Palmeiras treina de olho no Novorizontino e conta com reforço importante em campo

Gustavo Gómez e Abel Ferreira durante treinamento do Palmeiras, na Academia de Futebol.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Palmeiras se prepara para confronto decisivo pelo Paulistão

Na manhã desta terça-feira, na Academia de Futebol, o Palmeiras deu sequência aos treinamentos em preparação para o duelo da semifinal do Paulistão, contra o Novorizontino, que acontece na noite desta quinta-feira, no Allianz Parque.

A principal novidade do dia foi o zagueiro Gustavo Gómez, que participou de toda a atividade ao lado dos companheiros. O paraguaio se recupera de uma fratura no dedo do pé esquerdo e iniciou o processo de transição física. A presença dele contra o Novorizontino ainda é incerta.

Em campo, a comissão técnica comandou atividades específicas para os setores ofensivos e defensivos, além de um trabalho tático em campo reduzido ensaiando situações de jogo.

O Palmeiras enfrenta o Novorizontino em busca da classificação pelo quarto ano consecutivo às finais do estadual. A equipe comandada por Abel Ferreira sagrou-se campeã em 2022 e 2023. Para o confronto, 29.300 ingressos já foram vendidos.

Palmeiras treina no Allianz Parque

O último treino antes da partida frente ao Novorizontino acontecerá no Allianz Parque, na manhã desta quarta-feira. Será a primeira atividade do elenco profissional desde a conclusão da reforma do gramado, que teve a troca do material termoplástico para o de cortiça.

O Palmeiras atuou pela última vez na arena em 28 de janeiro, na vitória por 2 a 1 sobre o Santos. Desde então, a equipe mandou suas partidas como mandante na Arena Barueri.

Contra Novorizontino, Palmeiras joga por classificação e por marca histórica sob o comando de Abel

Abel Ferreira durante treinamento do Palmeiras na Academia de Futebol, em São Paulo-SP.
Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Palmeiras pode chegar a 20 jogos de invencibilidade, maior sequência na era Abel Ferreira

O Palmeiras entra em campo na quinta-feira da semana que vem, para enfrentar o Novorizontino, buscando a classificação para a final do Paulistão e também por um novo feito na era Abel Ferreira.

Na goleada por 5 a 1 sobre a Ponte Preta, o Verdão chegou a 19 partidas de invencibilidade (repetindo a marca conquistada entre abril e junho de 2022) e, se completar a 20ª, registrará um recorde sob o comando da comissão técnica portuguesa.

O último revés do Palmeiras aconteceu em novembro do ano passado para o Flamengo, no Maracanã, em duelo válido pelo Campeonato Brasileiro. Desde então, foram 12 vitórias e sete empates. Na atual temporada, o Verdão foi a campo 14 vezes (nove triunfos e cinco empates).

Dentre os clubes que disputarão a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras ostenta a maior série invicta do ano, seguido de longe pelo Cuiabá (13).

Na História do clube, a maior sequência de invencibilidade aconteceu entre dezembro de 1971 e junho de 1972. Com Oswaldo Brandão no banco de reservas, a equipe permaneceu 40 jogos sem ser derrotada – 27 vitórias e 13 empates. Nesse período, além de vencer os rivais, o Palmeiras também ganhou de clubes como Milan, Fenerbahçe e Galatasaray.

Relembre a sequência atual de invencibilidade do Palmeiras:

Marcos Rocha revela sentimento sobre nova função em campo: “No começo, foi um pouco difícil aceitar”

Marcos Rocha durante partida pelo Palmeiras contra a Ponte Preta, válida pelas quartas de final do Paulistão 2024, na Arena Barueri, em Barueri-SP.
Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Depois de construir a carreira como um lateral ofensivo, Marcos Rocha se transformou com Abel Ferreira

O esquema tático que fez o Palmeiras ser campeão Brasileiro no ano passado e que voltou a funcionar no último sábado, na goleada por 5 a 1 diante da Ponte Preta, conta com jogadores que desempenham funções primordiais. E um exemplo é o Marcos Rocha. O camisa 2 atua como um zagueiro pela direita, aparece como elemento surpresa no ataque e é importante para as combinações com Mayke e Endrick.

Aos 35 anos, Rocha mudou radicalmente seu estilo de jogo sob o comando de Abel Ferreira. Conhecido nos tempos de Atlético-MG como um lateral ofensivo, hoje o jogador faz o papel de construtor e dá equilíbrio ao time.

“No começo, foi um pouco difícil aceitar essa mudança de função e de características”, revela Rocha, que atualmente entende seu papel em campo. “Sempre fui um lateral que gostava de apoiar e ajudar na parte ofensiva. Os meus números em assistências e participações em gols sempre foram altos. Depois, fui aceitando e me adaptando, buscando conselhos e informações ali na saída de três zagueiros, chegando como elemento surpresa na frente”, disse.

“Percebi que estava fazendo o melhor para a equipe e consegui desempenhar melhor e ajudar mais. Fico feliz de estar jogando em alto nível, com esse elenco maravilhoso, dedicado e trabalhador”, complementou.

Recorde de Marcos Rocha

Em sua oitava temporada pelo Palmeiras, o experiente lateral disputará pela 12ª vez consecutiva a Libertadores (quatro pelo Atlético-MG e oito pelo Verdão). Ao entrar em campo, ele se tornará o atleta com mais participações seguidas da história da competição.

