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30/05/2018 - 21:45
Mais uma vez, o feriado venceu. O Palmeiras cometeu um erro defensivo e acabou derrotado pela contagem mínima pelo Cruzeiro, no Mineirão. Contra um time bem organizado e que se preparou muito bem para não deixar brechas para nosso contra-ataque, o Verdão teve dificuldades e acabou castigado com um gol no segundo tempo. Com 11 pontos, o time segue no bolo, um pouco mais distante da ponta da tabela: agora são cinco pontos – mas três deles podem ser descontados já na próxima partida.
PRIMEIRO TEMPO
Depois da execução de “Fratelli D’Italia”, o Hino Nacional Italiano, os dois ex-Palestras foram a campo sem grandes novidades em relação aos times esperados – apenas Lucas Romero entrou no lugar de Henrique no meio-campo azul. E o Verdão chegou rapidamente à área do time da casa: aos 29 segundos, Keno cabeceou após cruzamento de Dudu no segundo pau – Fábio defendeu sem problemas. A jogada começou com boa roubada de bola de Marcos Rocha e participação de Lucas Lima.
A marcação forte deu o tom dos primeiros minutos e o Cruzeiro não conseguiu usar a pressão de sua torcida para empurrar o Palmeiras para o campo de defesa – o Verdão, por sua vez, buscava as transições ofensivas rápidas, mas parava na ótima marcação do meio-campo mineiro.
Aos 12, na base da técnica, o Cruzeiro chegou pela primeira vez: Lucas Romero deu um passe por elevação para Egídio, em velocidade; o camisa 6 cruzou de primeira, sem deixar a bola cair, e Sassá cabeceou para fora.
Com o passar do tempo, era de se esperar que o Palmeiras ficasse mais à vontade no campo, mas o que se viu foi o oposto: o Cruzeiro jogava com cada vez mais intensidade e o Verdão cada vez mais se limitava a buscar os contra-ataques. Ninguém chegava com real perigo, mas o jogo seguia muito movimentado. Dudu conseguiu uma finalização aos 29 depois de arrancada pelo miolo, mas a bola saiu mascada e ficou fácil para Fábio.
O Verdão finalmente achou seu lugar no campo e conseguiu afastar o Cruzeiro, talvez cansado, de nosso campo de defesa. Nosso time passou a marcar um pouco mais alto; Thiago Santos roubou a bola no campo de ataque aos 36 e sofreu falta. Victor Luis bateu e Fábio encaixou. A disputa seguiu forte até o fim do primeiro tempo, mas os goleiros não levaram nenhum susto.
SEGUNDO TEMPO
Hyoran voltou no lugar de Lucas Lima, em busca de mais efetividade na troca de passes. A primeira chance foi aos seis: Marcos Rocha levantou para a área; Fábio socou para fora da área e Dudu recolheu pelo lado esquerdo; ajeitou e soltou uma bomba, cheia de veneno, que Fábio precisou mandar a escanteio. O Cruzeiro respondeu aos 9: depois de tabela pela direita; Robinho cruzou por baixo e Thiago Neves se esticou mas não conseguiu escorar; a bola passou por toda a pequena área e a defesa aliviou.
Aos 23, veio o erro individual que tanto vem nos atrapalhando na temporada: na descida pela direita, Edu Dracena tentou tirar de chaleira e errou; Sobis dominou e girou – chutou fraco no canto direito, e Jailson caiu errado para o canto esquerdo e viu a bola entrar devagarinho em seu gol.
Moisés entrou no lugar de Dudu e Hyoran caiu pela beirada. O Palmeiras se abriu e o jogo ficou franco. Aí Roger resolveu trocar Willian por Deyverson – a velha substituição mística. Sobis bateu uma falta no segundo pau, buscando Bruno Silva – ela provavelmente entraria direto, mas Jailson estava atento e afastou.
O Palmeiras não teve a menor força para reagir diante do forte esquema defensivo do Cruzeiro. Mano Menezes reforçou o meio-campo e formou uma barreira praticamente intransponível – sobretudo por um time que não tinha a menor inspiração. Os minutos finais foram como uma tortura para nossa torcida, que via o time atrás no placar e não ameaçava o gol adversário. Mas enfim o jogo acabou.
FIM DE JOGO
A derrota veio num erro individual, mais uma vez. Contra um time muito equilibrado entre defesa e ataque, a proposta de jogo do Palmeiras era correta, mas o gol sofrido desmontou o esquema de espera e contra-ataque, que podia encaixar a qualquer momento. Por outro lado, foi extremamente decepcionante a impotência do time quando passou a precisar do gol para evitar a derrota.
A apatia do elenco parece estar ligada diretamente à turbulência do clube fora de campo. O presidente permanece longe dos jogadores, que se vêem expostos a cobranças excessivas e vêem decisões importantes serem tomadas sem o aval de quem realmente deveria decidir. A sensação de falta de comando gera uma insegurança perigosa.
O clássico chega em boa hora. Depois de duas derrotas, a tendência é de enorme pressão sobre o plantel – mas em situações de confrontos domésticos, a torcida passa por cima do momento e abraça o time. É quase tudo o que eles precisam: apoio. Mas um pouco mais de criatividade e inspiração também são importantes. VAMOS PALMEIRAS!