Abel fala em tirar ‘ano sabático’ após o Palmeiras e sai em defesa de Rony

Abel fala em tirar ‘ano sabático’ após o Palmeiras e sai em defesa de Rony.
Divulgação

Abel concedeu entrevista ao podcast da Conmebol Libertadores, nesta segunda-feira

De contrato renovado com o Palmeiras, Abel Ferreira participou do podcast da Conmebol Libertadores na tarde desta segunda-feira e declarou que já tem um plano de carreira definido para os próximos anos: ficar no Verdão até o final do vínculo e tirar um ano sabático.

“Não tenho intenção nenhuma de ser técnico de seleção nos próximos anos. Projeto o que quero a curto e médio prazo, e hoje quero cumprir meu contrato [até 2024] com o Palmeiras. Quero estar aqui e depois tirar um ano sabático. Aí falaremos sobre seleções, clubes… aí veremos”, disse o treinador.

À frente do banco de reservas do Palmeiras há quase um ano e seis meses, Abel contabiliza quatro troféus conquistados e, no último sábado, alcançou sua nona final ao vencer o Red Bull Bragantino na semifinal do Campeonato Paulista.

“Gosto muito de fazer o plano da minha carreira. Vim ao Palmeiras contra a vontade da minha família, cheguei por convicção própria, porque estudei, sabia que era um grande clube que vai me dar chance de brigar por títulos. Assinei e renovei porque queremos continuar a lutar por títulos. Não sei se vamos ganhar, mas a ambição é continuar nas finais”, complementou.

Em quase duas horas de programa, o treinador falou de diversos assuntos. Dentre eles, sobre como enxerga parte da imprensa no Brasil.

“O jornalista veste muito a camisa, não pode. Tem que tirar a camisa para falar dos adversários. Se quiser fazer algo sério e honesto tem que tirar a camisa. Quando o Palmeiras joga bem, falar que jogou bem. Caso não, falar que foi mal. Tem que ser assim com todos os clubes. Não me interessa o time que você torce, tem que ser imparcial”, declarou.

Abel sai em defesa de Rony

Abel comentou também sobre Rony, que vem sendo utilizado como centroavante e às vezes é criticado pela torcida nas redes sociais. O comandante sabe que o camisa 10 peca em algumas oportunidades de gol, mas ressaltou sua importância para o time.

“O Rony, com a bola, é nota 7. Se ele fosse, com a bola, nota 9 ou 10, ele não estava no Palmeiras; estaria no Barcelona ou no Bayern de Munique. Não é à toa que já há muitos clubes que o querem. Muitas vezes, a melhor coisa para o jogador é saber qual nota ele é em cada quesito, e como pode evoluir. O Rony é um pouco afobado em algumas decisões que toma, mas no último jogo [diante do Red Bull Bragantino], ele já teve mais calma para tomar algumas decisões”, declarou Abel, que também revelou que pediu à diretoria que não o vendesse.

“Já recusamos propostas por ele. Eu disse na época para a diretoria: ‘Por favor, não vendam esse jogador!’. A proposta era de 7 milhões de euros e eu pedi: ‘Por favor, não vendam esse jogador, ele é muito importante não só para mim, mas para o Palmeiras’. Ele vai cometer erros, é claro, mas todo mundo comete. Eu cometo, o Messi, o Cristiano Ronaldo, o Neymar. O objetivo é tentar acertar mais do que errar”, concluiu.

Para finalizar, o treinador também elogiou todos os jogadores do clube. “Eles são os melhores profissionais com quem já trabalhei. Lá na Europa, os do Braga não gostavam muito de fazer Academia; os do Paok não queriam fazer um trabalho para evitar lesões, o pré-treino e o pós-treino. Cheguei aqui e vi que eles [os jogadores do Palmeiras] se dedicam o tempo todo. Espetacular”.