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11/12/2016 - 17:00
O Verdão encerrou o ano de 2016 de forma brilhante. Com apenas três titulares em campo, o time venceu o Vitória com tranquilidade, mais uma vez fora de casa, e encerrou uma das campanhas mais brilhantes de todos os tempos nos campeonatos brasileiros.
Com o fim do Brasileirão, abre-se a temporada de especulações para o ano que vem. O Palmeiras já tem acertados três reforços e mais alguns engatilhados. A renovação do contrato de Alexandre Mattos aumenta a expectativa por anúncios importantes nos próximos dias.
O JOGO
Depois de mais uma emocionante homenagem às vítimas do voo da Lamia, o jogo começou da forma como se imaginava: em ritmo de amistoso de fim de ano. Ao Vitória, só uma combinação muito improvável de resultados o rebaixaria à Série B. E o Palmeiras jogava num 4-3-3 bastante solto, sem responsabilidade alguma, claramente em ritmo físico bem moderado e recorrendo muito mais à habilidade do que ao choque físico.
A primeira amostra de tudo isso aconteceu aos sete minutos, quando Leandro Pereira recebeu um lindo lançamento de Tiago Santos; dominou, chapelou Diego Renan, avançou, cortou para o meio e bateu forte – a bola bateu no pé da trave e saiu pela linha de fundo.
Num lance acidental, no entanto, o Vitória chegou ao gol: Marinho bateu falta da direita, por baixo; Alecsandro ameaçou cortar mas furou; Jailson acabou traído pela falha e pela movimentação na área e não conseguiu voltar a tempo, permitindo que a bola entrasse em seu canto direito.
Mas o Verdão, muito confortável em campo, logo empatou: aos 15, Fabrício fez um longo lançamento buscando Erik, que tentou a jogada individual no meio de três adversários e acabou desarmado; assustados, os defensores do Vitória erraram na hora de afastar a bola da área e ela acabou rebatida, caindo nos pés de Gabriel que soltou a bomba, sem chances para Fernando Miguel.
A notícia ruim veio aos 29 minutos, com mais uma contusão de Mina, que sentiu a coxa direita – as informações preliminares dão conta de que não se trata da mesma lesão que o afastou anteriormente. Em seu lugar, entrou Matheus Sales, empurrando Tiago Santos para a zaga.
O Palmeiras continuava jogando fácil e aos 38 chegou a mais um gol, incorretamente anulado pelo insuportável Dewson Fernando Freitas da Silva: na jogada ensaiada de escanteio, a bola foi batida no bico da grande área; Tchê Tchê acionou Erik, que cruzou de primeira, na medida para Alecsandro escorar, com o peito, para o gol – mas o juiz enxergou mão na bola e ainda advertiu Alecsandro com um cartão amarelo.
Mas cinco minutos depois a justiça foi feita: Fabrício fez linda jogada pela esquerda, avacalhou Diego Renan com um rolinho desmoralizante e tentou bater para o gol; a bola resvalou na zaga e sobrou para Alecsandro, que pegou de sem-pulo e venceu Fernando Miguel, fazendo um golaço e virando o placar. E assim acabou o primeiro tempo.
Mesmo com a derrota por um gol, o Vitória só seria rebaixado se Palmeiras e Inter, juntos, marcassem mais cinco gols. Diante da baixíssima probabilidade disso acontecer, o jogo foi mais lento ainda no segundo tempo. O Palmeiras ainda tentou mais uma jogadinha ensaiada no escanteio, com a bola sendo rolada para a meia-lua – Tchê Tchê fez o corta-luz e Fabrício chegou batendo, mas pegou na orelha da bola; a bola sobrou para Leandro Pereira livre, mas o chute saiu errado, por cima.
Marinho, aos 21, chutou com muita habilidade uma falta no travessão de Jailson, batido. Ainda houve uma ou outra tentativa de ir à frente de parte a parte, mas nada que fizesse os narradores subirem o tom. O rebaixamento do Inter já estava decretado e ninguém quis arriscar sofrer uma lesão no fim da temporada. Dewson Freitas apitou o fim da temporada.
FIM DE CAMPEONATO. É CAMPEÃO!
O Palmeiras encerrou o Brasileirão com uma das campanhas mais brilhantes de todos os tempos. Com 80 pontos, fechou a disputa com nada menos que 9 pontos de frente para o vice-campeão, que é o mesmo de sempre, aquele time que nada pode ser menor. Para o quarto colocado, o Atlético-MG, foram abissais 18 pontos – e até cinco ou seis rodadas atrás havia quem apontasse os mineiros como maiores candidatos ao título.
O cheirinho ficou pra depois. Os cariocas fanfarrões aproveitaram a simpatia da mídia o quanto puderam, “nunca um vice-líder havia sido tão bom”, mas acabou soterrado pela própria mediocridade, simbolizada pela sensacional renovação de contrato com Marcio Araújo. Merecem.
O segundo turno do Palmeiras foi impressionante: 44 pontos, o melhor turno desde que o atual formato foi instituído – o Palmeiras também havia sido o “campeão” do primeiro turno. O time também igualou o recorde histórico de vitórias (24) e terminou com o menor número de derrotas, melhor ataque e melhor defesa (consequentemente, melhor saldo de gols). Fora de campo, um banho: disparado, melhor público e melhor renda. Foi o melhor visitante e só perdeu o posto de melhor mandante para o Sintético-PR®.
Uma trajetória tão sólida, que ainda foi bombardeada por seguidos erros de arbitragem no primeiro turno, não poderia ter sido tão contestada como foi ao longo da disputa. Mas foi, e de forma vil, desprezível. Fomos vítimas de uma campanha abjeta da imprensa. Mas o time foi tão firme, graças ao profissionalismo de todos, desde o roupeiro ao presidente, que superou tudo e chegou ao título coberto de glórias.
Para fechar a sequência de grandes notícias, o SCCP ficou de fora da Libertadores, o que os fará deixar de arrecadar uma grande quantia de dinheiro que amenizaria a situação de seus combalidos cofres; e o Internacional, um dos clubes e torcida mais arrogantes de todos os tempos, vai para o inferno da Série B para tomar um banhinho de humildade. Vamos ver se aprendem algo.
Que venha o próximo ano. Foi um prazer gigantesco acompanhar toda esta trajetória junto a vocês, leitores e padrinhos eneacampeões. O ano de 2016 representou tudo o que esperamos do Verdão: protagonismo e título. Que nos próximos anos os títulos continuem a vir, preferencialmente rompendo as fronteiras de nosso país.
O maior campeão brasileiro está de volta.
VAMOS PALMEIRAS!