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23/10/2016 - 17:00
O Palmeiras não passou nem perto de jogar uma grande partida, mas fez o suficiente para vencer o Sport por 2 a 1 no Allianz Parque e chegou a 67 pontos na tabela. Com mais um tropeço do vice-líder, a diferença subiu para largos seis pontos, a seis rodadas do fim. Não dá para relaxar a esta altura, mas é inegável que o passo foi gigantesco e que ficamos muito próximos do objetivo.
PRIMEIRO TEMPO
Cuca armou o time de forma bastante ofensiva, com Barrios no comando do ataque, Jean deslocado para a meia e apenas Moisés na contenção, mais retraído. Com isso, o Sport achou um espaço que não costuma ter em quase nenhum jogo no campeonato e soube aproveitá-lo muito bem com seu trio de meias, sobretudo Diego Souza.
Assim, o jogo ficou franco dos dois lados, com a bola rondando as duas áreas com frequência. Quem mais aproveitou esse aspecto no início do jogo foi o Sport, com três boas oportunidades. Aos 4, Rogério roubou a bola de Mina na saída, abriu para Rodney Wallace que cruzou; Diego Souza chegou um pouco atrasado e não conseguiu concluir. Aos 6, Vitor Hugo fez falta em Diego Souza dentro da meia-lua; ele mesmo cobrou, mas pegou na barreira. E aos 19, Samuel Xavier apoiou em contra-ataque pela direita e cruzou por baixo; Rogério escorou mas não pegou em cheio na bola, que mesmo assim ia no cantinho – Jailson se esticou e fez ótima defesa.
O Palmeiras encaixou o primeiro contra-ataque aos 20, e foi mortal: bola ligada de Allione para Moisés, que girou o corpo e fez um lindo lançamento para Dudu, em velocidade; ele invadiu a área e tocou forte, na saída de Magrão, colocando a bola no canto esquerdo. O Sport reclama que antes desse lance teria havido um pênalti de Mina, após cobrança de escanteio. De fato, a bola resvala em seu braço, mas no movimento natural – e o desvio foi suave, mal desvia a trajetória da bola. Nada a marcar.
O Sport continuava aproveitando o espaço na frente de nossa zaga e tinha ótimo volume de jogo. Nosso time, com inteligência, aproveitava os contra-ataques e o jogo era muito agradável de se ver. Aos 32, pegou fogo de vez: após escanteio pela direita, Rithely no primeiro pau cabeceou no travessão; quase embaixo do gol Rogério aproveitou o rebote e empatou o jogo. Logo depois da saída, Moisés cobrou lateral na área e Mina cabeceou; a bola entraria no cantinho direito de Magrão que se esticou e salvou o time pernambucano. E o Sport armou um belo contra-ataque aos 33, com Everton Felipe ganhando na velocidade de Zé Roberto, e de frente para Jailson, bateu mal, para fora – “mérito” do pasto do Allianz Parque, que fez a bola quicar de forma irregular bem no momento do chute.
O Verdão assimilou o gol de empate e, novamente precisando do gol, tomou as rédeas do jogo. O Sport perdeu a iniciativa e deu o espaço que nosso time queria. Aos 37, Zé Roberto puxou o contra-ataque pela esquerda e cruzou; Tchê Tchê escorou, a zaga rebateu e a bola se ofereceu para Jean, que bateu de primeira, mas a bola saiu. Aos 39, Fabiano cobrou lateral rápido pela direita, para Moisés, que bateu forte para o gol mesmo com pouco ângulo; Magrão rebateu e Dudu bateu forte, por cima.
Aos 42 Allione puxou um belo contra-ataque, a bola foi enfiada para Barrios que bateu forte, mas a bola foi travada por Renê. Mas aos 45, saiu o segundo, e foi de Cucabol: Moisés bateu lateral na área, Barrios desviou e Dudu tentou escorar para o gol; a bola foi bloqueada e sobrou para Tchê Tchê, que bateu firme no canto direito de Magrão, fazendo o segundo e fechando o primeiro tempo.
SEGUNDO TEMPO
Se o jogo foi muito aberto no primeiro tempo, o panorama mudou totalmente na segunda etapa com uma mexida de Cuca: tirou Fabiano, puxou Jean para a lateral e posicionou Thiago Santos para trancar o meio. A mudança travou o futebol dos dois times e a bola passou a ficar muito mais na parte central do gramado.
Depois de 18 minutos sem maiores emoções, Daniel Paulista fez duas substituições: mandou a campo Apodi e Ruiz, nos lugares de Everton Felipe e Rodney Wallace, tentando explorar o lado esquerdo de nossa defesa. Cuca, por sua vez, trocou Barrios por Alecsandro. E foi Alecsandro que, sem querer, proporcionou a primeira chance de gol do segundo tempo: aos 23, ele espirrou o taco e a bola que tentou estourar foi para trás, se oferecendo para Apodi que emendou um chute de fora, de primeira, mas a bola saiu à esquerda de Jailson.
Depois da entrada de Cleiton Xavier no lugar de Allione, o Sport conseguiu enfim exercer alguma pressão: aos 29, Diego Souza tabelou com Ruiz e bateu forte, de esquerda, e Jailson fez uma defesa importantíssima. Na batida do escanteio, Matheus Ferraz subiu bem e testou firme, para mais uma defesa de muito reflexo de nosso goleiro.
Os ataques do Sport fizeram nosso time acordar e a partir daí o Palmeiras controlou o jogo, ligado, e ainda perigoso nos contra-ataques. Aos 38, Cleiton Xavier engatilhou de fora, sem marcação, mas não pegou bem na bola. Aos 44, Cleiton Xavier bateu falta da direita no segundo pau; Alecsandro desviou para o meio e Mina surgiu como centroavante, mas estava marcado e não conseguiu concluir a jogada de forma limpa. O Palmeiras cozinhou o final do jogo e garantiu mais três pontos.
FIM DE JOGO
Apesar do gramado ridículo, o Palmeiras conseguiu fazer valer sua maior superioridade técnica. Com muita confiança no controle do jogo – até demais, porque Jailson teve que nos salvar por duas vezes num momento crítico do relógio – nosso time segue enfileirando vitórias e somando pontos, enquanto os perseguidores vão ficando pelo caminho.
Apenas seis rodadas nos separam do título, sendo que podemos tropeçar até duas vezes. Se o time vencer o Santos na Vila Belmiro, na próxima rodada, colocará uma mão na taça – mas para isso, precisa jogar com mais intensidade do que hoje. A boa notícia é que teremos o reforço de ninguém menos que Gabriel Jesus. Então foco, sem salto alto, e VAMOS PALMEIRAS!