (27) no Allianz Parque; é o único a ganhar dois títulos em uma mesma temporada no século XXI; e é o comandante que mais vezes conquistou a Libertadores pelo Palmeiras (duas vezes – 2020 e 2021).

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Athletico-PR, durante segunda partida válida pelas finais da Recopa Sul-Americana 2022, no Allianz Parque.
Cesar Greco

No total, Abel já esteve à frente do banco de reservas do Palmeiras em 104 oportunidades, com 57 vitórias, 26 empates e 28 derrotasCom ele no comando, a equipe marcou 184 gols e sofreu 101.

Abel Ferreira iguala feitos de técnicos uruguaios em números de títulos pelo Palmeiras

O triunfo sobre o Athletico-PR foi o quarto troféu que Abel Ferreira conquistou em sua passagem pelo Palmeiras. Com isso, o treinador igualou os números de troféus dos uruguaios Humberto Cabelli, comandante em 5 temporadas, e Ventura Cambon, que treinou o clube em 19 temporadas.

Confira os técnicos com mais conquistas pelo Verdão:

  1. Vanderlei Luxemburgo: 8 títulos
  2. Oswaldo Brandão: 7 títulos
  3. Luiz Felipe Scolari: 6 títulos
  4. Humberto Cabelli: 4 títulos
  5. Ventura Cambon: 4 títulos
  6. Abel Ferreira: 4 títulos

Felipão sustenta marca histórica e pode até bater a Academia de 72

Em 24 de novembro de 1971, Oswaldo Brandão assumiu o comando do Palmeiras pela quarta vez. Após uma campanha medíocre na primeira fase do Brasileirão daquele ano e de um empate em casa contra o Coritiba, pela primeira rodada da segunda fase, Mario Travaglini foi demitido e o Velho Mestre foi mais uma vez chamado.

O time de Brandão não conseguiu avançar ao triangular final, e o Brasileirão daquele ano acabou nas mãos do Atlético, mas o Brasil veria, meses depois, nascer um dos times mais espetaculares da História do Futebol.

O ano de 1972 foi mágico para o Verdão. A Segunda Academia encantou o país e a escalação básica, até quem não é palmeirense, sabe decorado: Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir; Edu, Leivinha, César e Nei. Fedato, Madurga, Pio e Ronaldo, menos lembrados, também foram presenças constantes em campo.

Sob o comando de Oswaldo Brandão, aquele time magnífico só foi conhecer sua quinta derrota em 2 de novembro de 1972, 344 dias após o início dos trabalhos. É um recorde absoluto e praticamente inalcançável.

De volta ao presente

Cesar Greco/Ag.Palmeiras

Considerando que a partida contra o Bahia, no dia 2 de agosto, sob o comando do auxiliar Paulo Turra, marcou o início do trabalho da atual comissão técnica, já são 236 dias decorridos e o Palmeiras só perdeu quatro partidas desde então.

Sem cometer a heresia de comparar o talento dos jogadores das duas épocas, enxergando apenas os números: para bater o recorde da Academia de Oswaldo Brandão, o grupo atual precisaria se manter invicto até o dia 13 de julho. Na prática, teria que chegar até a Copa América sem perder, e ainda resistir à primeira partida das quartas-de-finais da Copa do Brasil, a ser disputada no dia 10 de julho, no primeiro jogo após a pausa.

Traduzindo em jogos, será necessário então resistir a mais 21 partidas (cinco pelo Paulista, nove pelo Brasileiro, três pela copa do Brasil e quatro pela fase de grupos da Libertadores) para alcançar a fantástica marca.

A tarefa é quase impossível. Mas o que este time sob o comando de Felipão conseguiu até agora já é a segunda maior sequência de um trabalho de um treinador antes de perder o quinto jogo. Nunca na História do Palmeiras outro trabalho demorou tanto para perder pela quinta vez – a não ser a incrível Academia de Oswaldo Brandão.

A temporada tem doze meses

Felipão

É comum notar na imprensa, dia após dia, críticas ao futebol do Palmeiras. Exigem que o time, em março esteja jogando “em todo seu potencial”. Esquecem, convenientemente, que a temporada tem doze meses e que o funil começa mesmo a partir da segunda metade de agosto, quando teremos as quartas-de-finais da Copa do Brasil e da Libertadores.

Temos que crescer na hora certa. De nada adianta estar voando nos estaduais. Quem mostra tudo o que pode agora está fatalmente condenado a sucumbir no fim da temporada, seja porque os jogadores viram o fio fisicamente, seja porque o time fica manjado taticamente e acaba sendo neutralizado nas fases decisivas.

Infelizmente nossa torcida segue entrando na ladainha de que o time “poderia estar jogando mais”. De fato, poderia – mas não é motivo para cairmos feito patinhos nos truques da imprensa, cujo único objetivo é aumentar a temperatura do caldeirão palmeirense.

Ricardo Goulart
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

As lesões de Goulart e Scarpa, em momentos distintos, atrasaram um pouco o desenvolvimento tático, mas mesmo assim o time segue evoluindo, tendo mostrado partidas muito consistentes. Com os dois jogando juntos, tendo ainda o suporte de Dudu, e temos um “potencial” de evolução muito grande pela frente.

E mesmo assim o time segue extremamente competitivo, tomando pouquíssimos gols e sustentando uma sequência histórica de muito respeito.

As oscilações são normais. Com exceção do paulista, que pouco vale, não há taças em jogo agora e nossa preocupação é avançar nas Copas e manter a pontuação suficiente para um lugar no G4 no Brasileiro. Na hora certa, com o físico bem administrado, é que devemos esperar este time mostrando “todo o potencial que tem” e deslanchando rumo às conquistas.

Não caia nas arapucas. Mantenha o olho em quem tenta desestabilizar nosso ambiente.  São inimigos do Palmeiras. Despreze-os. Valorize somente os bons profissionais e a mídia palestrina, que tratam nosso time com o respeito que ele merece.


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