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28/09/2016 - 21:45
O Verdão foi derrotado por 2 a 1 pelo Grêmio no jogo de ida das quartas-de-finais da Copa do Brasil e agora depende de uma vitória simples daqui a três semanas no Allianz Parque para avançar à fase semifinal. O placar não foi nenhum desastre, dado que o time esteve atrás por 2 a 0 e não jogou seu melhor futebol.
PRIMEIRO TEMPO
Cuca escalou Fabiano na lateral, com Gabriel no meio e Tchê Tchê e Moisés mais avançados, tentando tomar o meio-campo armado por Renato Gaúcho, com Jailson e Ramiro abertos ao lado de Douglas. Mas o jogo acabou se desenhando muito vertical por parte dos dois times, com a bola passando pouco pela parte central do campo e pipocando nas intermediárias o tempo todo.
Diante desse equilíbrio, prevaleciam as defesas – as duas duplas de zaga rebatiam muito bem as perigosas enfiadas de bola de parte a parte. Melhor para o Palmeiras, que ao menos conseguia finalizar. Aos oito, Gabriel Jesus brigou por uma bola na direita e achou Zé Roberto fechando pelo meio; o veterano bateu cruzado visando o ângulo direito de Marcelo Grohe, mas a bola saiu por cima.
Aos 20, mais uma do Verdão: na bola parada da esquerda, Dudu levantou no segundo pau; Gabriel Jesus tocou de cabeça para o meio e Moisés tentou emendar, mas pegou mal na bola e ela foi fraquinha na direção de Grohe.
O Grêmio só conseguiu a primeira bola perigosa aos 28, num escanteio que Luan bateu fechado e a bola quase entrou direto – Jailson estava atento. Dois minutos depois, Gabriel Jesus puxou bom contra-ataque e tocou para Fabiano, que entrou de surpresa em diagonal; mesmo desengonçado ele conseguiu o passe para Roger Guedes na direita; o camisa 32 enxergou Dudu fechando no segundo pau e alçou, mas a bola quase entrou direto – Grohe aparou.
Aos 33, o Grêmio encaixou uma bonita jogada, contando com alguma sorte, e abriu o placar: o ataque foi construído em três toques, todos no limite: bola para Douglas, que se esticou todo para escorar para Ramiro, na direita. A defesa do Palmeiras estava bem armada e Zé Roberto estava no lance. Mas Ramiro, com a bola pingando, resolveu bater direto, mesmo com pouco ângulo, e conseguiu colocar a bola por cima de Jailson, na gaveta direita – ela ainda bateu na trave antes de entrar.
O gol deu moral ao time da casa e o Palmeiras recuou. Aos 36, Roger Guedes voltou para marcar e interceptou um passe perigoso, tocando a bola para trás; Jailson recolheu com as mãos e o juiz deu aquela falta que juiz nenhum dá: recuo intencional. Na cobrança, a bola foi rolada para Geromel, que bateu forte, mas Zé Roberto se atirou na bola e bloqueou o arremate.
O Palmeiras não se achou mais depois do gol e o Grêmio seguia mais perigoso; mas não o suficiente para merecer o segundo gol: na bola parada, Geromel, impedido, bateu com o ombro/nuca/costas no travessão; na volta Pedro Rocha tocou para o gol vazio e marcou o segundo gol gremista. Num jogo equilibrado, o Grêmio construiu um gol com muita sorte e fez o segundo numa jogada irregular. Aos 46, Luan ainda quase fez o terceiro, enquanto a defesa do Palmeiras tentava se reconstruir – da meia-lua, ele finalizou rasteiro, para fora.
SEGUNDO TEMPO
Cuca voltou para o segundo tempo com Leandro Pereira no comando do ataque e Gabriel Jesus aberto na esquerda – a surpresa foi quem saiu: em vez de tirar Fabiano, já amarelado, para colocar Gabriel na direita, Cuca sacou nosso pitbull, indo com tudo pra cima. Abriram-se muitos espaços no meio, e logo a um minuto Walace entrou na área na corrida, marcado por Tchê Tchê; o arremate foi bloqueado, mas na volta ele mesmo aproveitou a segunda chance e mandou à direita de Jailson, com perigo.
Mas o apetite ofensivo do Palmeiras também era outro e logo a três minutos a bola foi metida para Leandro Pereira que deu um ótimo toque para Gabriel Jesus, que saiu livre, de frente para Marcelo Grohe; o corte aconteceu e quando o menino artilheiro se preparava para diminuir o placar foi tocado pelo goleiro gremista – o juizão meteu na cal. Zé Roberto bateu com muita frieza, esperou Grohe definir o canto e rolou para o fundo das redes.
Com o gol saindo muito cedo, toda a expectativa de um segundo tempo aberto foi para o vinagre; os dois times estavam razoavelmente satisfeitos com o placar e não se arriscavam tanto em busca do gol. Mesmo assim, o Grêmio retomou o maior volume de jogo, esbarrando em nossa defesa. Aos seis, Luan bateu de fora, para boa defesa de Jailson.
O jogo entrou numa fase extremamente pegada, de muita marcação e entradas fortes. O juiz, que tinha feito um bom primeiro tempo apesar daquela marcação do recuo, se perdeu. Absolutamente todas as bolas lançadas para Leandro Pereira fazer o pivô foram paradas pelo árbitro, que dava falta de nosso camisa 30. O Grêmio respondia com bolas perigosas passeando em nossa área; nossa dupla de zaga passou a exibir surpreendente insegurança.
Aos 25, talvez o lance do jogo: Edilson foi ao fundo e cruzou rasteiro; Pedro Rocha dominou de costas para o gol; cercado por quatro palmeirenses ainda conseguiu rolar para Luan, livre, e o atacante bateu de primeira, de curva, tirando de Jailson, mas a bola felizmente saiu a centímetros do rodapé esquerdo.
Já com o jogo se encaminhando para o fim, Cuca trocou Roger Guedes por Barrios, e o paraguaio quase empatou aos 40: pela esquerda, Dudu bateu falta na área; Fabiano espanou e Barrios pegou a sobra do lado direito para bater cruzado, forte, exigindo uma excelente intervenção de Marcelo Grohe. Foi o último lance agudo da partida, com os dois times ainda tentando mais um gol mas sem arriscar demais.
FIM DE JOGO
Foi um jogo típico de mata-mata. O Palmeiras encontrou dificuldades com o estilo de marcação imposto pelo Grêmio em seu território e nosso jogo não fluiu. As más atuações individuais de peças-chave de nosso jogo explicam um pouco o baixo rendimento. O time gaúcho também não fez muito para merecer a vantagem de dois gols e os 2 a 1 acabaram ficando de bom tamanho para ambos. O Palmeiras tem plenas condições de conseguir a classificação no jogo de volta.
Chega de Copa do Braisl por enquanto; voltamos a pensar no Brasileirão. Serão cinco dias até o jogo contra o Santa Cruz, no Arruda. Cuca poderá repensar o esquema ofensivo, cada vez mais manjado pelos adversários, e usar o vasto elenco que tem à disposição para apresentar novas variações para chegar ao gol adversário com menos sofrimento. VAMOS PALMEIRAS!