Com exclusividade para o Verdazzo, Daniel Gonçalves, coordenador científico do Palmeiras, explica situação de Luan Silva

Daniel Gonçalves, coordenador científico da SE Palmeiras, em entrevista exclusiva ao Verdazzo
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Coordenador falou também da evolução da ciência no futebol e como foi o processo de recuperação de Gabriel Veron

Na noite da última quarta-feira, o VERDAZZO conectou-se em seu canal do YouTube com o Coordenador Científico do Palmeiras, Daniel Gonçalves. No clube desde janeiro do ano passado, Gonçalves abordou uma série de assuntos relativos à atuação do Núcleo de Saúde e Performance, que está sob seu comando. Um dos assuntos mais solicitados pela torcida é sobre a situação do atacante Luan Silva.

“O Luan chegou com uma lesão no joelho e fez todo o tratamento de recuperação. Infelizmente, em seu primeiro jogo ele machucou a coxa e, quando estava em fase final desta lesão, voltou a lesionar o mesmo joelho. É uma filosofia da instituição se preocupar primeiro com a pessoa física para depois se preocupar com o atleta”, iniciou.

“Hoje, além de estarmos trabalhando em sua recuperação, estamos preocupados com sua saúde mental e emocional. Atualmente ele está em um processo intermediário de recuperação; fazendo exercícios na fisioterapia. Está tendo evoluções, mas não é nosso perfil colocar prazos para o retorno. Cada atleta tem uma resposta individualizada”, acrescentou.

Daniel contou também que os profissionais do Núcleo de Saúde e Performance realizam reuniões diárias com a comissão técnica para passar as informações sobre cada atleta e deixou claro que o NSP não tem o poder de vetar um jogador que não esteja machucado.

“Nós do Núcleo de Saúde e Performance não temos o poder do veto a não ser que o atleta esteja incapacitado. Qualquer tipo de fadiga ou de limitação, a gente passa as informações para a comissão técnica; o João Martins participa de todas as nossas reuniões e ele é o responsável para fazer uma maior ligação entre o NSP e a comissão técnica”, explicou.

“Depois disso, a tomada de decisão é feita. A gente tem um score para classificar os atletas que estão melhores fisicamente e os que não estão. Mas isso não significa que o jogador que está em melhores condições irá iniciar a partida. Depende muito da estratégia, do contexto do jogo, e o que Abel vislumbra para a partida”, emendou Gonçalves.

Daniel Gonçalves fala sobre a inserção da ciência no futebol e do processo realizado com Gabriel Veron

O coordenador do NSP explicou ainda o processo de recuperação de Gabriel Veron e declarou que, apesar de o atleta estar recuperado, há um monitoramento especial sendo feito diariamente.

“O Veron é um atleta muito jovem e a gente ainda acredita que faltam alguns lastros para ele, como potência e força. Ele foi muito bem trabalhado na base, mas sabemos que as exigências no profissional são diferentes. Então como a situação de recuperar e jogar não estava sendo eficaz para o Veron, decidimos dar mais tempo para ele [na última lesão] e realizar trabalhos específicos. Mesmo que esteja recuperado, nós não deixamos de fazer os monitoramentos diários. Outro ponto importante é que o atleta está ciente de todos os processos que ele ainda precisa percorrer”, contou.

Por fim, o coordenador falou da inserção da ciência no futebol.

“A figura do cientista do esporte está mais inserida no futebol europeu do que no Brasil. Mas o Palmeiras é um clube de vanguarda e eu não sou o primeiro profissional e exercer esta função. É importante dizer também que, apesar de o clube contar com funcionários altamente capacitados e com um ótimo currículo acadêmico, somos profissionais do futebol. Trabalhamos em prol da equipe para que tenhamos resultados esportivos. Sabemos da nossa importância no assessoramento, porém também sabemos que somos coadjuvantes neste processo. O protagonismo é do jogador e da comissão técnica”, declarou.

“Em uma ocasião anterior me perguntaram sobre a interação com a comissão técnica portuguesa e a aprendizagem com eles. Eles vêm de uma escola que está em alta hoje em dia e que estão se notabilizando por criar grandes treinadores. Estamos catalogando todas as informações para que, quando eles saírem, o NSP ainda possua os dados que ajudarão no prosseguimento do processo”, finalizou.

Confira a entrevista completa de Daniel Gonçalves ao Verdazzo: