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13/05/2018 - 16:00
O Palmeiras perdeu o clássico para o SCCP em Itaquera por 1 a 0 e perdeu a chance de assumir a liderança isolada do campeonato. Com os resultados da rodada, o Verdão fica em quinto lugar, a dois pontos do líder, rigorosamente dentro da projeção idealizada antes do campeonato começar.
O Verdão fazia um bom jogo até tomar o gol, aos 38 minutos de jogo. Daí em diante, nada mais funcionou, o time se desmantelou e o adversário tomou conta do campo. Falhamos no lado psicológico.
PRIMEIRO TEMPO
Com Thiago Santos confirmado no lugar do suspenso Felipe Melo, o Verdão foi a campo com o que tem de melhor disponível. Aos 4 minutos, o primeiro chute a gol: após escanteio, nossa zaga afastou e Maycon emendou da meia-lua, mandando à esquerda de Jailson – Daronco inventou um escanteio.
A partir dos dez minutos nosso time resolveu subir a marcação e com isso passou a mandar no jogo. Keno foi pra cima de Sidcley e mesmo com pouco ângulo bateu forte – Cássio rebateu e o jogo seguiu. Aos 13, Borja bateu de fora após nova roubada de bola no campo de ataque – Cássio defendeu.
Aos 16, Henrique Princeso meteu a sola na barriga de Borja, mas a arbitragem fingiu que não viu. Aos 20, Borja cabeceou da meia-lua uma bola estourada por Thiago Santos – Cássio defendeu. Aos 23, Dudu aproveitou o espaço na intermediária, avançou e bateu de fora – Cássio defendeu de novo. O Palmeiras chegava ao gol do adversário com muito mais eficiência; o SCCP quando tinha a bola no pé, tinha problemas.
Só aos 30 o time da casa conseguiu construir uma boa jogada, com Romero pela esquerda – após o cruzamento, Gabriel aproveitou a sobra e bateu de frente, mas a bola desviou em nossa defesa e saiu a escanteio. Na cobrança, Jailson voou na área para afastar o perigo.
Aos 36, Keno tentou por baixo, a bola espirrou e ele conseguiu ligar de cabeça com Thiago Santos na marca do pênalti, livre, e ele meteu um foguete que explodiu na trave direita de Cássio. Na jogada seguinte, Pedrinho armou a jogada pela direita, passou entre Bruno Henrique e Thiago Santos e ligou com Jadson. Nossa defesa do lado direito estava desarrumada; Maycon passou por fora e recebeu na lateral da área, invadiu e cruzou; Jailson não conseguiu segurar e a bola passou, caindo exatamente no pé de Rodriguinho, que bateu com o gol aberto.
O Palmeiras desmontou. Até o gol, tínhamos um time focado, forte – com algumas peças abaixo da média, é verdade, mas impondo o ritmo do jogo e muito mais perto do gol que o adversário. O gol sofrido foi um golpe duro demais – mais do que poderíamos supor. Nosso time estava nocauteado em pé e a partir daí não conseguiu mais jogar bola, mesmo com o tempo de descanso no vestiário.
SEGUNDO TEMPO
Os dois times voltaram sem mudanças. A primeira tentativa foi de Romero, de longe, fácil para Jailson – Bruno Henrique respondeu no minuto seguinte, chutando por cima do gol. Aos 4, Keno invadiu a área na habilidade e Sidcley afastou; na insistência, Bruno Henrique bateu de fora e a bola bateu de casquinha no pé da trave direita.
Conforme esperado, o time da casa passou a fazer cera e a valorizar todos os choques. A bola passou a rolar menos e Roger tentou acelerar o ritmo trocando Lucas Lima por Guerra, aos 18. Aos 24, Thiago Santos deu lugar a Tchê Tchê. Num cochilo do nosso lado direito, Pedrinho desceu com liberdade pelo lado esquerdo e rolou para Pedrinho, que bateu forte, de chapa – Jailson fez uma enorme defesa, colocando a escanteio. Na batida de Jadson, Balbuena testou firme e a bola saiu raspando o travessão.
Aos 26, Jadson suspendeu na área para Rodriguinho, colocado como um centroavante; ele disputou pelo alto com Jailson, que fez um bloqueio de vôlei e impediu o segundo gol. O Palmeiras não conseguia reagir e o SCCP vivia seu melhor momento no jogo. Aos 28, Willian entrou no lugar de Borja.
Depois de mais um escanteio para o SCCP, nosso time conseguiu sair rápido em contra-ataque, com Keno, que tocou para Guerra, que fechou com Tchê Tchê – ele tinha outras opções mas preferiu bater para o gol e Cássio pegou sem muitos problemas. Aos 35, Pedrinho recebeu de costas para o gol, girou rápido e mandou a boa na gaveta direita de Jailson, que foi buscar.
Aos 43, numa jogada achada, Antônio Carlos cabeceou após cruzamento de Dudu, e a bola foi pela terceira vez na trave de Cássio. O Palmeiras continuou tentando o gol, mas de cabeça baixa, e mesmo que Daronco desse 15 minutos de acréscimo, o gol só sairia numa jogada aleatória. Aos 49, o jogo acabou.
FIM DE JOGO
Perdemos no psicológico – e isso também faz parte de um jogo tão cheio de detalhes como o futebol.
Temos jogadores melhores, estamos bem treinados, estávamos jogando melhor – aí uma sequência extremamente infeliz de eventos determinou o gol deles, e não soubemos levantar a cabeça e continuar jogando bola.
Menos mal que foi no Brasileiro. A derrota já estava contabilizada na projeção inicial – não na bola, como foi, e sim pelos roubos que desta vez foram represados.
Que este jogo sirva de lição – para nós, para aprendermos ter força mental em situações como esta; e para eles, para que saibam que é possível ganhar sem ajuda da arbitragem, e deve ser muito mais gostoso.
Bola pra frente, e VAMOS PALMEIRAS!