“Sou privilegiado. São 13 anos jogando Série A e vou fazer a minha 12ª Libertadores consecutiva. Então é agradecer a Deus pelo dom que me deu, à minha família pelo apoio, às pessoas que torcem por mim, ao Atlético-MG, que abriu as portas no começo, e, principalmente, ao Palmeiras, que mudou a minha e a vida da minha família”, agradeceu.

“É muito gratificante vir à Academia de Futebol todos os dias e cumprimentar os funcionários, essa interação difícil de ver em outros clubes, e isso eu sentirei muita falta no futuro. Quero chegar à mais uma final de Libertadores e poder dar esse título mais uma vez ao nosso torcedor e ao clube. Quem sabe ganhar também a minha quarta Libertadores e ser o único nisso também. São objetivos, e com muito trabalho e dedicação a gente fará mais uma boa campanha. Pegamos um grupo equilibrado, com clubes que já joguei contra, com exceção do Liverpool-URU”, concluiu.

O Palmeiras estreia na competição continental no dia 3 de abril, contra o San Lorenzo, fora de casa.

Premiado, Abel abre o jogo sobre desejo de permanecer no Palmeiras

Premiado, Abel abre o jogo sobre desejo de permanecer no Palmeiras.
Reprodução

Em evento em Portugal, Abel diz que “dificilmente” deixará o Palmeiras nos próximos dois anos

É possível se perder nas contas de quantas vezes Abel Ferreira foi premiado desde que chegou ao Palmeiras. Multicampeão, o treinador recebeu, nesta terça-feira, em Viseu (POR), o prêmio Vítor Oliveira da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF).

No discurso, o treinador se declarou ao Palmeiras e revelou o desejo de não sair do clube. “Estou em um clube que me valoriza, que me reconhece, onde te sentes parte do processo. Estou bem onde estou, estou onde quero estar, a minha família está comigo e, felizmente, cheguei a um momento da minha vida que posso escolher onde quero estar e dificilmente nos próximos dois anos irei para algum lado”, disse o comandante.

No início deste ano, Abel renovou seu contrato com o Verdão até o final de 2025. Ele soma 240 jogos à beira do gramado dirigindo o Palmeiras e nove títulos conquistados.

“Foi no Brasil que um clube de ponta me deu oportunidade de mostrar todo o meu potencial, porque só com bons jogadores e com uma estrutura que luta para ser campeão é que tu podes mostrar todo o teu potencial. É como os jogadores, para seres campeão tens de te juntar aos melhores e foi o que fiz”, complementou Abel.

Confira outros prêmios recebidos por Abel em Portugal:

  • Talento que Marca o Mundo (duas vezes);
  • Condecorado pelo presidente de Portugal como Comendador da Ordem do Infante D. Henrique;
  • Prêmio CNID de melhor técnico português que trabalha fora do país;
  • Quinas de Ouro, a maior honraria entre os técnicos portugueses concedida pela Federação Portuguesa de Futebol;
  • Voto de Louvor, atribuído pela Assembleia de Freguesia de Meinedo (Portugal);
  • Prêmio Mérito.

Abel faz forte pronunciamento contra discriminação: “Vai além do futebol, é questão de humanidade”

Abel Ferreira em partida do Palmeiras contra a Ponte Preta, válida pelas quartas de final do Campeonato Paulista, na Arena Barueri, em Barueri-SP.
Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

No último Choque-Rei, Abel foi xingado de “português de m…” por diretor do SPFC, que fez acordo com TJD e não foi julgado

Antes de falar da grande vitória do Palmeiras sobre a Ponte Preta, por 5 a 1, o técnico Abel Ferreira fez um breve pronunciamento, no qual repudiou qualquer tipo de discriminação. Em seguida, o treinador ficou em silêncio.

“Gostaria de abrir minha entrevista para dizer que repudio todo e qualquer ato de discriminação, seja de gênero, cor de pele ou nacionalidade, ou qualquer tipo de violência. Isso vai para além da esfera do futebol. É questão de humanidade. Repito, repudio todo e qualquer ato de discriminação. Essa é a mensagem que quero deixar, e publicamente não falo mais sobre esse assunto”, disse o treinador.

Abel foi xingado pelo diretor do SPFC, no último Choque-Rei, que o chamou de “português de m..”. E o desabafo se dá, também, por conta do acordo feito pelo SPFC com o TJD, que converteu possíveis punições em multas.

Veja o vídeo:

O que Abel achou do desempenho do Palmeiras

Sobre o jogo, Abel Ferreira destacou o início do Palmeiras, que abriu o placar logo aos 2 minutos, elogiou o jogo coletivo e as dinâmicas.

“A imagem deste time é entrar forte nos jogos. Em alguns outros jogos em casa a gente criou também para fazer quatro ou cinco gols, mas não fomos eficientes. A eficiência é muito importante. Hoje, de fato, os gols aconteceram, como não havia ocorrido em outras partidas. Entramos muito forte no jogo e essa era a nossa intenção, mostrar dentro de campo a nossa superioridade”, disse.

Hoje o time funcionou por causa das dinâmicas. A minha responsabilidade na equipe é tática, as decisões individuais não são minhas, são dos jogadores. Se vão chutar, cruzar, driblar ou passar, quem escolhe são eles. Eles são os protagonistas. Tivemos uma semana para descansar e treinar, aprimorar as dinâmicas do time. Resolvemos esse jogo de forma coletiva, algo que me deixa, como treinador, orgulhoso. Foi uma vitória contundente”, concluiu.