Veiga e Scarpa falam sobre pressão vivida na final do Paulista 2020 e contam bastidores do tri

Veiga e Scarpa comemoram gol do Palmeiras contra o Atlético-GO, durante partida válida pela trigésima primeira rodada do Brasileirão 2021, no Allianz Parque.
Cesar Greco

Dois dos jogadores que mais atuaram pelo Palmeiras na temporada, Veiga e Scarpa foram os líderes de gols e assistências do clube

Raphael Veiga e Gustavo Scarpa foram um dos principais nomes da temporada 2021 do Palmeiras, que terminou com o título da Libertadores sobre o Flamengo, em Montevidéu. Com 18 gols marcados, sendo alguns deles em partidas decisivas, Veiga foi o artilheiro do Verdão, enquanto Scarpa, com 22 assistências, foi o líder em passes para gols.

Na tarde de terça-feira, os dois participaram do podcast PodPah e falaram sobre diversos assuntos, dentre eles a conquista do tricampeonato da Libertadores e a diferença entre as partidas contra Santos e Flamengo.

“O que ajudou a gente é que nós já tínhamos disputado uma final na temporada anterior. Toda a ansiedade e a pressão por ganhar aconteceu muito mais na partida contra o Santos. Fazia um tempo que o Palmeiras não ganhava uma Libertadores, então nós tínhamos que ganhar aquele jogo. Fiquei sem dormir durante uns dois dias. Para o jogo contra o Flamengo nós estávamos mais tranquilos, já havíamos passado por isso e soubemos conduzir melhor a ansiedade e nervosismo”, contou Veiga.

Antes da decisão acontecer, a equipe rubro-negra era apontada como favorita por grande parte da imprensa. Para os meio-campistas, no entanto, isso não afetou a preparação do time.

A dupla Veiga e Scarpa protagonizou vários lances decisivos na temporada 2021. Na foto, Gustavo Scarpa comemora gol de Raphael Veiga contra o Santos, durante partida válida pela trigésima rodada do Brasileirão 2021, no estádio da Vila Belmiro.
Cesar Greco

“Eu levo isso de uma forma mais tranquila. Umas das coisas que nos ajudou a vencer a partida foi realmente reconhecer que o time do Flamengo era melhor. Mas, por ser um jogo só, nós tínhamos chances, até porque também temos qualidade. Independente das brincadeiras, acho que isso não muda nada”, disse Scarpa, que prosseguiu falando de sua preparação.

“Cada um tem seu jeito de se concentrar, o meu é lendo livro ou vendo um vídeo de tutorial de bateria ou skate. Levei meu skate para o Uruguai porque já sabia que a gente ficaria três dias presos dentro do hotel, então eu iria andar pelos corredores”.

Veiga e Scarpa contam sobre a pressão antes da final do Paulista de 2020

Além de falarem sobre os títulos da Libertadores, a dupla comentou também sobre a pressão vivida pela equipe na disputa de pênaltis da decisão do Campeonato Paulista do ano passado, diante do SCCP.

“Eu não queria que aquele jogo fosse para os pênaltis porque é muita pressão. Não era uma sensação boa porque a gente já tinha perdido uma final para eles em 2018 e se a gente perdesse de novo, ia dar ruim. Eu particularmente estava muito nervoso e quando eu bati e fiz gol fiquei muito aliviado”, lembrou Scarpa.

“A gente conversou antes do jogo e não queríamos que fosse para os pênaltis, mas eu cheguei no Scarpa e disse pra ele que tinha sonhado que o jogo iria pros pênaltis. Por mais que a gente treine, há um frio na barriga. E o pior pra mim é a caminhada até a bola”, contou o camisa 23, que nunca desperdiçou uma penalidade máxima pelo Verdão, são 15 gols em 15 cobranças.

Na temporada, os meio-campistas participaram diretamente de quase metade dos gols anotados pelo Palmeiras (113 no total). Foram 30 ações para Scarpa e 24 para Veiga.