Campeonato Brasileiro 1981

Décimo-sexto colocado no Estadual de 1980, o Palmeiras jogou a Taça de Prata em 1981 – uma espécie de repescagem para a disputa que valia o título nacional.

Assim, 48 clubes disputaram 4 vagas para a Segunda Fase da Taça de Ouro da seguinte forma: seis grupos de oito clubes classificaram os dois melhores para a fase seguinte; os doze classificados foram divididos em quatro grupos de 3 clubes, onde o campeão de cada um, após quatro jogos, avançaria à Taça de Ouro. Os segundos colocados seguiriam na disputa pela Taça de Prata – esta sim, considerada um título de Série B.

Na primeira fase, o Palmeiras passou em primeiro lugar, invicto, por um grupo extremamente fácil, como o Inter de Santa Maria.

Na fase seguinte, os adversários no grupo eram Guarani e Americano. O time carioca venceu o Guarani na partida de estreia, em Campos. Na sequência, o Palmeiras venceu o Americano em casa e depois o Guarani venceu o Palmeiras em Campinas. Ao fim do “turno”, os três clubes estavam empatados com uma vitória e uma derrota.

O “returno” começou com uma goleada do Guarani no Americano por 4 a 1. O Verdão não conseguiu vencer o Americano em Campos, mas o empate sem gols foi suficiente para eliminar os cariocas e fazer com que o Palmeiras dependesse de uma vitória simples sobre o Guarani, na rodada decisiva.

O orgulho palmeirense estava em jogo. O maior campeão do Brasil estava jogando um torneio de segundo escalão, mas tinha a chance de dar a volta por cima, e justo sobre um clube que estava sendo grande pedra em nosso sapato. Mais de 33 mil pessoas superlotaram o Palestra e viram um jogo, antes de tudo, muito nervoso, catimbado e até violento.

O técnico Dudu sabia que o time do Guarani era mais técnico e, em suas palavras, mais “acertadinho”. Por isso, encheu o time de brios e tentou nivelar a partida na base da garra. E funcionou. O Palmeiras foi para o abafa e não deixou o time campineiro controlar a partida.

O primeiro tempo terminou sem gols, mas no segundo, a pressão deu resultado e O Verdão abriu o placar com Sena, num golaço em que partiu com a bola dominada desde o campo de defesa. O zagueiro Edson foi expulso depois de quase quebrar Paulinho no meio, e Sena fez o segundo gol de falta, aos 36. O tempo fechou, tivemos mais dois expulsos de cada lado, e o Verdão estava de volta à elite, bem rápido.

Na segunda fase da Taça de Ouro, o Verdão caiu num grupo com Inter, Sport e Goiás, e precisava ficar ao menos em segundo lugar. A torcida, que àquela altura era a que mais enchia estádios no país, lotou o Palestra e vibrou com a vitória sobre o Sport por 1 a 0, gol de Célio.

O jogo seguinte, no Pacaembu, serviu para despertar alguns palmeirenses do sonho: 46 mil pessoas viram o Inter vencer o Verdão por 1 a 0, sem dar chances. Nosso time era fraco parte da torcida começou a se dar conta. A vitória no Serra Dourada sobre o Goiás ainda iludia os mais confiantes. Ao final do turno, o Palmeiras tinha 4 pontos, contra 5 do Inter, 3 do Sport e nenhum do Goiás.

A casa começou a cair mesmo na rodada 4, com a vitória do Sport sobre o Verdão em Recife (3 a 1). O time saiu da zona de classificação e precisava de pelo menos um empate em Porto Alegre para poder resolver a parada contra o Goiás, em casa, na rodada final.

Foi quando veio o nocaute: o Inter massacrou o Palmeiras no Beira-Rio naquela que seria a “goleada nossa de cada ano”: 6 a 0, com show de Batista e Mário Sérgio. Eliminado, o Verdão apenas cumpriu tabela na última rodada; o Inter e o Sport avançaram para o mata-mata mas ficaram pelo caminho; o Grêmio venceu o SPFC nas finais, com um gol decisivo de Baltazar, e foi o campeão.

Campeonato Brasileiro 1981

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