Palmeiras homenageia ídolos da 1ª e da 2ª Academia

Homenagem aos ex-atletas e ídolos que compuseram as equipes de 1960 e 1970, na Academia de Futebol, em São Paulo-SP.
Fabio Menotti

Ídolos como Ademir da Guia, Dudu, César Maluco, Leão, entre outros, receberam títulos sociais vitalícios

O Palmeiras recebeu, na tarde de ontem em seu Centro de Treinamento, os ídolos que fizeram parte da primeira e da segunda Academia para homenageá-los. Os ex-jogadores foram condecorados com um título remido do clube social, que os permitem usufruir das dependências do clube até o fim da vida e também participarem da política do clube.

Ao todo, 27 ex-jogadores das décadas de 60 e 70 receberam a homenagem, sendo que 14 estiveram presentes na cerimônia. Foram eles: Ademir da Guia, Arouca, César Maluco, De Rosis, Dudu, Edu Bala, Leão, Mário Motta, Nei, Picasso, Pio, Polaco, Procópio e Zeca.

Os outros 13 que não puderam comparecer ao evento e receberam o título à distância, foram: Eurico, Luís Pereira, Alfredo Mostarda, Leivinha, Madurga, Jair Gonçalves, Careca, Nelson Coruja, Julio Amaral, Rinaldo, Santo, Maidana e Baldochi.

O técnico Abel Ferreira esteve ao lado do presidente Maurício Galiotte e outros membros da diretoria na celebração, e entregou um dos títulos a Arouca, zagueiro português que atuou no Verdão de 1974 a 1977.

Ídolos do Palmeiras falam sobre receberem a homenagem

O primeiro ex-jogador a ser agraciado foi o Divino, Ademir da Guia, maior jogador da História do Palmeiras, com 904 partidas disputadas e 11 títulos conquistados. “Temos realmente que agradecer à nossa Sociedade Esportiva Palmeiras, onde passamos muitos anos, disputamos muitos campeonatos e vivemos muitas glórias. Obrigado, Palmeiras”, declarou.

Parceiro de Ademir no meio de campo palmeirense, Dudu também agradeceu ao clube: “A gente fica agradecido e muito contente por essas homenagens que o Palmeiras nos proporciona. E também por poder rever os amigos daquela época. Isso enche o nosso coração de alegria”.

Por fim, o ex-atacante César Maluco, segundo maior goleador do Palmeiras (182 gols) e que terá um busto de bronze no clube, também fez uma declaração sobre o recebimento do título remido.

“É uma honra receber este presente e reconhecimento do Palmeiras. Eu já era sócio e participei da vida política do clube como conselheiro, mas agora como remido é muito melhor. Me sinto privilegiado por ser duas vezes homenageado em tão pouco tempo. Primeiro, com a notícia que vou ganhar um busto na sala de troféus do Palmeiras, que meus bisnetos e gerações futuras poderão ver mesmo quando eu não estiver mais aqui. Depois, por mais esta ação nobre da parte do Palmeiras”, contou.

Aos 77 anos, morre Dario Alegria, ex-atacante do Palmeiras

Com três títulos no currículo pelo Palmeiras, Dario atuou entre os 1965 a 1967 no Verdão.
Reprodução

Com três títulos no currículo pelo Palmeiras, Dario atuou entre os 1965 a 1967 no Verdão

Faleceu na noite de ontem, em Paracatu-MG, Jurandir Dario Gouveia Damasceno, mais conhecido como Dario Alegria, aos 77 anos. O ex-atacante, que jogou no Palmeiras entre os anos de 1965 a 1967, morreu em decorrência de um AVC.

Dario começou a carreira no América-MG e, em pouco mais de um ano de profissional, foi contratado pelo Verdão, em 1965. O ex-jogador fez parte da Primeira Academia do Palmeiras e, pelo clube, conquistou três títulos: Torneio Rio-São Paulo de 1965, Campeonato Paulista de 1966 e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1967.

Depois que deixou o Verdão, atuou em diversas equipes brasileiras e também no Monterrey, do México. Pelo Palmeiras, além dos três troféus conquistados, disputou 88 jogos e anotou 21 gols. Uma das grandes partidas de Dario pelo clube foi em 12 de dezembro de 1965, quando o ex-atacante anotou dois gols na goleada por 5 a 0 sobre o Santos, de Pelé.

No ano passado, quando se completou 55 anos em que o Palmeiras representou a Seleção Brasileira na inauguração do Mineirão, contra o Uruguai, o ex-atacante, que entrou no segundo tempo da partida, foi personagem de uma reportagem especial produzida pelo clube.

“Foi uma satisfação imensa, um sonho que realizei graças a este clube que mora no meu coração. O Palmeiras me deu trabalho, comida, a chance de melhorar a vida da minha família e a honra de jogar pela Seleção. Aliás, pouca gente sabe que era para eu ter iniciado a partida contra o Uruguai. Só não fui titular porque o Júlio Botelho, que era uma bandeira do clube e do futebol nacional, tinha acabado de voltar ao Palmeiras para encerrar a carreira. Mas entrei no segundo tempo e dei a minha contribuição”, disse à época.

Dario fundou o Instituto de Defesa da Cultura Negra Afrodescendente

Longe dos gramados, Dario fundou o Instituto de Defesa da Cultura Negra Afrodescendente Fala Negra, que fica em Paracatu, com o objetivo de resgatar a história dos negros escravizados no estado de Minas Gerais. A ONG oferece oficinas, como a de confecção de bonecas negras e outras atividades, como aulas de sanfona.

> Confira aqui a página com todos os jogos de Dario pelo Palmeiras.